Capítulo 17

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  Boa leitura 🐍

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{Narrado por Shawn}

Eu cheguei muito perto de foder tudo a noite passada. Tão perto que podia sentir o cheiro. Cheiro dela.

Suspirei.

Ela cheirava fenomenal. Mesmo sabendo que não estava bêbado, de alguma forma ainda me sentia bêbado por causa dela.

Foi um milagre eu ter conseguido dormir, mas o vinho deve ter me nocauteado, porque em algum momento depois das duas, eu desmaiei totalmente na cama de Birdie. Mas não antes de seguir até o banheiro no corredor para me masturbar com pensamentos de meter em Camila enquanto ela estava naquela posição arado de ioga com as pernas apoiadas sobre a cabeça. Levei trinta segundos para gozar com mais força do que em meses por toda a porta do chuveiro. Melhor lá do que dentro dela na noite passada, e acredite, se ela não estivesse embriagada, isso poderia muito bem ter acontecido.

Vesti uma camiseta branca e jeans e me dirigi para a cozinha. O cheiro de café penetrando meus sentidos.

A visão dela na minha cozinha fez meu coração quase parar. Eu não tinha percebido o quanto sentia falta de acordar com uma mulher. Talvez não tenha sido até este momento que percebi o quão solitário eu estava. Mas não era nem isso. Ela estava usando minha camisa. Minha camisa branca. E sem calça, porra. E ela estava balançando um pouco a bunda, embora não houvesse música.

— Ei, — eu gritei.

Camila deu um pulo.

— Ei. — Ela sorriu. — Eu me encarreguei de fazer o café da manhã. — Ela olhou para si mesma. — Eu roubei uma de suas camisas mais compridas. Simplesmente não senti vontade de colocar minhas roupas de treino sujas depois do banho que tomei na noite passada. Espero que esteja tudo bem. 

O que eu poderia dizer sobre isso? Aparentemente estava tudo bem para o meu pau, porque eu estava ficando duro só de olhar para ela na minha camisa. Na verdade, eu estava começando a me sentir como um maldito homem das cavernas. O sono não diminuiu meu apetite.

Eu não respondi. Estava muito ocupado olhando.

— Achei que o mínimo que podia fazer depois que você me deixou ficar com seu quarto na noite passada era preparar um bom café da manhã. 

Ela estava sendo mais do que graciosa, considerando que eu tinha atacado sua boca e a mandado para a cama sozinha na noite passada.

O cheiro de ovos, café e um toque de canela enchiam o ar. E por alguma razão, em vez de me sentir culpado ou em conflito esta manhã, continuei a me sentir muito excitado.

— Isso é incrível. Obrigado, — eu disse quando cheguei ao lado dela.

Nesse momento, a campainha tocou.

Eu olhei em direção à porta.

— Que diabos? 

— Você está esperando alguém? — Ela perguntou.

— Não. 

Quando eu abri, Birdie estava lá com uma mulher que reconheci como a mãe de sua amiga. Minha filha não deveria voltar até esta tarde.

— Ei! O que aconteceu? 

Birdie olhou para mim.

— Eu estou com conjuntivite. 

— Sinto muito, Sr. Mendes, — disse a mulher. — É contagioso, então achei melhor trazê-la para casa. 

Merda.

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