Capítulo 15

2.3K 84 4
                                    

Dia do Carnaval

Hoje é carnaval e eu estou na casa da Magui para irmos numa festa que nem sei de quem é a casa mas ok.

Vamos nos vestir das super poderosas. Não sabemos os nomes delas mas beleza, A Magui vai da verde, a Bea da azul e eu da rosa. Estou com um laço na cabeça e nós as três estamos com saias curtas e um top.

Descemos as escadas e pedimos a Afonso para nos tirar umas fotos que estava vestido de nadador-salvador.

Fomos na tal festa e ficamos logo dançando e bebendo. Se eu peguei alguém? Já estou enrolada num cara aqui.

Arranjei uma desculpa para ele porque não dava mais,  fui até na cozinha beber água e peguei um copo. Encostei na ilha e Lucas apareceu na minha frente vestido com a sua roupa de futebol.

- Muito original. - Falei e ele deu de ombros.

- Só estou aqui porque é uma festa. - Revirei os olhos. - Gostou do cara que pegou?

- Não. - Fiz uma careta e ele riu.

- Então pegue um que goste.

- Você. - Apontei para ele tocando no seu peito.

Me perdoem mas eu não estava mais em mim, nem contei quantos copos foi.

- Beleza, você tá bêbeda, vou levar você para casa.

- Não! Tá maluco? Meu pai vai me matar! - Ele pensou e depois pegou na minha mão e me arrastou até fora.

Ficamos do lado de Magui e Bea e ele cochichou algo no ouvido dela, mas depois desviei minha atenção e comecei a falar com um cara que passou.

- Você é bonito sabia? - O cara levantou uma sobrancelha com um sorriso de lado. - Mas ele é mais. - Abracei Lucas que me olhou sem atender. - Mas fica sabendo que ele é uma pedra no sapato ein. - O cara riu e saiu. - Ei! Porque foi embora? Ainda estou falando com você!

- Pronto, já chega, vamos. - Lucas me puxou e saímos da casa.

- Eu não quero ir embora, tava tão legal lá. - Ele me empurrou para dentro do carro e me colocou o cinto.

- Só não vomita no meu carro. - Ele deu a volta e entrou dando partida.

- Você é chato. - Cruzei os braços. Vi que chegamos na casa de Magui e eu saí. - Porque eu tou aqui?

- Vem. - Ele me puxou e subi as escadas com ele.

Quando entramos num quarto de hóspedes deu uma vontade enorme de vomitar, no momento que isso aconteceu ele se colocou bem na minha frente e eu vomitei a camisa dele.

- Merda Carolina! - Ele fez cara de nojo e depois tirou a camisa.

- Uau. - Passei a mão pelo seu tronco. - Você é muito bonito sabia? - Ele riu.

- Você fica engraçada bêbeda, vem. - Ele me pegou no colo e eu baloicei as pernas.

Ele me colocou no chão e coçou a cabeça me observando.

- O que foi? - Ele me olhou e suspirou.

- Espero que amanhã não me mate. - O olhei confusa.

Ele tirou meus acessórios e eu achei bem fofo até, depois ele tirou minha saia e fiquei de top e calcinha. Ele me colocou na banheira e eu o puxei para entrar.

- Não Carol, isso é má ideia.

- Por quê? Não é o que quer? Ficar com qualquer garota? - Ele puxou o ar e saiu.

Liguei o chuveiro depois de uns minutos olhando para o nada e depois ele apareceu e falou:

- Gelada. - Ele mudou e eu quase gritei de frio. - Vou tomar banho.

Ele saiu e eu fiquei lá tomando um banho. Quando saí tava toda borrada então tive tirando o resto da maquilhagem, escovei meu cabelo e bebi um pouco de água. Me enrolei numa toalha e quando saí vi minha mochila na cama, provavelmente foi Lucas que deixou lá. Vesti um pijama que eu tinha, que era um short e uma blusa de alça fina, e depois me deitei e comecei a dormir num sono profundo.

Acordei e estava abraçada a alguém. Lentamente abri os olhos mas a dor de cabeça era horrível. Me virei e agarrei meus cabelos.

- Isso se chama ressaca.

- Lucas? - Tomei um susto que até caí da cama. - Merda!

- Ei calma. - Ele deu a volta e me ofereceu sua mão. - Cuidado bela adormecida. - Me levantei e me afastei dele.

- A gente? - Apontei meu dedo para mim e para ele.

- A gente o quê? - Revirei os olhos.

- Você sabe o que estou perguntando. - Ele sorriu de lado.

- Não sei não. - Se aproximou me fazendo o olhar melhor.

- A gente transou? - Ele riu. - Lucas!

- Não princesa, só dormiu, eu cuidei de você, de nada.

- Como você deu banho em mim? Eu não lembro...

- Você que tomou banho sozinha, só te coloquei lá.

- Obrigada. - Sorri. - Mas minha cabeça dói. - Fiz uma careta e ele riu.

- Vem, você tem que tomar um remédio e comer. - Ele me levou para a cozinha e pelos vistos todos ainda estavam dormindo.

- Porque eu dormi com você?

- Porque você deitou na cama que eu fico e os outros quartos estavam ocupados.

- Tá... - Cocei a cabeça e ele me entregou um remédio e um copo de água. - Obrigada. - Tomei aquilo e depois comi umas torradas que ele também me ofereceu. - Desde quando é gentil comigo?

- Menos Carol... Menos. - Eu ri e ele sentou do meu lado. - Você falou ontem pelos menos umas dez vezes que eu sou lindo. - Parei de mastigar e engoli.

- Eu... Eu o quê? - Ele riu enquanto eu congelei.

- Você me acha lindo Carolina?

- Vai sonhando! - Ele mordeu minha torrada.

- Eu acho que tava sonhando mesmo. - Ele saiu. - Vou comprar fruta, tchau.

Eu nem respondi, estava paralisada olhando a mordida que ele deu na minha torrada. Eu a deixei no prato e subi as escadas. Deitei na cama "dele" e dormi mais um pouco.

Acordei com gente a falar alto e decidi descer as escadas. Lá estava todo o mundo conversando e eu sentei do lado deles.

- O que tão fazendo? - Perguntei.

- Jogando verdade ou desafio. - Disse Bea. - Quer jogar?

- Melhor não. - Fiz careta, esses jogos dão sempre merda.

- Fraca. - Falou meu irmão e eu levantei uma sobrancelha.

- Tá bom, vamos jogar. - Aí sim, fui fraca.

Eles giraram a garrafa e foi Afonso para Bea.

- Desafio. - Ela respondeu corajosa.

- Beija a pessoa que você tem mais vontade nesse momento. - Ela olhou em volta e parou na Margarida e a beijou. Arregalei os olhos e elas se afastaram sorrindo.

- O que eu perdi? - Falei e elas riram. - Não me digam que vou passar a servir de vela, por favor não! - Elas se olharam, ok, tem coisa.

Pedro girou a garrafa e apontou para mim.

- Desafio. - Ele sorriu de lado.

- Vai passar um dia inteiro com Lucas, sábado ou Domingo, escolhe.

- Sério? - Ele assentiu. - Sábado, vai. - Eles dois se olharam e sorriram. - Idiotas.

O melhor amigo do meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora