Olha só quem resolveu aparecer? Kkkkkk.. desculpa o sumiço, sem muitas explicações, o importante é que voltei, certo?
Este cap. está recheado de momento Jake e Nessie, bem do jeito que vocês amam. Anes de mais nada, bem vindo aos novos acompanhando e oi e obriga pelos antigos que não perdem uma cap. do meu casal. Quero dizer também que senti falta de vocês!
Boa leitura.
PS: espero vocês nas notas finais.
_________________________________________O barulho insistente de buzina arruinava meu sono, abro meus olhos protestante e me levanto indo até a janela, eu já sabia o dono do barulho de buzina insistente, pois estava atrasada para a surpresa de Jacob. Passei a madrugada toda tentando descobrir o que é, e quando peguei no sono meu cansaço me abraçou de tal forma, que eu não consegui me levantar no horário, por isso estava meia hora atrasada.
Chego na janela e Jake está com os braços cruzados sobre o peito, uma sobrancelha arqueada, e um sorriso de lado paira em seu rosto perfeito, rio e nego, ele ameaça ir até a buzina novamente e eu faço cara feia para ele que gargalha, e aperta a buzina ignorando meus protestos.
—Bom dia dorminhoca. – deseja e eu abro um sorriso negando.
—Bom dia, vou me arrumar e já desço. – digo, ele concorda.
—É bom mesmo, porque se o cachorro buzinar mais uma vez, eu vou lá e arranco o volante do carro. – Rose ameaça, aparecendo do meu lado e sorrindo sádica para Jake. Ele gargalha e buzina de novo, nego tentando não rir e Rose fecha os olhos respirando fundo, para segurar sua irritação.
Me guio até o banheiro para fazer minha higiene matinal, e depois vou até o closet pensando onde Jacob me levaria, e qual possível roupa eu usaria, não penso em nada muito arrumado, mas e se ele me levasse em um local público? Mas e se não fosse? Também não queria parecer desleixada, só por não ser em um local público. Bufo negando, que surpresa era essa?
—Vai sair fumaça da sua cabeça daqui a pouco. – Alice fala rindo na porta do closet, e eu rolo os olhos.
—Não sei que roupa usar, não sei onde Jacob vai me levar nessa surpresa, estou com medo de ir arrumada ou desarrumada demais. – declaro por fim e ela sorri concordando, vasculha o closet e me entrega o look completo. A encaro de olhos semicerrados – Você sabe o que é, não sabe? – pergunto retoricamente, ela concorda. Ergo as sobrancelhas – Me conta por favor? – peço suplicante e ela nega sorrindo.
—Está doida, eu amo uma surpresa. – ela admite e eu nego.
—Mas eu não. – rebato e ela suspira.
—É eu sei, genética de Bella. Mas tenho certeza que essa você vai amar. Eu amei, Jacob dessa vez. Poxa, já vou cobrar Jasper uma surpresa dessas. — reflete com a mão no queixo pensativa e sai saltitante me deixando sozinha no closet.
Suspiro e olho as peças que ela me entregou, nada muito, muito, então não podia ser um local público, pelo contrário, Alice me deixou um tênis, o que não era muito normal para ela, que sempre vinha com saltos bem altos. Uma calça jeans escura e uma blusa de manga bordo. Roupas simples, o que será que Jacob estava aprontando? Me visto rápido e prendo meu cabelo em um coque bagunçado, desço e encontro na sala Emmett, Jasper e Alice tagarelando do seu lado.
—Meus pais estão.. – começo, mas Emmett me interrompe.
—No chalé é claro, o ninho de amor deles. – faço careta e ele ri.
—Ok, eu já vou. — aponto para a porta e ele concorda.
—Se divirta. — Rose deseja entrando na sala e eu ergo uma sobrancelha, será que ela também sabia de alguma coisa?
Me dirijo até a porta vendo Esme próxima a Jake, ela entrega para ele uma cesta, e um envelope consideravelmente grosso, acho estranho ela entregar um envelope para ele. Quando chego perto ele sorri, guarda o envelope no porta luvas do carro e pega a cesta da mão de Esme.
—Olha a dorminhoca aí. – Esme fala terna e eu sorrio beijando seu rosto.
—Bom dia vó. Onde está vô Carlisle? – pergunto ela sorri.
—Bom dia querida, teve uma cirurgia de emergência em Seattle, chamaram ele. – explica e eu sorrio concordando.
—Bom dia Jake. – desejo indo até ele, e me aninhando eu seu dorso quente, ele sorri e envolve o braço livre em torno de mim, beija minha testa e chega a boca em meu ouvido.
—Bom dia namorada. – fala e eu nego rindo, beija meus lábios rápido e se vira para Esme – Obrigada Esme, te devo mais essa, prometo que pago com juros. — Jake gesticula para ela que sorri gentil.
–Não me deve nada, só de ver esse sorriso no rosto dela já é um pagamento. – Esme aponta para mim e eu sorrio feliz – Bom, se divirtam e faça essa menina comer alguma coisa. – pede carinhosa e sai nos deixando.
Jake abre a porta do carro para mim e eu entro, então ele dá a volta e entra no carro, coloca a cesta no banco traseiro e me olha.
—Que envelope é aquele que Esme te entregou? Tem a ver com a surpresa? Vamos fazer um piquenique de novo? – o bombardeio de perguntas e ele apenas sorri.
—Muito curiosa primavera, em alguns minutos você já vai descobrir. — Jake sorri enquanto fala e eu reviro os olhos.
Então ele liga o carro e dá a partida. Jake faz um trajeto que já conheço, estávamos indo para o lugar novo que ele descobriu a alguns quilômetros da reserva, lembro a beleza do lugar e não consigo deixar de sorrir, mas que surpresa Jake me daria lá? Me pergunto e quando estamos próximos ele para o carro. E me olha suspirando.
—Vou precisar vendar você. – avisa e pega um tecido no bolso, parecendo um cachecol e eu faço um muxoxo em protesto – Seja boazinha, estamos a cinco minutos da surpresa. – pede e eu sorrio concordando.
—Tá ok, mas só porque estou muito curiosa. — digo e ele ri no meu ouvido, quando amarra o tecido vendando meus olhos. O cheiro característico dali é de camomila, então Seth também tinha dedo na surpresa.
—Eu espero que goste. – Jake sibila sincero e me encosta no banco, passando o cinto de segurança em mim, se eu estivesse de olhos abertos os revirava. Então ele dá a partida e segura minha mão, brincando com meus dedos, Jake estava nervoso. Começo a ficar ansiosa também.
O carro fica em linha reta por uns minutos, e logo depois vira, entrando na estreita estrada do nosso pequeno paraíso. E depois ele para.
—Vou descer, dar a volta e te pegar, não tire a venda. – Jake pede e eu concordo com a cabeça, mordendo o lábio inferior.
O ouço abrir a porta do carro, bater e depois seus passos ritmados logo estão do meu lado da porta, o nervosismo aumenta e Jake abre a porta do carro, alcança o cinto de segurança e o destrava, me liberando, então ele passa as mãos por debaixo das minhas pernas e pelas minhas costas, me erguendo. Coloco a testa em seu peito e suspiro.
—Você está tão misterioso, estou com medo. – declaro por fim e Jake ri, me coloca no chão e suspira.
—Investi alto, espero que você goste mesmo. — ele diz e eu ergo uma sobrancelha, eu não fazia ideia do que seria – Fica aqui só mais um minuto. – pede próximo ao meu ouvido, e eu sinto um leve arrepiar na nuca, então escuto seus passos apressados, ele vai até o carro, abre a porta e fecha logo depois.
Bato o pé nervosa no chão e ele para atrás de mim novamente. Tento me concentrar no barulho do mar batendo nas rochas, próximo a encosta e o cheiro do mar misturado com o da floresta e de Jake, para ficar mais calma.
—Pronta? – pergunta e eu concordo rápido. Ele ri no meu ouvido e beija minha nuca, desfazendo o laço da venda. Quando meus olhos estão libertos, vejo várias ripas de madeira, empilhadas, de vários tamanhos, larguras e formas e ao lado uma maleta de ferro fechada. Fico em silêncio por uns minitos tentando enteder o que é e por fim desisto pesarosa.
—Jake eu não... – começo a falar meio envergonhada, não queria estragar a surpresa dele, ele ri.
—Não se lembra Nessie, o que você me pediu? Quando viemos aqui a primeira vez? – Jake ergue as sobrancelhas e eu reviro nossa conversa na cabeça, eu estava triste aquele dia, confusa e pensar em deixar Jacob dilacera meu coração, também conversamos de morar ali, eu o pedi para... Fico seria e levo as duas mãos a boca, meus olhos ficam marejados e Jake enlaça minha cintura, provavelmente prevendo que eu podia desmaiar a qualquer momento.
—Jake eu não acredito, você não... – ele concorda sorrindo.
—Isso tudo é a casa que pediu. – Jake aponta para as madeiras e as lagrimas escorrem por meus olhos – Quer dizer não uma casa, vai ser meio que um cômodo, até porque, por agora, acho que seu pai não vai deixar você morar comigo, não sem casamento e essas coisas. Mas vai ser o nosso canto para sempre que quiser vir para cá, ou quando quisermos privacidade. – explica de modo tranquilo, minhas lágrimas aumentam com a possibilidade e de repente, não estou chorando de felicidade mais.
Jake era perfeito, eu nunca o mereceria, estava indo embora sem nem dar a chance de ele saber ou protestar, e estava mentindo inúmeras vezes para ele, mas ele só me fazia feliz o tempo todo, só me deixava mais feliz. Tremo em seus braços pelo choro e ele limpa minhas lágrimas.
—Amor, pode me falar se é de felicidade ou desespero esse choro? – pede temeroso e forço uma risada. Eu estava chorando totalmente de desespero e tristeza. Meu Deus, como eu ainda podia continuar mentindo? Mas minto de novo.
—De felicidade é claro, eu não mereço você. — afirmo tentando controlar as lagrimas e Jake beija algumas delas, eu estava mentindo, mas não como um todo, eu estava feliz, Jake era mais do que eu podia pedir ou esperar e estava radiante por isso, mas depois eu iria arrancar toda a felicidade de nos, sem aviso algum.
