Capítulo XI

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TAEHYUNG POVS

— Vocês tem certeza disso, Taehyung? — suspiro pela milésima vez ao ouvir meu tio do outro lado do telefone dizer.

— Quantas vezes terei que dizer que sim? Jeon também concorda. — digo observando o alfa que conversava com Hoseok.

Hoseok nos acompanhava sempre. Eu sentia falta de Namjoon, mas como ultimamente eu estava mais em Busan do que em minha cidade, eu preferi que o mesmo permanecesse  Daegu, além de que ele também está acompanhando meu tio Seokjin.

— Tio, o senhor me conhece mais do quê ninguém. — murmuro para o mais velho. — Por favor, tio. — imploro novamente.

— Tae, eu até entendo, mas sabe como é sua mãe! O que meu irmão e minha cunhada diria sobre isso? — resmungo entediado.

— Seokjin, é o meu casamento. — bufei impaciente. — Nós não escolhemos nada. Eles só estão planejando uma cerimônia segundo seus próprios gostos.

— Mas Taehyung...

— Se não quiser fazer, é só dizer, eu e Jeongguk procuramos outro. — digo já irritado. — Mesmo que isso não seja cem por cento verdadeiro, ainda é meu casamento, e eu quero que seja feito do nosso jeito. — vejo Jeongguk se aproximar e reviro os olhos para as falas de Seokjin.

— O que houve? Ele não aceitou? — Jeongguk perguntou baixo e peço para ele esperar.

— Se estiver com medo da sua cunhada, deixa que eu me viro com ela. — tento mais uma vez. Quando o ouço suspirar do outro lado, prendo um sorriso.

— Tudo bem, Tae, eu faço. -— faço um legal para Jeongguk, animado, e o alfa sorri ladino antes de voltar para sua conversa com ômega ruivo. — Porém primeiro fale com o meu irmão e sua mãe, assim que estiver tudo certo, nós falaremos sobre o que vocês irão querer.

— Pode deixar, tio, obrigado.

Certo. Agora, cadê sua irmã? — pergunta e reviro os olhos.

— Não sei. — dou de ombros mesmo sabendo que ele não pode ver.

Vocês brigaram? — sinto preocupação na voz do mais velho. Já perdi as contas de quantos suspiros soltei, desde o começo do dia. Estou cansado!

— Não, mas eu me cansei dela! Hoje fomos no tal restaurante para decidir o cardápio e só sei que fiquei irritado, porque eu não decidi nada. Nem ela, nem a gerente perguntou o que eu realmente queria. — desabafo sob o olhar do moreno e o ruivo. — Só tinha coisas que nossos pais queriam.

— Entendo, meu manhosinho, mas não fique com raiva da nossa alfinha. — diz manso e murmurei um tudo bem. — Ela não fez por mal.

— Eu sei que ela não fez por mal, mas ela nem se lembrou que precisava da minha opinião e não um só: "está bom ou gostoso" para decidir que seria aquilo. — volto o olhar para Jeongguk e Hoseok, esses que riam enquanto conversavam com duas crianças. — Ela nem percebeu que tinha amendoim e nozes em alguns doces, e pimenta em alguns alimentos. Lá tinha mais coisas que poderia nos matar do que nos alimentar, Seokjin.

— Seus pais não escolheriam algo que pudesse prejudicá-los... Ou escolheriam?

— Eles não nos conhecem direito, Seokjin, então eles seriam capazes, mesmo sem saberem. — retruco sem ânimo. — Eu vou desligar agora. Eu, Jeongguk e o Hobi precisamos resolver algumas coisas.

— Okay, boa sorte, emburradinho. — deseja e desliga a chamada.

Guardo o celular enquanto caminhava em direção aos outros dois. Quando me aproximei o suficiente, vi duas meninas e uma jovem, e acabo por ouvir a conversa.

Scandall And Crown (Taekook - Vkook) ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora