Eu e você - S/n e Harry Potter

A Pedra Filosofal - Pt.2

P.O.V. S/n

- Ele é chato. - Harry disse baixinho, somente pra eu e Ron escutarmos.

- É, me desculpem por ele. - eu disse. Os dois me olharam com dúvida. - Ele é meu irmão gêmeo, sabe. Mas eu não compactuo com as coisas que ele diz ou pensa, então me desculpem por ele. - Ron me olhava com uma cara um tanto irritada, mas Harry pareceu entender meu lado depois de alguns segundos.

- Nós estamos prontos. - a Professora McGonagall disse após cutucar meu irmão com seu pergaminho. - Sigam. - andamos todos juntos, e uma grande porta se abriu, dando vista a um salão cumprido, com quatro mesas cumpridas, bancos de madeira cumpridos. No final do salão havia uma mesa onde aparentemente professores estavam sentados. No teto, velas flutuavam. Andamos entre as duas mesas no centro, até chegar mais perto da mesa dos professores. Havia uma banqueta de madeira, com um chapéu velho em cima. - Fiquem todos aqui, por favor. - ela pediu, parando. - Bom, antes de começarmos o professor Dumbledore gostaria de dizer algumas palavras.

- Eu tenho alguns avisos de início do ano letivo para dar a vocês - o velho se levantou. Ele tinha uma barba enorme e branca, cara de sério, mas uma voz simpática e até reconfortante. - Alunos novos, fiquem sabendo que a floresta negra é terminantemente proibida a todos os estudantes. E também que nosso zelador, o senhor Filch, me pediu para lembrar-lhes que o corredor do terceiro andar do lado direito, está proibido a todo aquele que não quiser ter uma morte altamente dolorosa. Obrigado. - ele se sentou de novo. A professora McGonagall abriu seu pergaminho e começou a chamar nomes para a seleção das casas.

- Quando eu chamar seus nomes, dêem um passo á frente, eu vou colocar o chapéu seletor em suas cabeças, e serão selecionados para suas casas. - ela levantou o chapéu - Hermione Granger. - Hermione demorou alguns segundos até realmente se mover, ela parecia muito nervosa.

- Não, tudo bem, relaxa. - ela disse para si mesma, indo até o chapéu.

- Essa aí é maluca, é sério. - Ron disse para mim e para Harry. Harry concordou com a cabeça levemente e eu soltei um sorrisinho. Hermione se sentou, e o chapéu foi colocado em sua cabeça.

- Ah, muito bem, hm, certo, muito bem - o chapéu, com voz grossa, pensou. - Grifinória! - gritou. A mesa da grifinória aplaudiu, e a garota foi se sentar com o pessoal.

- Draco Malfoy - meu irmão foi o próximo. Se sentou, e antes mesmo que o chapéu encostasse em sua cabeça, ele foi selecionado pra sonserina, a mesa também aplaudiu, e ele foi até ela, com um sorriso esnobe no rosto. Claro que meu irmão iria para a sonserina.

- Não há um bruxo que não tenha ficado mau que não foi da sonserina. - Ron disse. Fiquei um pouco incomodada, apesar de concordar, mas tentei disfarçar. Afinal, minha família inteira era sonserina.

McGonagall prosseguiu com a lista. Analisando os professores sentados a grande mesa na frente de nós, pude observar um professor de cabelos pretos e cumpridos que olhava fixamente para Harry, coçando seu queixo. Com uma cara não muito amigável.

- Ah - Harry gemeu de dor, levando sua mão á cicatriz.

- Aconteceu algo, Harry? - perguntei para o garoto, sem entender o que se passava.

- Nada. Nada, estou bem. - Harry encarava o professor de volta, ainda esfregando sua cicatriz, com um olhar desconfiado.

- Ronald Weasley. - Minerva chamou. Ron se levontou e foi até lá, claramente ansioso.

- Ah! Outro Weasley, eu sei muito bem o que fazer com você. Grifinória! - Ron relaxou seus músculos, e aliviado foi até a mesa, ao lado de Hermione.

- Harry Potter. - o salão ficou quieto. Instantaneamente. Todos atentos. Até Dumbledore ajeitou sua postura na cadeira. Harry andou até lá.

- Hm, difícil, muito difícil. Tem muita coragem, eu estou vendo. E uma mente nada má também. Tem talento, se tem. E uma vontade de se provar. Mas onde vou colocá-lo? - Harry apertou seus olhos e murmurou algumas coisas que eu não entendi. - Sonserina não, hm. Tem certeza? Você poderia ser grande, sabia? Está tudo aqui, na sua cabeça. E sonserina ia ajudá-lo a alcançar essa grandeza. Não tenha dúvida disso. - Harry murmurou mais coisas. - Não!? Bom, se tem certeza. Melhor que seja grifinória. - um enorme sorriso de alívio surgiu no rosto de Harry. A mesa da grifinória explodiu em aplausos, por ter o menino que sobreviveu em sua casa.