Ele pega o envelope, tira os papeis lá de dentro e começa a me mostrar a planta da pequena casa. Esse era um daqueles pequenos chalés de madeira, comprado inteiro, pronto para montagem, igual a um lego. Olho para Jake séria e limpo minhas lagrimas.
—Jake, não estamos invadindo propriedade? E isso não custou caro? Não queria que gastasse suas economias comigo. — digo e ele bufa.
—Tenho juntado dinheiro desde o seu nascimento primavera, já reformei a casa de Billy, troquei de carro e fiz uma pequena reforma na oficina, e bem o dinheiro que estava entrando depois disso tudo não tinha onde empregar, então nada melhor do que investir em um canto nosso. – explica e suspira – E não estamos invadindo propriedade, é basicamente meu, quer dizer, nosso agora. – finaliza simples e paraliso sem entender.
—Como assim nosso? – pergunto e ele me devolve a pergunta com um sorriso.
—Bem, depois que você me falou aquilo, para fugirmos e morarmos aqui, vi que realmente tinha amado o lugar e fiquei com essa ideia fixa na minha cabeça, então fui atrás de Esme, para saber como ela fez em relação ao chalé dos seus pais e ela me informou que tinha sido a mauito tempo, mas Jasper mexeu uns pauzinhos aqui e outro ali, porque lá não era de ninguém. E com aqui não foi diferente, claro que deve um pouco mais de burocracia, mas "voilá", é nosso. – finaliza colocando uns papeis na minha mão, onde continha a assinatura dele e nossos nomes. Eu estava boquiaberta, Jake tinha pensado em absolutamente tudo e agora nosso pequeno paraíso era literalmente nosso, quer dizer, de Jacob, porque eu ia precisar deixar isso tudo para trás. Choro novamente e Jake me puxa para a beira do gramado e me senta lá, ele se abaixa na minha frente e eu não consigo encara-lo.
Minha língua coça, quero contar a verdade, toda a verdade, mas a visão de Alice vem a minha cabeça, e eu nego limpando as lágrimas.
—Nessie, primavera estou começando a ficar preocupado com seu choro. Não me parece muito feliz. — ele fala, eu o encaro e depois olho para as madeiras empilhadas atrás dele, envolvo meus braços em seu pescoço e o puxo para um beijo, tentando mostrar tudo o que estou sentindo no momento. E transmito para ele através do meu dom, toda a felicidade que está em mim. Quando nos separamos ele sorri, sorri lindamente. Colamos nossas testas e a respiração quente dele alcança meu rosto, fecho os olhos e absorvo cada sensação, cada palavra, cada momento que Jake tem me proporcionado, essa felicidade que só ele conseguia me proporcionar. Seu calor convidativo, inebriante e entorpecente.
Abro meus olhos e encontro suas íris negras brilhantes, vidradas em mim, seguro seu rosto e sorrio.
—Jake, independentemente de qualquer coisa, nunca se esqueça que eu amo você. Eu sempre vou amar você! Por toda a eternidade. – digo do fundo do meu coração quebrado, e ele sorri. Limpa minhas lagrimas.
—Eu também amo você, eu te amo desde o momento em que coloquei meus olhos em você, e não seria diferente se o imprinting não tivesse envolvido, porque eu não consigo não amar você. – ele declara e eu sorrio. Suspiro e tento me alegrar um pouco, por ele, pelo que fez, por amor e gratidão.
Pego os papeis que estão levemente amassados ao nosso lado, e olho a escritura do nosso pequeno paraíso em nossos nomes e a compra do pequeno chalé, com a assinatura de Jacob.
—Vocês pensaram em tudo. – sorrio folheando os papeis e logo na próxima página vejo a pequena casinha na folha de papel, nos traços perfeitos de Esme, era mais perfeita do que eu podia sequer cogitar, provavelmente era um quarto e um banheiro, mas tinha uma pequena chaminé, o que significava que tinha uma lareira, na frente uma janela de vidro quadriculada e a porta ao lado, uma pequena varanda com um balanço de dois lugares na frente, quase consigo visualizar Jake ali, encostado na varanda, com sua calça de moletom, descalços e com os cabelos atrapalhados, mordo o lábio inferior por isso.
—Uma casa pelos seus pensamentos. – ele fala e eu rolo os olhos.
—Nada demais. – mordo o labio envergonhada e ele semicerra os olhos – Você e Esme estão formando uma bela dupla, com esse pequeno complô. – digo e ele sorri concordando.
—Somos diferentes e claro nossa casa não poderia ser diferente, quando procurei pelo anuncio, eles basicamente vendiam casas iguais, pedi a Esme um esboço e levei para o dono do local perguntando da possibilidade, e ele concordou. — Jake dá de ombros ao final da explicação.
—Vamos começar logo então. – me levantando dando um pulo, mas encaro Jake com dúvidas – Você já construiu uma casa? – ele gargalha.
—Não, mas não deve ser difícil, as instruções vêm junto. – da de ombros me entregando, folheio o manual e concordo.
—É, não pode ser tão difícil. Espero que seja como construir um carro. – penso otimista e ele concorda.
—Eu também. – Jake franze o cenho e eu sorrio.
Dou um passo na sua direção e fico na ponta dos pés para alcançar sua boca, dentre seus dois metros de altura, Jake se abaixa tomando meus labios e enlaça minha cintura me prendendo ali, minhas mãos espalmam seu peito e começo a passar pelo meu dom o que sinto, e como se uma chama tivesse reacendido em Jacob ele aprofunda mais o beijo, pedindo passagem com sua língua e castigando minha cintura com suas mãos, passeio minhas mãos por seu corpo sem reserva e alcanço suas costas, passo minhas mãos por debaixo da sua blusa e arranho ali. Jake geme em meus lábios e para o beijo de forma carinhosa, protesto em silêncio.
—Melhor começarmos. – ele fala e se separa indo até as ferramentas, fico o olhando se afastar e suspiro, Jake estava se controlando, e eu estava tirando sua sanidade aos poucos.
Quando o alcanço ele está vendo por ordem qual madeira vai usar primeiro. Nosso pequeno esconderijo seria construído do lado direito a estrada, de frente para o mar, claro que havia espaço ali para uma mansão, e nossa casinha literalmente sumiria no meio das árvores, mas seria perfeito, para chegar ao mar atravessaríamos a estrada e chegaríamos ao gramado, para logo a areia de pedras da praia de La Push. Era perfeito demais, bom demais para ser verdade, eu tinha um pedaço da praia de La Push em meu nome, meu nome e de Jake. Nosso pequeno paraíso.
Jake começa a separar as ripas pegando as maiores primeiro, que seriam a nossa base e colocando perto de onde decidimos que a casa ficaria, e eu o ajudo, carregando algumas também. Geralmente para construir uma casa daquelas, um humano levaria em média uns dois meses e meio, porém era mais fácil para nós, tínhamos a força sobre humana para nos ajudar, claro que a de Jacob é duas vezes maior que a minha e também tinha a rapidez e agilidade. Só que tínhamos a parte de Jacob ter que ir todas as tardes para a oficina e os horários de rondas, que dobaram com a presença de Alec, então seria uma construção de mais ou menos um mês e depois teríamos apenas uma semana e seis dias para o casamento de Charlie, para a minha partida.
Quando finalizamos a leva das madeiras Jake começa a enumerá-las, claro que levaria tempo e hoje não diria para montar nada, tinha também a enorme quantidade de pregos, dos mais variados tipos, que eu comecei a separar para iniciar a montagem da base da casa, pois para nossa infelicidade, os pregos tinham se misturado. E quando assustamos, já era hora do “almoço”. Esme tinha feito um banquete.
Jake estende o cobertor no chão, sobre o gramado, de frente para a praia e nos sentamos sobre ele, pego um sanduíche a contra gosto e forço meu paladar a aceitar o que eu estava oferecendo, mas na verdade eu precisava caçar. Como o sanduíche contrariada, vendo Jacob devorar dois com gosto, quase rio de seu desespero. Quando finalizo, escoro sobre meus cotovelos e fico olhando o mar quebrar sobre a encosta, era lindo demais e meu agora, nosso. Meu e de Jacob, levo meus olhos até ele, e Jacob também está olhando o mar distraído. Observo seu rosto sereno, como se a paz do mundo estivesse sobre ele, depois percorro seu corpo, seu dorso sem camisa, que ele tirou em alguma parte no processo de montagem, me fazendo perder a linha de raciocínio algumas vezes durante a separação dos parafusos, suas cochas grossas e musculosas por debaixo do jeans e o tênis surrado.
Subo meus olhos novamente e encontro os seus cravados em mim, enrubesço de forma violenta instantaneamente e Jacob gargalha da minha cara de desconcertada, reviro os olhos. Olho para o mar de novo o ignorando e escuto a leve movimentação ao meu lado, mas não olho para ele, de repente sinto seu calor do meu lado, e meus olhos me traem, encontrados os seus que estão em mim, calorosos e apaixonados. É involuntário não corar de novo, ele ri, e acaricia minhas maçãs do rosto com a ponta dos dedos.
—Meu Deus, como eu amo isso em você. – ele fala e eu sorrio – Isso também. – aponta para meu sorriso e eu rolo os olhos negando – Também amo isso. – o empurro levemente e ele ri.
—Você ama minha parte teimosa? – pergunto rindo, ele concorda fazendo uma careta engraçada.
—Totalmente, sua parte teimosa, sua parte arisca, sua parte brava. Eu amo, acho sexy. – Jake fala no meu ouvido, semicerro os olhos, sentindo o arrepio subir da base da minha coluna e chegar na ponta do meu último fio de cabelo. Ele passa o braço por minha cintura e eu deito no chão encarando seu rosto.
Traço com a ponta dos dedos uma linha reta, começando na sua mão e subindo até sua tatuagem e quando chego lá, traço o desenho com a ponta dos dedos e passo para ele através do meu dom “eu amo isso em você". Depois levo a ponta dos dedos por seu rosto e passo o polegar por seus lábios, olhos, sua sobrancelha grossa e expressiva, sobre seus olhos e pelas maçãs de seu rosto, coradas naturalmente, “eu amo isso em você". Depois traço os dedos por sua pele castanho avermelhada e mostro para ele como sua pele fica mais bonita em contato com o sol, como se um completasse o outro e transmito de novo, “eu amo isso em você”. Percorro a mão por seu pescoço e mostro para ele como eu me sinto em relação a seu perfume único e amadeirado “eu amo isso em você". E por fim traço uma linha fina até o seu peitoral desnudo e pouso minha mão ali, do lado esquerdo sentindo sua batida acelerada e ritmada sobre minha palma, e primacialmente “amo isso em você”.
E então ele sorri, o meu sorriso, com todos os seus dentes perfeitos e alinhados. Ele pousa sua mão na minha e leva até sua nuca, me puxando para um beijo. Sorrio sobre seus lábios e digo.
—Também amo isso em você. – rio quando ele ergue uma sobrancelha.
—Está andando muito com Emmett. Não sei se aprovo, ele está tirando sua virtude. – Jake debochada e eu faço cara brava.
—Jake eu não sou mais.. – começo, mas ele me interrompe.
—Criança, eu sei, sei muito bem.. – suspira – Sei mais do que eu gostaria. - completa levemente pesaroso, olhando para o mar, e quase posso ouvir sua cabeça pensar alto, em um conflito interno.
—Obrigada. - digo e ele me olha de novo sorrindo, seus olhos vãovpara as madeiras do que será nosso esconderijo, o tinha apelidado assim e depois para o mar, a grama, a areia, a montanha do outro lado da encosta e depois para mim. E suspira. O puxo para um beijo e já uso um poder eficaz contra ele, meu dom, mostrar o que eu me sentia nessas horas, transmitir para ele, mas Jake segura minhas mãos suspirando.
—Você está sendo muito má. - ele acusa e eu finjo de desentendida, ele suspira de novo – Acho que preciso de um banho de mar, e depois o escudo da sua mãe. - gargalho por isso e ele ergue as sobrancelhas – Vamos ver quem vai rir, quando eu te levar para dar um mergulho. - ele fala presunçoso e eu nego.
—A não Jake nem vem, a água deve estar um gelo. - ele sorri.
—Eu te esquento. - ergue as sobrancelhas insinuativo, com um sorriso safado nos lábios, coro e ele ri.
—Tentador, mas não trouxe roupas. - digo dando de ombros e ele beija meu pescoço.
—Secamos no caminho para casa. - rebate e já se levanta rápido, comigo em seu colo. E então ele faz o que eu mais temia, me joga por seu ombro.
—Jacob Black, me coloca no chão. - peço mandona e ele gargalha.
—Se você falar dessa forma de novo eu me apaixono mais, sabe disso. - bufo ja imaginando o sorriso presunçoso em seu rosto, e me debato em seus braços.
—Jake. - peço protestante, quando vejo ele tirar os tênis com os próprios pés e pisar na água. É claro que nas suas costas eu estava consideravelmente longe do chão, mas era questão de tempo, desisto de lutar e ele ri e novo.
—Cansou? - pergunta, solto um grunhido de descontentamento, mas não me aguento e rio junto com ele, então Jake me traz para seu colo, e tira meus sapatos sem me soltar. Mas vejo a oportunidade perfeita e saio de seu colo, correndo até base da praia, só que seus braços me alcançam com agilidade - Não, não espertinha. - ele fala e me pega no colo e novo, faço bico, ele beija rindo e continua entrando cada vez mais no mar, quando sinto meus pés tocar a água, sinto o gelo que ela está.
—Meu Deus Jake, posso ter uma hipotermia. - faço drama e ele ri jogando a cabeça para trás, ri com vontade.
—Não sei não, é você que insiste em dizer que sua metade vampira domina nessas horas. - reviro os olhos e me culpo por isso.
—Mas Jake eu não.. - começo, mas não completo a frase, pois uma onda quebra sobre nós, nos encharcando, endureço no colo de Jake e aperto mais os braços em seu pescoço, ele ri de novo. Fecho a cara e me solto de seu colo – Vou te mostrar seu lobo convencido. - digo rindo e jogo água sobre ele que me olha surpreso, rio e tento correr para longe, mas o mesmo me segura e me molha mais, o puxo para mim e o beijo, mas aproveito que ele abaixou a guarda e o afundo a água. Quando ele volta a superfície tem uma expressão de poucos amigos na face, mas ri, e nega.
—Vou ensinar você, vem cá. - gargalho e tento correr e seus braços, mas é impossível.
Passamos mais algum tempo, entre brincadeiras e beijos, mas logo Jake informa que temos que ir, porque Seth tinha que ir para a faculdade a tarde, e ele o renderia na oficina. Quando entramos no carro estou encharcada e batendo o queixo, mas Jacob me embrulha com o cobertor que deitamos e eu colo nele, absorvendo seu calor, e assim deixamos nosso esconderijo para trás. Jake faz o caminho de volta para a reserva e segura minha mão durante o trajeto, percorremos o caminho conversando sobre os dias de montagem da nossa casa, Jacob estava tão animado com a possibilidade de toda a coisa que eu ficava cada vez mais dilacerada com o assunto, quer dizer eu estava feliz, e era feliz demais para ser verdade.
Se fossemos humanos, eu queria ser humana neste momento, não saber da existência de vampiros e Jacob podia ser meu lobo, eu seria como Emily, ou Kim, Rachel, Claire ou Clarissa, eu poderia viver com Jacob tranquilamente sem a interferia de Volturi ou qualquer coisa irreal demais para desfazer nossa felicidade. Eu poderia viver com meu Jacob como uma pessoa normal, seriamos felizes, namoraríamos, noivaríamos e casaríamos.
Teríamos filhos, nossa casa, no nosso pequeno paraíso e ficaríamos velhinhos juntos, agora eu entendo Rose, eu entendo o peso da imortalidade, da coisa toda. Claro que agora a imortalidade para ela era bem vinda, ela tinha tio Emm, a metade perfeita para ela. E ela sempre diz que se tinha alguma coisa realmente maior acima de nós, como Deus, ela estava grata por ele ter me dado a eles, todos eles. Mas para mim a imortalidade começava a se tornar um fardo diferente, eu não conseguia enxergar uma possibilidade no meio disso tudo, não sem perder alguém no processo e eu não queria perder ninguém, estava colocando minha felicidade a jogo por isso. O problema e que eu não colocava só a minha, Jacob também não seria mais uma pessoa feliz, mesmo que eu pedisse, mesmo que o imprinting tivesse isso, de você ser feliz, por seu alvo imprinting estar feliz independente da escolha dele.
Mas eu não estava feliz com a minha escolha, estava sendo obrigada a ir embora, apenas pela possibilidade de procriar, claro que tudo desculpa dos Volturi, eu nem sabia se era compatível com Jake, ele um lobo e eu meia vampira, eu não sabia se aquilo podia ser possível. Os Volturi só me queriam na mão deles, só queriam ter o poder sobre minha família de volta, tudo por isso mesmo, por poder, para nos ver por baixo.
Jake para em frente a mansão e eu sorrio para ele. Me pergunto se Carlisle está em casa, precisava tirar umas duvidas e Alice, precisava falar com ela também.
—Não sei se consigo vir hoje à noite, as rondas dobraram então. – Jake informa de forma carinhosa e eu concordo.
—Sabe que não tem problema, apenas tome cuidado.
—Por favor, não saia sozinha.
—Sim senhor. – debocho, batendo continência e ele sorri.
—Amanhã no mesmo horário? – ergue as sobrnacelhas, sorrio. Ele me beija rápido e olha para porta. Não preciso me virar para saber que meus pais estão lá – Sogrão, boa tarde, sogrinha. – Jake os cumprimenta sabendo que eles vão ouvir. Nego rindo e olho para os dois, Edward faz cara de poucos amigos e Bella nega.
—Ok, tchau. – dou outro beijo em seus lábios convidativos e saio do carro, indo em direção a porta e alcanço meus pais.
—Por favor Nessie, não quero saber de seus beijos com Jacob. – Edward fala e eu ergo uma sobrancelha.
—Agora resolveu ler minha mente. – pergunto irônica, ele revira os olhos.
—Depois que minha filha fugiu, para ir atrás de um lobo irresponsável, não tive outra escolha. — fala contrariado e é minha vez de revirar os olhos.
—Então terá que aguentar meus pensamentos. — digo sorrindo e ele olha para Bella pedindo ajuda.
—Amor seja boazinha. – ela pede tentando apaziguar e eu a olho desacreditada.
—Mãe, ser boazinha? Isso se chama invasão de privacidade, queria ver se fosse Charlie na sua cabeça. — argumento indignada e ela faz a boca em uma linha, olhando para Edward.
—Ela não está errada. – Bella aponta para mim e ele rola os olhos nos deixando a sós, rimos juntas da cara que ele faz.
—Ele é muito enxerido. – acuso, ela não diz nada – Carlisle está? – pergunto, ela concorda e tampa o nariz.
—No sala dele, mas antes vá tomar um banho. Jacob que me desculpe, mas você está cheirando a cachorro molhado. – abana a mão, fazendo uma careta e eu dou de ombros.
—O cheiro é incrível para mim. - digo rindo e beijo o rosto dela e quando vou sair ela segura minha mão chamando, minha atenção.
—Espera aí, gostou da surpresa? — pergunta e eu mostro algumas coisas para ela que aconteceram. Ela sorri e fica seria em algumas partes, e depois me abraça.
—A meu amor, eu queria tanto que fosse diferente, que você não precisasse abrir mão dessa felicidade depois. Jacob também merece ser feliz, vocês dois merecem e me sinto impotente de não poder fazer nada, além de ficar olhando isso tudo acontecer. — Bella informa paracendo cansada e mordo o labio triste, eu estava vendo tudo de feliz que construir até agora correr para longe de mim, desaparecer como fumaça e não parecia ser real, não parecia ser verdade que eu precisarei fazer isso, mas Alec estava lá, como um lembrete ambulante, para não me deixar esquecer.
—É, eu sinto tanto. – falo e Bella concorda, limpando minhas lagrimas, que não vi que horas caíram.
—Eu também meu amor. – me consola e suspiro tentando me recompor.
—Vou ficar bem. – a conforto e ela sorri compadecida.
—Estamos todos aqui por você. — sorri, começamos a subir juntas os degraus do hall para entrar na casa – Foi difícil convencer seu pai dessa surpresa de Jacob. – muda de assunto tentando amenizar o clima, sorrio.
—E como conseguiu? – pergunto curiosa e ela sorri quando chegamos a sala, olha meu pai e ele ergue uma sobrancelha, não podendo ler o que ela estava pensando.
—Bem eu tenho minhas artimanhas. - da de ombros e eu faço a boca em uma linha.
—Ok mãe, não quero nem pensar nisso. – digo e ela gargalha – Você está andando muito com Emmett. – me lembro da fala de Jacob e o imito, ela dá de ombros e vai até meu pai. Nego não querendo imaginar as artimanhas que ela usa olhando para os dois, e nego tentando tirar a imagem da minha cabeça.
—É assim que me sinto. — Edward fala quando estou subindo as escadas, penso, "é só não ficar na minha cabeça". Ele bufa e eu rio. Quando chego ao corredor, faço o caminho da biblioteca, e quando entro Carlisle está lá lendo alguma coisa muito concentrado, ele tira os olhos do livro por um segundo e me olha sorrindo.
—Oi querida. Espero que tenha gostado da surpresa de Jacob. – me olha sorrindo carinhoso e eu sorrio surpresa. Todos sabiam?
—Sim, gostei muito, obrigada. – caminho até ele, que tem nas mãos um livro de anatomia, não era o que eu queria, vou até a prateleira e pego um livro de biologia, mais especificamente DNA, quando volto de novo procuro a parte de cromossomos e mostro para ele.
—O que você tem dúvidas? – ele pergunta me olhando, Carlisle era um ótimo professor, um dos melhores claro, se não o melhor. Eu desde meu um ano de vida, vinha sempre tendo aulas com ele e Edward até antes de nossa viagem para Volterra, e eu tinha ótimas notas, referente as provas aplicadas por eles, mas eu não entendia de gene lobo.
—Vô, o medo dos Volturi é de uma suposta procriação entre mim e Jacob, mas somos de “espécies” diferentes. – digo envergonhada, ele me fita e eu continuo – Você acha que isso é possível? – suspiro e sinto minhas bochechas esquentarem – Quer dizer eu e Jacob, bem você sabe. — finalizo e ele concorda, fecha o livro que está nas mãos e sorri terno.
—Também pensamos nessa possibilidade, claro que você é fértil, e como tem um ciclo menstrual pode sim ter filhos, e Jacob é um garoto saudável ele também é humanamente capaz de gerar. Mas esse ponto que você tem dúvidas não é explicado pela ciência e sim magia, talvez. – ele fala e eu ergo uma sobrancelha não entendendo – Bom eu sempre quis uma explicação cientifica para isso, a atração do imprinting e a procriação dos lobos, e claro que com os outros lobos seria mais fácil, a parceira deles são humanas, por isso não vemos nenhum empecilho, é uma atração forte e o gene lobo é passado de pai para filho, ou filha. Mas você e Jacob, como você mesmo disse são de “espécie” diferentes. – concordo.
—Sim, por isso é tudo loucura e não podemos ter filhos. — afirmo e ele nega.
—A controvérsias e é ai que entra a magia, Nessie, não e atoa que pela ironia você e Jacob sejam mais compatíveis, do que você e Nahuel, que você é uma humana hibrida, sem veneno correndo por seu sangue, veneno esse que pode matar Jacob. A magia explica, que a parceira alvo do imprinting de um lobo, é perfeita para ele porque, além de tudo ela é compatível com o lobo guerreiro para gerar lobos mais fortes, dando continuidade para a linhagem. Então sim pela magia vocês podem sim ter filhos. – ele fala e eu fico em silêncio absorvendo tudo – Mas pela ciência pode ser que nao. Mas aceitei que não dá para explicar isso com ciência, não com ciencia baseada em humanos, e também sei que é muito louco tentar entender, porque é como tentar cruzar porco com galinha. - suspira e sorri - Mas olha so para nós, não somos e nunca seremos normais, você é a prova disso. Nunca acham que fosse possível, mas você é o nosso pequeno milagre. — ele finaliza sorrindo e eu suspiro.
—Mas então o fato de termos 24 cromossomos, também influência em alguma coisa? – pergunto e ele concorda.
—Bem de maneira cientifica sim, acho que explica o fato de o bebê que pode vir, ser mais compatível com o seu corpo, diferente de você quando estava no corpo humano de Bella, você era mais forte. Agora você é mais forte que ela era quando humana e acho que pode ser capaz de gerar um bebê que vira de vocês dois. Apesar de não sabermos o que está por vir, se vir. – ele fala e eu suspiro tentando assimilar tudo, então eu também era compatível com Jacob, pela procriação.
—Ainda tem dúvidas sobre alguma coisa? – ele pergunta e eu nego suspirando.
—Então isso significa que ainda teremos que ir embora, porque eu e Jacob podemos sim fazer o que os Volturi tem medo. – afirmo e ele concorda.
