Capítulo XXIII

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TAEHYUNG POVS

Cinco e sete da manhã marcava no relógio digital - que compramos pouco tempo atrás - pousado no painel que sustentava a TV. Desde as três que eu não prego os olhos, a preocupação com o alfa não me deixa fechar os olhos para descansar. Perdi as contas de quantas vezes o toquei nesse pouco tempo para ver se não tinha aumentado, o que não aconteceu.

Eu estava dormindo, quando senti a falta de Jeon na cama e uma sensação estranha em meu corpo, então eu despertei ao ouvir o som de descarga. O nome do alfa disparou na mente e com a preocupação batendo a porta, eu vou até o banheiro. Eu nem consegui descrever a sensação que passou por mim, quando o vi pálido, com a cabeça deitada sobre o vaso sanitário.

Foi a primeira vez que o vi doente. Apesar da preocupação - e uma pitada de medo também -, eu lhe dei banho para que baixasse sua temperatura. O vesti, o fiz tomar remédio e em seguida o coloquei para descansar. Tivemos um pouco de luta nessa parte, tanto que acabamos em uma pequena discussão, mas eu estava tão preocupado, que não me dei conta da irracionalidade de gritar e brigar por algo tão besta, contudo foi naquele momento que o vi debilitado, que eu tive a certeza que quão perdidamente apaixonado por aquele idiota que mexia cada vez mais com minha cabeça e coração.

Olho para a janela, onde os primeiros raios do sol começaram a surgir pelas poucas frestas da cortina. Eu queria me levantar para fazer alguma coisa para o alfa comer, mas estava meio difícil, já que o mesmo parecia um coala grudado em mim. Durante a noite, eu me virei, ficando de frente para seu rosto, aproveitando para observar. Nesse meio tempo, o moreno passou sua perna por cima de mim, seu braço rodeou minha cintura e seu rosto no meu pescoço. Estávamos um bolo só. Uma hora da noite, eu fui puxando contra seu corpo com possessão, o que me deixou em alerta por sentir sua ereção tocando no finalzinho da minha coluna, de início eu travei, não maliciando, porém era impossível não sentir o negócio me tocando e ter a mente quieta. O mesmo se remexeu me apertando mais - se possível - afundando a cabeça no meu pescoço, farejando inconscientemente aquela área.

— Jeongguk, me solte, eu preciso ir ao banheiro. — peço baixo, mas mesmo dormindo ele negou com a cabeça. — Por favor, eu estou apertado. — pego na sua mão em uma tentativa de afrouxar a pressão que seus dedos faziam.

— Não. — resmungou e se ele não tivesse com o rosto enterrado em meu pescoço, eu não escutaria.

— Eu quero ir, Gukkie. — peço mais uma vez e nada. — Eu estou apertado, seu idiota. — o empurro, mas ele não solta. — Você está parecendo um carrapato. — acabo desistindo de ficar o empurrando e o aperto em um abraço. — Seu cretino, você está melhor? — afastei a cabeça para tocar seu rosto rapidamente. — Não está mais com febre, isso é bom. Sentindo alguma coisa? Dor de cabeça? Dor no corpo? Ânsia? Nada?

— Eu estou melhor, mimadinho. — murmurou rouco e sonolento, suspiro aliviado. — Obrigado por cuidar de mim, só não precisava ficar acordado. — ele abriu os olhos lentamente me encarando na pequena abertura.

— Quem disse que eu cuidei de você? Ou que fiquei acordado? Você já está delirando, querido. — retruco mesmo sabendo que não irá acreditar. — Mas é sério, me solte, sim? — tiro uma mecha de cabelo que cobria seus olhos. — Eu realmente preciso ir ao banheiro. — bufou e fez uma careta para mim. — Não faça essa cara, eu não vou fugir. — negou novamente e quem bufou agora sou eu.

— Eu solto se me der um beijo. — fez bico e nego.

— Se eu não posso ir ao banheiro, você não pode ter beijo.

— Vai negar um beijinho para mim? Eu estou dodói. — disse manhoso e estranhei o seu jeito. — Por favor.

— Se me deixar ir ao banheiro, quem sabe, eu não lhe dou. — mordo o lábio inferior, quando me olha pensativo. — Eu prometo.

Scandall And Crown (Taekook - Vkook) ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora