capítulo 3

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A PASSAGEM DO RIO

olá meu nome é Pedro, mais todos na minha infância me chamavam de Pedrinho espoleta, bem todos devem imagina por que, eu era uma peste nas redondezas  da cidadezinha que morava no interior, não tinha nada que eu já não tivesse aprontando na quelas bandas, minha pobre mãe, tinha sempre um vizinho em sua porta ou nas manhãs ou nas tardes para lhe reclamar de minhas artes.
"Dona Ana seu filho amarrou meu cachorro pelos pés."
"Dona Ana, o espoleta jogou pedras em minhas vacas, e todas se debandaram".
Eu sempre levava um sermão, e as vezes uns bons pocharancos de meu país, que era mais bruto que minha mãe. Seu Ademir, era um homem da roça, não tinha estudos, mais fazia de tudo por sua família.
Bem assim levava minha vida, pelas manhãs, ia com meu velho ao roçado,e as tardes ia até uma escola que ficava bem afastada da nossa vizinhança, em um pequeno povoado, ali perto.
Sempre ia como meu fiel parceiro de travessuras, Toinho, como dizia minha mãe ele parecia meu animal de estimação, sempre fazendo o que lhe pedia, pensando bem, ela tinha razão, Toinho nunca me falara não.
Bem voltando aos fatos, em uma dessas tardes, em que íamos para a escola, passamos perto de um rio que no verão ficava quase sem água, com pequenas possas em algumas partes de seu comprimento, nós pedalavamos em nossas bicicletas quando parei, e dei uma olhada para a passagem feita por alguns moradores dali, era feita de terra batida e pedras que servia para a passagem dos moradores do outro lado do rio, quando no inverno o rio enchia,bloqueando as outras estradas.ela era feita de qualquer jeito, e bem no meio dela tinha uma árvore enorme, com um tronco estrema mente largo, ela era tão alta, e cheia que na quelé lugar suas folhas eram capazes de produzir uma sobra tão forte que quase deixava o local escuro, bem se não fosse pelo sol escaldante do verão.
Olhei para ela e falei atrevido.
- por que não andamos por lá? Seria mais rápido.
Toinho engolido seco respondeu.
- nossos pais nos proibiram, lembra, Pedrinho, sua mãe e a minha falou que esse lugar é mal assombrado, que ninguém se atreve a andar por ele depois das seis da tarde.
Franzi a testa e estreitei os olhos, e sem medo voltei a falar.
- assombrado uma ova, pois ao fim da aula voltaremos para casa por esse caminho.
- mais espoleta! - coitado ainda quis contesta mais eu nem o ouvi apenas subi em minha velha sucata e prosseguir o caminho,o ouvindo grita atrás de me.
-espera tô indo!
Bem a tarde se foi e lá fomos nos para casa, quando chegamos ao local combinado Toinho ainda quis contesta, travando no meio do caminho.
- deixa de se frouxo macho, vamos logo, se formos por esse caminho chegaremos bem mais sedo que se tivesse ido pelo outro, bora .- falei empurrando para que começasse a caminhar .
Neste momento estávamos empurrando nossas bicicletas, bem a passagem não era lá essas coisas e era bem estreita também, seria mais seguro para ambos irmos caminhando.
O sol já estava quase todo atrás das montanhas, trazendo a noite e sua escuridão, mais o caminho de terra batido ainda era visto por nossos olhos, derrepente um vento frio que veio sabe-se lá de onde passou por nós, me fazendo ter arrepios, escutei atrás de me a voz tremola de meu amigo.
- Pedrinho, vamos voltar, esse lugar me dá arrepios.
Antes que podesse responder vimos ao longe uma figura de um menino, que aparentava ser mais novo que a gente, ele estava sentado encostado no tronco da árvore, com os braços em cima dos joelhos, e a cabeça entre eles, estava sujo. Vendo aquilo eu quis saber mais, quem poderia ser ,poderia está perdido e pior machucado, tinha que ajuda, eu era traquino mas era um menino bom larguei a minha bicicleta e sai correndo para chegar até onde o menino estava, seguido por meu amigo que fez o mesmo. Ao chegar embaixo da árvore a atimosfera mudou, derrepente o ar ficou mais frio, que juro vi fumaça sair de minha boca ao respirar,mas no momento não dei muita importância, queria ajudar aquele garoto.
