- Quais são suas intenções com a minha filha, rapaz? – papai vai logo disparando, assim que Mick passa pela porta de entrada.
- Papai! – eu o repreendo, parada ao seu lado, pronta para sair, sem precisar desse interrogatório antes.
Mick, no entanto, sorri como se estivesse se divertindo.
- Só as melhores, senhor – ele responde, muito tranquilo.
- Acho bom mesmo – papai cruza os braços numa postura de pai durão – minha filha nunca saiu com um rapaz antes, e sei que ela é muito inocente nesse assunto.
- Papai! – digo de novo, me sentindo corar por ele me chamar de inocente.
Papai convenientemente deixa de lado que já tive alguma coisa com Mason.
- Mas estou te falando – ele continua, ignorando minha presença – não tente fazer nada com minha filha, senão eu acabo com você. Não importa se seus pais são nossos amigos.
- Entendo senhor. Vou tratar sua filha com o maior respeito – Mick aceita tudo de bom grado.
- Porque eu sei como as mentes dos garotos funciona – papai não para – e minha filha só tem quinze anos, e você tem... o quê?
- Acabei de fazer 18, senhor.
Papai abre a boca, mas para, para assimilar a resposta dele.
- Não acha que é muito velho pra sair com ela não?
- Pai! – estou puxando a manga da camisa dele, farta dessa ceninha toda que ele está fazendo.
- Deixa o garoto em paz, George – mamãe vem da cozinha para me salvar – Mick é um bom rapaz, e eu confio nele – ela toca no ombro do meu pai para acalmá-lo.
- Eu só quero saber exatamente em que minha filha está se metendo – papai resmunga, ainda todo turrão.
- Eles só vão ir ao cinema, George – diz mamãe, e depois vira para Mick – não é?
- Isso – fala Mick – mas antes vou levá-la para jantar – ele olha para mim como se estivesse apaixonado.
Sorrio docemente em retribuição, fazendo o meu papel.
- Jantar? Em que restaurante? Fica longe daqui? – papai volta a interrogar.
- Eles vão no shopping, meu amor – mamãe entra em defesa de Mick, arregalando os olhos de irritação para o meu pai.
- Sim, senhor. Vamos jantar e depois pegar a última sessão do cinema – complementa Mick – e eu prometo que antes da meia-noite, sua filha já estará em casa.
Papai arranha a garganta e continua olhando feio para Mick.
- Tudo bem, rapaz – ele finalmente termina o interrogatório – mas nem um minuto mais tarde! Ou então eu corto a sua cabeça.
Reviro os olhos.
- Tudo bem, acho que agora podemos ir? – eu saio de perto do meu pai para me juntar a Mick – senão não vamos chegar a tempo nem pra assistir o filme.
- Sim, vocês podem ir – mamãe se adianta, segurando meu pai no lugar.
- Até que enfim – solto, para mostrar que não gostei de nada disso.
- Senhorita Perrie – ele oferece o braço como um perfeito cavalheiro.
Passo o braço por dentro do dele, me segurando para não rir ou revirar os olhos.
Nós saímos pela porta da frente com papai e mamãe no nosso encalço, até o carro do Mick, estacionado na frente da casa.
- Espero que você tenha carteira de motorista! – papai não desiste.
- Tenho sim, senhor – Mick responde sem perder o bom humor. Ele abre a porta do carona para mim, e depois a do motorista para ele.
Ainda posso ouvir papai resmungando alguma coisa, enquanto nos afastamos da minha rua.
- Tá bom – eu digo, quando já estamos numa área segura – aonde você vai de verdade?
Mick sorri, como se lhe desse prazer esse seu lado mau.
- Vou a um bar de universitários que encontrei outro dia – ele me conta – lá vive cheio de garotas bêbadas e fáceis – ele dá uma piscadela para mim.
Reviro os olhos.
- E você? – ele vira numa curva.
- Vou no apartamento de um amigo – respondo vagamente.
- Amigo, é? – Mick caçoa.
Estreito os olhos para ele.
- É, amigo – enfatizo – com quem eu trepo – não resisto em dizer.
Mick ri, divertido.
- Me diz onde é, que eu te levo lá.
Indico o caminho, que não fica muito longe dali. Falei com Chloe há poucos minutos, e ela disse que já estava lá. Deu até para ouvir Drew gemendo e a beijando do outro lado da linha.- É aqui – aponto para o pequeno e novo prédio onde Cyrus mora – não esqueça que temos até a meia-noite pra voltar para casa – eu o lembro – senão meu pai corta sua cabeça fora.
- Vou estar aqui às 23h45 – ele fala sorrindo – Deus me livre voltar para casa sem cabeça! – ele faz piada – seria difícil dirigir!
Eu rio, abrindo a porta do carro.
- É. Ele estava falando da cabeça do seu pau – digo, saindo do carro e batendo a porta – não se atrase!
- Digo o mesmo! – ele fala através da janela abaixada do carona e arranca com o carro.
Ajeito minha jaquetinha acolchoada, minha camisa e o mini short jeans por cima da meia calça e toco a campainha, ansiando pelas próximas quatro horas que terei com Cyrus.
*
Esse namoro fake ainda vai dar muito o que falar! 😅
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Sue Me - Volume 3 | ✓
Teen Fiction#TERCEIRO VOLUME DA SÉRIE "ALMOST LOVE" ***É necessário ler os dois primeiros volumes para entender a história!*** || Indicação +18 - Cenas de Sexo Explícito || O segundo semestre do primeiro ano está prestes a começar, e Perrie e Chloe estão mais d...