Capítulo 4 - Tecnicamente não legítimos.

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Hoje faz uma semana desde a mudança de Paul com filho para nossa casa, até que enfim, Helena já estava nessa enrolação com ele a quase três anos, cozinhando o coitado. E eu já tava ansiosa pra conhecer meu irmão postiço, afinal eu sou adotada, e ver pelas fotos não é a mesma coisa do que ter um incentivo a masturbação diária dividindo o mesmo banheiro com você de manhã, trombando pelos corredores com o resto de batom e chupões no corpo.

Os encontros noturnos com diversas garotas, já que Helena e Paul trabalham dias fora, são um prato cheio para minha diversão solo garantida ouvindo ele no quarto ao lado. É estranho, eu sei, mas...o que eu posso fazer.

Ele é muito atraente e isso não dá pra negar, com aquele sorriso sacana, o cabelo, e o estilo eskatista, que aliás são pontos fortes ao seu favor, é difícil evitar pensamentos errados pois estou sempre querendo que eles aconteçam, mas infelizmente não podem. Somos irmãos, certo? Seria errado.

Sou mandada a chamar Noah para o jantar, enquanto os dois se juntam lá embaixo para arrumar a mesa, o que é fofo, bato na porta branca do novo hóspede permanente a algumas semanas a movendo pois estava apenas escorada, conforme vai abrindo ouço seu "nheee..."

Aparentemente sou a única a ouvir já que Noah está de fones a dançar sem camisa com uma calça moletom, o cabelo úmido provavelmente de suor com os olhos fechados de costas para mim, seu torço brilha com as gotículas espalhadas por toda a extensão de seu físico.

Agora me pego mordendo o lábio do qual não percebi ter mordiscado, além de cantarolar afinado tem um belo rebolado, descendo meus olhos por seus ombros, sigo pelo meio chegando ao cós de sua calça vendo por ali um início de uma tatuagem acredito eu.

De repente Urrea se vira assustando-me sem gritar, me recosto na parede ficando fora do seu campo de visão na porta, me arrisco a mais uma ação impensada ao dar mais uma rápida olhada pela brecha que de início fora menor.

Agora ele está de frente para o espelho dublando um trecho da música que toca seus ouvidos, faz caretas engraçadas antes abaixar a única peça de roupa que o mantinha são em minha mente, onde só eu era a safadinha.

Com este ato volto a me esconder ou melhor, meus olhos. E com certeza essa não foi a melhor a decisão a se tomar, quando antes disso você vê uma borboleta azul tatuada na bunda de alguém. A imagem é fixa e nem é pela tattoo.

Respiro fundo piscando antes de tentar voltar e cumprir o que me foi dado como ordem, pondo meu foco na porta, levo um susto quando nela ele está com uma toalha no quadril apoiado no batente a me encarar, um riso pretensioso estampa seus lábios com uma mensagem que não precisava ser dita para ser compreendida.

  💭Te peguei!💭

Sofya Plotnikova: - O.oi!

Gaguejo enquanto tento me remontar com a sanidade no lugar, depois de ver de tão perto o motivo de minha pele corar tão facilmente.

Noah Urrea: - Oi!

Exprime firme, o sorriso o maroto revela que sou o razão desse feito.

Sofya Plotnikova: - O jan.antar tá pronto!

Outra vez engulo nó me inflando como se isto fosse me dar um ar menos medroso.

Noah Urrea: - Tá, já to indo, só vou tomar banho.

Sofya Plotnikova: - Uh...Uhum!

Sinto os peso de seus olhos em mim, mas não consigo ter a mesma coragem de subir os meu aos dele.

Nofya HotsTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon