Capítulo XV

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TAEHYUNG POVS

A primeira coisa que vejo ao abrir os olhos é o alfa ao meu lado. Ontem, ou melhor, hoje depois que tomamos um banho, nós voltamos para cama e o clima ficou meio tenso entre a gente, não aquela tensão absurda, mas sim aquela sensação de acanhamento pelo o que aconteceu anteriormente.

Observei o rosto marcado e inchado do alfa a minha frente. Sorrio fraco ao ver a boca levemente aberta e a respiração calma, aproveitando para tirar alguns fios que tampava boa parte dos seus olhos, e o mesmo se remexe, porém não acorda. Agora, claramente, posso sentir meu aroma misturado ao do alfa e, involuntariamente, levo meus dedos ao lado do pescoço onde havia a marca. Estremeci ao lembrar das presas perfurando meu pescoço, marcando-me como seu ômega.

Uma avalanche de sentimentos invadiu meu âmago. Medo e confusão predominavam em meu corpo. Também podia senti-lo, mas era tudo tão embaralhado que eu me perdia naquele turbilhão de emoções. Suspirei me sentando na cama macia e um gemido baixo me escapa ao sentir uma pontada no quadril e na cabeça.

Droga, eu não bebi tanto assim. — sussurro massageando as têmporas para ver se consigo amenizar um pouco do incômodo.

— Você caiu da cama. — me assusto pela voz repentina e olho para Jeongguk.

O alfa tinha os olhos semicerrados ao que me encarava ainda sonolento. Ele bocejou enquanto se sentava e a coberta que antes cobria o tronco alheio deslizou, e não consigo evitar de olhar para o peitoral desnudo e com os vagos arranhões pela derme pálida. As marcas - não tão vermelhas, mas ainda assim perceptíveis - pegavam uma parte considerável dos braços e ombros, sem contar as costas.

Eu não acredito que fiz isso, meu Deus!

— Eu sei que sou bonito, mas, por favor, não me olhe deste jeito. — a voz rouca me chamou atenção e encaro o alfa, mirando o leve rubor nas bochechas.

— Desculpa, é que não acredito que eu fiz isso. — falei envergonhado. — E como assim, eu caí da cama? — pergunto mudando de assunto. — Eu não me lembro.

— Eu também não sei, eu só sei que escutei um baque e acordei. Te vi com a mão na cabeça reclamando e voltando pra cima da cama. — explicou e bocejou novamente. — Você voltou a dormir, como se não tivesse acontecido nada, deve está com dor de cabeça pela batida.

— É deve ser. — resmungo e antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, escutamos algumas batidas.

— Vossa alteza, o café da manhã está pronto. — Jeongguk encarou a porta de madeira escura, e revira os olhos.

— Já descemos, Soyeon. — o alfa disse mais alto e o olhei confuso.

— Como sabe que é a Soyeon?

— Minha mãe havia dito que a mandaria pela manhã para nos ajudar. — responde se espreguiçando ao ficar de pé. — Vamos lavar o rosto para descermos. — comenta indo para o banheiro, e aceno.

Me levanto calmamente, sentindo incômodo na região traseira devido o que aconteceu na noite anterior, e em passos lentos eu vou até o mais novo. Ontem eu não tinha reparado muito no quarto, o meu nervosismo não deixava, porém mesmo assim, eu não posso deixar de contestar o quão sofisticado é.

O banheiro era maior do que imaginava e olha que do meu antigo quarto o local era menor, mas ainda sim arrumado e elegante. Este, era bem maior, as paredes na cor cinza claro e o piso em tom de marfim com detalhes de mesclado escuro, no banheiro o boxe totalmente de vidro, com dois chuveiros de formato quadrado no teto, pequenos compartimento com shampoo, condicionador, esponja e sabonetes. Ao lado da vidraça ficava um balcão de cor branca e bege com duas gavetas retangulares espelhado, acima um jarro de flores aromatizante, uma pia de porcelana branca e ao lado uma pequena bandeja com alguns pumps e no centro - grudado na parede - um enorme espelho.

Scandall And Crown (Taekook - Vkook) ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora