Capítulo 2

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Isis 

        Acordei no dia seguinte muito disposta, afinal era sexta-feira. Vesti minha roupa de ginástica e fui dar minha corridinha no calçadão. Eram sete da manhã e o sol já brilhava tão maravilhoso. Aquela brisa e cheirinho do mar eram minha motivação de todos os dias. Eu adorava iniciar meus dias admirando e contemplando aquela natureza belíssima. Coloquei uma música bem animada, fiz um alongamento e saí em disparada. Mal havia começado minha corrida e ele já invadiu meus pensamentos. Dormi pensando no Apolo, acordei pensando e provavelmente passaria o resto do dia pensando nele, naqueles olhos verdes deslumbrantes e naquele sorriso irresistível.

Peguei meu celular para ver se ele não havia mandado mais nenhuma mensagem e me decepcionei quando não vi nada.

Cheguei em casa sem fôlego, tinha corrido mais do que o normal. A corrida me relaxava e distraía, mas naquele dia não deu certo. Não parei de pensar no Apolo um só minuto. Fui direto para o banho, pois se não me apressasse chegaria atrasada no trabalho.

Chegando ao prédio, encontro Anderson na entrada, cumprimentei-o de longe e ele logo percebeu que eu estava atrasada. Apertei o botão do elevador e ainda estava no último andar. Olhei para as escadas, mas logo descartei a possibilidade de subir vinte andares. Os poucos minutos que passaram até o elevador chegar ao térreo me pareceram muitos. Entrei no primeiro assim que abriram as portas, liberando a passagem para duas pessoas que estavam dentro saírem. Naquele horário a maioria das pessoas já havia chegado. Mesmo depois que eu apertei o botão do vigésimo andar, o elevador desceu, parando no subsolo um, que dava acesso à garagem. A porta se abriu e, para minha alegria e desespero, vi aqueles lindos olhos verdes água me encarando. Meu corpo inteiro se arrepiou. Havia um segurança logo atrás dele, mas Apolo fez um sinal para ele, que ficou parado onde estava. Ele entrou no elevador sem tirar os olhos de mim. 

– Bom dia, Isis. - ele disse, me encarando e com um malicioso sorriso nos lábios.

– Bom dia, Apolo. - eu respondi, com a voz trêmula.

– Tudo bem?

– Sim. E você?

– Poderia estar melhor, mas está tudo bem.

– Que bom.

– Você recebeu minha mensagem? - ele foi direto ao ponto.

– Recebi. E, aliás, como conseguiu meu número?

– Tenho minhas fontes. E por que não me respondeu?

– Porque eu não tinha o que responder.

– Não tinha ou não queria responder?

– Os dois. O que pensei em responder não seria muito civilizado da minha parte, então preferi não responder nada. - eu quis entrar no joguinho dele.

– Tudo o que eu menos quero é que você seja civilizada comigo. - ele foi se aproximando. – Sabe que quase não dormi por sua causa? - ele disse se aproximando ainda mais, ficando cara a cara comigo e nossos lábios se separavam por poucos centímetros.

– Ah é? Posso saber por quê? - eu disse bem baixinho, sem tirar os olhos dos dele, apenas desviava algumas vezes para olhar para aquela boca suculenta.

– Porque eu não conseguia parar de pensar em você e nessa sua boca deliciosa. - eu respirei fundo, tentando controlar meu coração que batia acelerado. – Eu já disse que te quero?

– Hoje ainda não. - eu disse no meio de um sorriso de desejo e ele sorriu, gostando da provocação.

– Eu te quero, Isis. Eu quero você em cima da minha cama e em todos os lugares possíveis.

Minha EstrelaOnde histórias criam vida. Descubra agora