Capítulo Treze

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- Quais são suas intenções com a minha filha, rapaz? – papai vai logo disparando, assim que Mick passa pela porta de entrada.

- Papai! – eu o repreendo, parada ao seu lado, pronta para sair, sem precisar desse interrogatório antes.

Mick, no entanto, sorri como se estivesse se divertindo.

- Só as melhores, senhor – ele responde, muito tranquilo.

- Acho bom mesmo – papai cruza os braços numa postura de pai durão – minha filha nunca saiu com um rapaz antes, e sei que ela é muito inocente nesse assunto.

- Papai! – digo de novo, me sentindo corar por ele me chamar de inocente.

Papai convenientemente deixa de lado que já tive alguma coisa com Mason.

- Mas estou te falando – ele continua, ignorando minha presença – não tente fazer nada com minha filha, senão eu acabo com você. Não importa se seus pais são nossos amigos.

- Entendo senhor. Vou tratar sua filha com o maior respeito – Mick aceita tudo de bom grado.

- Porque eu sei como as mentes dos garotos funciona – papai não para – e minha filha só tem quinze anos, e você tem... o quê?

- Acabei de fazer 18, senhor.

Papai abre a boca, mas para, para assimilar a resposta dele.

- Não acha que é muito velho pra sair com ela não?

- Pai! – estou puxando a manga da camisa dele, farta dessa ceninha toda que ele está fazendo.

- Deixa o garoto em paz, George – mamãe vem da cozinha para me salvar – Mick é um bom rapaz, e eu confio nele – ela toca no ombro do meu pai para acalmá-lo.

- Eu só quero saber exatamente em que minha filha está se metendo – papai resmunga, ainda todo turrão.

- Eles só vão ir ao cinema, George – diz mamãe, e depois vira para Mick – não é?

- Isso – fala Mick – mas antes vou levá-la para jantar – ele olha para mim como se estivesse apaixonado.

Sorrio docemente em retribuição, fazendo o meu papel.

- Jantar? Em que restaurante? Fica longe daqui? – papai volta a interrogar.

- Eles vão no shopping, meu amor – mamãe entra em defesa de Mick, arregalando os olhos de irritação para o meu pai.

- Sim, senhor. Vamos jantar e depois pegar a última sessão do cinema – complementa Mick – e eu prometo que antes da meia-noite, sua filha já estará em casa.

Papai arranha a garganta e continua olhando feio para Mick.

- Tudo bem, rapaz – ele finalmente termina o interrogatório – mas nem um minuto mais tarde! Ou então eu corto a sua cabeça.

Reviro os olhos.

- Tudo bem, acho que agora podemos ir? – eu saio de perto do meu pai para me juntar a Mick – senão não vamos chegar a tempo nem pra assistir o filme.

- Sim, vocês podem ir – mamãe se adianta, segurando meu pai no lugar.

- Até que enfim – solto, para mostrar que não gostei de nada disso.

- Senhorita Perrie – ele oferece o braço como um perfeito cavalheiro.

Passo o braço por dentro do dele, me segurando para não rir ou revirar os olhos.

Nós saímos pela porta da frente com papai e mamãe no nosso encalço, até o carro do Mick, estacionado na frente da casa.

- Espero que você tenha carteira de motorista! – papai não desiste.

- Tenho sim, senhor – Mick responde sem perder o bom humor. Ele abre a porta do carona para mim, e depois a do motorista para ele.

Ainda posso ouvir papai resmungando alguma coisa, enquanto nos afastamos da minha rua.

- Tá bom – eu digo, quando já estamos numa área segura – aonde você vai de verdade?

Mick sorri, como se lhe desse prazer esse seu lado mau.

- Vou a um bar de universitários que encontrei outro dia – ele me conta – lá vive cheio de garotas bêbadas e fáceis – ele dá uma piscadela para mim.

Reviro os olhos.

- E você? – ele vira numa curva.

- Vou no apartamento de um amigo – respondo vagamente.

- Amigo, é? – Mick caçoa.

Estreito os olhos para ele.

- É, amigo – enfatizo – com quem eu trepo – não resisto em dizer.

Mick ri, divertido.

- Me diz onde é, que eu te levo lá.
Indico o caminho, que não fica muito longe dali. Falei com Chloe há poucos minutos, e ela disse que já estava lá. Deu até para ouvir Drew gemendo e a beijando do outro lado da linha.

- É aqui – aponto para o pequeno e novo prédio onde Cyrus mora – não esqueça que temos até a meia-noite pra voltar para casa – eu o lembro – senão meu pai corta sua cabeça fora.

- Vou estar aqui às 23h45 – ele fala sorrindo – Deus me livre voltar para casa sem cabeça! – ele faz piada – seria difícil dirigir!

Eu rio, abrindo a porta do carro.

- É. Ele estava falando da cabeça do seu pau – digo, saindo do carro e batendo a porta – não se atrase!

- Digo o mesmo! – ele fala através da janela abaixada do carona e arranca com o carro.

Ajeito minha jaquetinha acolchoada, minha camisa e o mini short jeans por cima da meia calça e toco a campainha, ansiando pelas próximas quatro horas que terei com Cyrus.

*

Esse namoro fake ainda vai dar muito o que falar! 😅

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