4. Presente (part. 2)

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MACARENA'S POINT OF VIEW

No dia seguinte, acordo e me surpreendo quando percebo que ainda estou abraçada com Zulema. Nunca tinha acordado e encontrado a morena na cama, ela ainda está dormindo, então me permito admirar o rosto dela. Nunca tinha visto ela com uma expressão tão calma, sempre está com uma máscara de imparcialidade ou sarcasmo.

Ela abre os olhos e encontra os meus, logo vejo um sorriso surgir nos lábios dela.

- É sempre psicopata assim? - Ela me pergunta fechando os olhos novamente. - Não sabia que ficava me olhando dormir. -

- Bom dia pra você também. - Respondo, me deitando de barriga pra cima, olhando pro teto.

- Acho que podemos tentar alguma coisa. - Diz baixo com a voz rouca de sono, então olho pra ela.

- Sério? - Pergunto surpresa.

- Mas não pensa que vou ser fofa com você ou alguma merda dessa. - Rio e ela me olha. - Tá rindo de que? -

- Não precisa ficar na defensiva o tempo todo, Zulema. Só tem a gente aqui. - Digo e ela revira os olhos com desdém.

- Não sei ser fofa, nem romântica, mas não acho que você se importe com isso. - Sorrio sem graça, negando.

- Sabe... Eu acho que um romantismo de vez em quando não faz mal pra ninguém. - Eu digo desviando o olhar.

- Você mesma disse ontem que não estava me pedindo em namoro, mas tá parecendo que você tá sim. - Diz rindo.

- Desculpa se eu fico carente as vezes. - Digo de forma sarcástica, mas sem rir.

- Fala sério, Macarena. Eu já falei que eu não sei ser carinhosa ou qualquer merda dessas que você gosta. - Diz de forma rude.

- Me deixa te ensinar, então. - Sugiro voltando a ficar de frente pra ela. - Me deixa te mostrar do que eu gosto...-

- Espero que você não esteja se referindo a transar lento, pq não curto isso não. - Diz me fazendo rir.

- Primeiro de tudo, nem tudo se trata de sexo. Segundo, por que não quer fazer amor fofinho comigo? - Pergunto fazendo bico.

- O problema não é você, eu gosto de adrenalina e fazer amor soa muito tedioso pra mim, não sinto tesão. - Diz e por alguns segundos eu me limito a apenas ouvir o que ela me fala.

- Nem sempre você vai tá com energia suficiente pra me foder com força igual fez ontem, acho que uma hora ou outra a gente vai acabar fazendo amor. - Digo começando a ficar um pouco excitada com o rumo da conversa.

- Tá contando com sexo à longo prazo, uh? - Diz e se levanta, me deixando contemplar seu corpo nu à luz do dia.

- Não era pra estar? - Pergunto apoiando meu cotovelo na cama, me permitindo olha-la completamente, ela não me responde, e segue para o banheiro.

Resolvo levantar também e vou preparar o café da manhã. Assim que termino, Zulema sai do banheiro, enrolada na toalha, ela olha pra mim e percebe que eu ainda estava nua.

- Não vai se vestir, Maca? - Questiona olhando descaradamente para o meu corpo.

- Claro que vou. Acha que vou ficar me mostrando pra você o dia todo? - Digo passando por ela pra ir ao banheiro também, mas quando passo por ela sinto um tapa em minha bunda, dou um pulinho por causa do susto. - Pervertida! - Digo passando minha mão no lugar que ela bateu.

- A culpa não é minha se você fica perambulando por aí com a bunda de fora. Tentador demais pra mim. - Diz indo até o nosso "guarda-roupa" improvisado, escolhendo uma roupa pra ela vestir. Eu não digo mais nada, entro no banheiro pra tomar o meu banho, o que eu faço sem demora. Quando saio, vejo que ela está sentada na cadeira, próxima da mesa, mas que não tinha comido ainda.

One Shot's - ZulemaOnde histórias criam vida. Descubra agora