capítulo 5

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A CARONA NA BICICLETA.

Não sei onde vocês moram, ou as histórias de sua cidade, na minha tem várias, sabe a típica cidade do interior, que de tempos em tempos surgem, lobisomens, chupa cabra. Na minha juventude ouvi várias, tínhamos até um suspeito, um senhor catador, que sempre andava com um saco nas costas e sempre suju, pobre sujeito, acho que ele nunca sabe o por que das crianças correm sempre que o viam.
Histórias de fantasmas em então, ó ! Nem se fala, eram das mais várias, mas eu não acreditava muito nessas coisas, achava que era paranóia de pessoas desinformadas, pelo menos até aquela noite.
Era um sábado chuvoso, como sempre em todos os sábados ia a missa, minha mãe, também costumava me acompanhar, mas na quelé sábado ela não pode ir, tinha haver com uma amiga , que tinha um grade problema e ela iria ficar para acompanhá-la.
Me arrumei, e sai, os tiros foram rápidos, eu aproveitei para ficar até um pouco mais tarde, jogando papo fora com meus colegas, era um jovem de 18 anos, estávamos ali para ir a missa sim, mas também para apreciar a vista das jovens da cidade, apesar de já ser maior, se tinha uma regra que valia para todos em casa era, sempre chegar sedo, já eram mais de 10 e 30 da noite, com certeza eu não chegaria no horário combinada, me despedi de meus amigos e saí, em minha bicicleta, já estava no caminho de casa, minha casa não fica bem no centro da minha pequena cidade, ficava mais afastada cerca de uns 40 minutos de bicicleta,por isso achava que não daria tempo de vouta na hora certa.
Há noite era escura e fria, com um ar que ia cair uma chuva maior que dos últimos dias, pedalava o máximo que podia, para chegar em casa o mais rápido possível, quando passei por uma estrada cruzada, ouvi uma voz feminina que me pedia ajuda.
_ você pode me levar para casa? _ a voz saia meio trêmula, como de quem tinha chorado.
Eu virei de lado um pouco estreitando os olhos tentando ver a figura que me pedia ajuda.
_ quem é você?
Perguntei achando estranho uma jovem está ali na quelé horário sozinha, eu esperava que não fosse alguém tentando me roubar.
_ sua mãe é amiga da minha, eu estou indo para casa, já que vai para o mesmo caminho pensei que poderia me ajudar.
Eu a encherguei com dificuldade já que o céu não estava claro, tentei pegar minha lanterna, mas quando fiz mensao de pegá-la ouvi um protesto da moça.
_ por favor, prefiro que não me veja, ouvi um acidadente, estou suja, você pode me levar sim ou não?
Por mais esquisito que fosse, ela era filha de uma amiga de minha mãe, não vendo mal algum eu concordei em levá-la.
Tirante todo o caminho, ela não disse uma palavra, e minha bicicleta parecia mais pesada que o normal, por mais que não podesse ver o rosto dela, pode ver que não era tão grande, ela teria no máximo 50kls e eu juro parecia que estava levando o dobro.
Quando estávamos chegando próximo a casa da amiga de minha mãe, ela indagou.
_ você pode para aqui, vou ficar aqui, obrigado pela ajuda.
Ela decide da bicicleta, e caminhou, eu agora pode ver, ela tinha ematomas nós braços e no rosto, o que tinha acontecido com ela tinha sido sério. Neste momento ela virou se para me e deu um sorriso amarelo.
_ por favor agradeça sua mãe pelas orações.
Eu arregalei os olhos confuso, mais acente com a cabeça, e segui para casa.
Chegando encontrei minha mãe, vestida de preto, com seu terço nas mãos .
_ por que custou tanto, venha me acompanhe até a casa de Lúcia, coitada.
Achei estranho minha mãe vestida da quelé jeito mas se tinha algo que tinha aprendido com ela era, nunca a conteste quando ela lhe dê uma ordem.
Ao chegarmos na casa , vimos várias pessoas chorando, neste momento percebi do que se tratava, era um velório, alguém da família da quela mulher tinha morrido.
Caminhei um pouco pela casa, esbarrando em pessoas chorando.
Eu ouvia algumas lamúrias sei lá.
" Era tão jovem"
"Tinha uma vida toda pela frente".
Cheio em uma parte que achei ser uma segunda sala, lá tinha muitos retratos, e em um deles estava ela, a jovem que eu tinha trazido até aqui, por que ela estava na quelé porta retrato.
Enquanto eu olhava escutei a foz da senhora Lúcia .
_ essa e minha Ana, ela morava na cidade grande, antes de ontem ela veio para casa?
Falou derramando lágrimas.
_ e onde ela está? - perguntei confuso.
Ela chou mais um pouco, e me respondeu.
_ na sala, morta dentro de um caixão, alguém atropelou minha pequena e a largou, sozinha na rua.
Neste momento gelei, como assim morta, eu a tinha visto a poucas horas, como podia.
Cambaleando sai procurando o cômodo onde a jovem estava, ao chegar pode ver com meus olhos, era ela mesmo, deitada ali, sem vida, pálida, sente minhas pernas fraquejarem, reunindo minhas últimas força, sai da quela casa, vouta do para a minha sem acreditar em tudo que tinha acontecido.
Minha mãe voutou pouco tempo depois,perguntando o que tinha acontecido com migo, por que tinha saído de lá.
_ eu há vi mãe! - falei trêmulo.
_ quem?
_ há filha de dona Lúcia.
_ eu sei todos vimos meu filho.
_ não como eu tinha visto, eu falei com ela, e ela com migo.
Minha mãe parecia estica mais, ela já tinha ouvido muitas histórias dos nossos avós.
Ela apenas me olhou, sentando ao meu lado e colocando sua mão em meu ombro.
_ filho!- começou- você a ajudou a voutar pra casa, agora ela pode discansar em paz.
Ela pode descansar em paz, mas eu nunca mais fui capaz de ser eu mesmo depois daquela noite, e nunca mais dei carona a desconhecidos.

BONS PESADELOS!

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