Capitulo 22 O Casamento

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P.O.V Magali

— Estou tão nervosa! – Digo abanando meu rosto com as mãos.

— Não chore, vai estragar toda a minha produção em você. – Diz Carmen me repreendendo, ela havia me maquiado, nunca vi uma maquiagem tão linda e glamourosa, Carmen conseguiu usar muito brilho na minha maquiagem, mas de um modo que não fosse exagerado, eu não conseguia distinguir aquelas cores, perola? Branco? Eu não tenho ideia, mas estava lindo, e aquele batom marronzinho com um toque de bordo, fez a maquiagem ficar ainda mais maravilhosa.

Eu estava tão linda... Como uma noiva, algo que eu achei que seria impossível. Meu vestido era branco, na frente curto se estendendo para trás até arrastar no chão, meu cabelo havia sido arrumado pela Rosa, estava meio preso e caia em cascatas de cachos, ainda havia uma coroa com um véu de noiva com o comprimento médio, pois meu vestido já tinha uma cauda enorme. No busto, ele era um pouco decotado com aquelas alças curtas que ficam caídas nos braços. Pelo casamento ser na praia, resolvi usar aquelas correntinhas nos pés e não saltos ou sapatilhas.

— Eu estou linda. – Exclamo me admirando no espelho.

— Você sempre está linda. – Diz Mônica e eu sorrio agradecendo o elogio.

— Vamos minhas garotas, só a noiva pode chegar atrasada. – Diz Aninha aparecendo na porta, todas as meninas já estavam arrumadas e felizes com a ocasião. – Está arrasando, Maga.

— Obrigada. – Digo e logo todas saíram restando só a Mônica, minha primeira madrinha.

— Cebola irá te acompanhar até o altar, achei engraçado ele se oferecer. – Confessa Mônica e eu concordo rindo um pouco.

— Também, mas fico feliz que seja ele, vocês dois se tornaram muito importantes para mim, e já que meus pais não estão aqui... – Digo triste por não saber se eles estão vivos ou não, eu não pude ir de atrás deles, assim como a maioria não pode. – Bem, vamos lá.

Saímos da cabana das estilistas e começamos a andar até o porto em caminho a praia. Havia um lençol pendurado para que quando eu chegasse Cascão, meu noivo, não pudesse me ver.

— Estão lindas. – Diz Cebola nos encarando, mas encarando bem mais a Mônica, provável que algo passava na cabeça dele. Cebola como Mônica achava impossível vê-lo daquele jeito, usava um terno cinza com gravata bordo, a camisa social por baixa era branca e ele usava um sapato também cinza.

Mesmo que as cores dos dois quase não se combinavam, eles em si se combinavam. Mônica estava com seu cabelo chanel meio bagunçado, mas que dava um charme, ela usava um vestido até um pouco em cima dos joelhos na cor vermelho sangue, na frente ele formava um V deixando as pernas um pouco mais a mostra, seu decote era um pouco maior que o meu e as alças parecidas com as minhas, pois também pairavam nos braços e não nos ombros. Ela usava um salto um pouco alto também na cor vermelha, era daqueles saltos Anabela, afinal na areia era impossível usar salto agulha, carretel ou virgula, por conta de afundar na areia. A maquiagem dela também havia sido feita pela Carmen assim como de todas, Mônica estava com um delineado gatinho e um batom da mesma cor do vestido.

— Vou lá. – Diz Mônica e antes que ela pudesse sair, Cebola a puxa e dá um selinho. – Cuidado, ou vão achar que a Carmen quis te maquiar também.

— Eu corro o risco. – Brinca e nós três rimos. – Está pronta? – Pergunta Cebola assim que Mônica sai.

— Nervosa, mas estou. – Rio nervosamente e ele me dá um sorriso reconfortador.

— Vai dar tudo certo.

— Eu nunca iria imaginar, você, o caipira rude, iria virar alguém que eu não poderia ficar sem a amizade. – Confesso e ele ri.

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