Chegando perto pode ver o estado do moleque, ele estava sujo e fedia muito, bem sabias se lá quanto tempo ele estaria fora de casa.
Olhei para Toinho que me deu uma olhada assustada e preocupada ao mesmo tempo, me agachei próximo ao garoto e lhe perguntei.
- ei garoto você está bem? Está perdido?
Ele! Não me respondeu com uma única palavra, apenas sacudiu a cabeça, para cima e para baixo. Chorando compulsivamente, chegando a estremecer seu corpo.
Bem aquilo me deu dó, me imaginei no seu lugar, estaria da mesma forma, se não soubesse voltar para casa.
- não se preocupe vamos lhe ajudar. - falei colocando a mão em seu ombro.
Neste momento o que antes era um choro se transformou em uma gargalhada sinistra, ele foi se levantando, e antes o que eu e Toinho achávamos ser um menino menor que a gente estava maior, e maior.
Ele parecia ter crescido, e sua pele agora era acinzentada, seu cabelo negro e comprido cobria parte de seu rosto, mais um vendo o levou para o lado, fazendo com que eu e meu amigo que agora tremia de medo visse sua face medonha seus olhos eram negros como uma noite sem estrelas, não vi nariz, e sua boca parecia rasgada, que fazia seu sorriso ir de um canto a outro de seu rosto, seus dentes eram como lâminas afiadas. Essa visão me dera tremer na base.
Demos alguns passos para trás, e agora seu corpo mudará, antes o que era um menino franzino agora parecia uma espécie de monstro, seus braços eram alongados e seus dedos pareciam agulhas afiadas, suas pernas eram retorcidas , como se a parte superior formasse quase com um arco e a parte inferior fosse firme, parecendo uma espécie de inseto.
Neste momento senti minhas pernas tremerem, sentindo que a qualquer momento fossem vacilar, e iria cair a qualquer momento. Neste instante meu amigo segura meu braço tremendo, aquela coisa olha para me , depois vouta seu olhar para meu colega. Aquela coisa que não sabia explicar se era, monstro, demônio ou um espírito deu um grito arrepiante e começou a nós seguir, corríamos mas parecia não ser o suficiente, ele ainda estava bem a nosso encalce, corremos mais, e chegamos em uma metade do caminho onde já podíamos ver as luzes de algumas casas, nós sentimos quase aliviados, se não fosse o fato de que aquilo ainda estava bem atrás de nós.
Ao olhar para trás não vi mais Toinho, neste momento parei e lágrimas saiam de meus olhos, meu pobre amigo , eu sentir uma onda de raiva percorreu meu corpo, parei e fiquei esperando que aquilo chegasse, ele estava aninha frente agora com os punhos serrados, eu o encarei, e gritei o mais forte que pode, fechei meus olhos e só lembro de sentir uma enorme dor por todo o meu corpo, e sentir um amigo frio bem próximo a meu ouvido, em seguida uma foz medonha susurra vocês não deveriam ter vim até aqui, em segida pensa, pai, mãe, Toinho me perdoem.
O sol estava alto, eu pode ouvir algumas vozes preocupadas gritando por meu nome, eu me movi um pouco, e sente como se todo o meu corpo tivesse sido espancado, levantei com esforço, e caminhei cambaleando para ir de encontro as vozes, vê ao longe minha mãe que ao me ver veio correndo até me . Deu me um abraço forte e não parava de chora, eles nos procuraram a noite toda, sem ter notícias nossas todos ficaram desesperados. Eu me segurava em minha mãe, e olhando por cima do seu ombro vi Toinho descabelo, todo sujo,com alguns arranhões por seu corpo.
Ao pergunta a ele como tinha escapado ele apenas disse que havia rolado para fora da estrada batendo a cabeça em uma pedra o fazendo ficar inconsciente, sendo achado pela manhã pelos nossos pais.
Ele olhou para me e apontou para meus braços, que tinham mordidas e arranhões, levantando minha blusa , os tinha por todo o corpo.
Daquele dia em diante ele e eu nunca mais fomos os mesmos, estávamos sempre assustados, e alertas com qualquer barulho vindo da mata.
Não sei o que vimos, mas nunca mais voltamos aquele lugar, e até hoje sonho com aquela criatura, e alerto meus filhos, a nunca brinca com o sobrenatural.
Bem e você acredita !

BONS PESADELOS!

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