—Sim. – ele fala e eu me sento na cadeira fechando o livro – Mas Nessie, não se martirize por isso, a sua possível gravides de um filho de Jacob é apenas uma desculpa de Aro, não se sinta culpada por isso. Além de tudo, isso não significa que não pensaremos em alguma coisa. Vamos resolver juntos. – Carlisle me ampara, e eu sorrio para ele concordando.
—Alice está? – pergunto já sabendo a resposta e o vejo negar.
—Está resolvendo as coisas do casamento de Charlie. – confirma minhas suspeitas e eu concordo relutante. Vou até ele e coloco a mão em seu rosto, “obrigada vô” – Não a de que. – abana a cabeça sorrindo e aponta para a fita métrica na parede, olho para ela e parece que tem mil anos luz que não vamos ali, parece que tem anos e não algumas semanas que Nahuel se foi, e parece que tem anos que fomos até os Volturi e não a duas semanas atrás – Será se eu posso? – ele pergunta e eu sorrio me encaminhando para la.
Me coloco na frente da fita em silêncio e ele começa a me medir minuciosamente, me perco em pensamentos lembrando da última vez em que eu estive ali, onde Carlisle explicava por cima a dúvida que eu tinha hoje, porque ele não podia se aprofundar no assunto, pelo imprinting, fico me perguntando se Nahuel também sabia do imprinting, e me pergunto como ele está. Eu queria acreditar que bem e feliz longe de mim. Quando Carlisle finaliza ele sorri.
—É, não tem nenhuma mudança, acho que a fase do amadurecimento está mesmo concluída. – conclui sorrindo – Tem tentado aprimorar seu dom? – pergunta e eu nego mordendo o lábio.
—Nem tenho me lembrado. – suspiro culpada e ele concorda.
—É compreensível, mas sempre que puder treine, quero ver até onde seu dom vai. – pede – Pronto está livre. – diz.
—Obrigada mais uma vez vô. - ele sorri e saio da sala indo para meu quarto, já era fim de tarde quando entro no banho, a roupa molhada pela praia já tinha secado em meu corpo e a noite caia mais fria, um crepúsculo cinza escuro com umas nuances em vermelho irrompia o céu, denunciando que o frio aumentaria.
Me encaminho para o chuveiro repassando todo o meu dia na cabeça, e não podia ser possível que agora tínhamos um lugar nosso, além da clareira é claro, tínhamos nosso pequeno esconderijo, um lugar agora graças a Jake e minha família, literalmente nosso. Eu tinha um pedaço de La Push para mim e ele, mas não seria assim por muito tempo e daqui a pouco aquele pequeno pedaço, seria apenas de Jacob.
Eu tinha muito o que pensar, Jacob podia estar nesse momento na floresta caçando Alec e Alec onde ele estaria? Eu não podia mais continuar fazendo isso com Jacob, eu tinha que contar para ele, era o certo a se fazer, ele tinha o direito. Suspiro no final de tudo, depois de ter tomado essa decisão e fico no chuveiro por mais uns minutos, deixando toda a culpa escorrer por mim e ir direto para o ralo, eu tinha tomado a decisão, mas e o medo de que tudo desse errado era pior.
Me enrolo na toalha e saio do banheiro com outra enrolando meu cabelo. E quando alcanço o quarto Alice está sentada na minha cama, as pernas cruzadas, os dedos mexendo nervosamente e uma expressão de culpa no rosto, e eu já sabia o que aquilo significava. Sem dizer nada vou até ela e suspiro antes de tocar seu braço, e quando tomo coragem imagens de sua visão irrompem minha cabeça.
Claro que a maioria das coisas são um borrão, eu, Jacob e toda a matilha estávamos envolvidos naquilo até o pescoço, e Alice não podia ver muito além disso, mas ela tinha tomado um certo domínio em tentar ver além de nós, e lá estava os corpos da minha família, Claire, Clarissa, Emily, Rachel, Billy, Sue, chorando compulsivamente, provavelmente pelos seus lobos, Charlei morto também e Alec estava la, seus cabelos bagunçados como eu nunca vira antes e seus olhos mais vermelhos do que o sangue que pingava de sua mão, pronto para matar mais quem tivesse no caminho dele. Tiro a mão do braço de Ali entorpecida, Alec mataria todos nós se eu contasse, nem Charlie sairia ileso, e não posso encarar essa possibilidade, ver Jacob sendo morto por um descuido, ele a matilha e minha família.
Começo a chorar compulsivamente e fico com raiva de Alec por estar ali, as coisas só se complicavam. E meu Deus eu teria que continuar enganando Jacob. A vida de todos estava em jogo por isso. E entre a minha felicidade e a vida de todos, eu coloco a minha felicidade a cheque eu dou de bom grado para os Volturi, para que todos sobrevivam.
—Nessie, me desculpe. – Alice pede e eu nego.
—Está tudo bem Alice, vai ficar tudo bem. – digo me agarrando as minhas palavras, eu precisava continuar agora mais do que nunca a acreditar que iria ficar tudo bem, minha lista de prós e contras em relação a deixar Jacob, já deixou os contras no chinelo e eu já não tenho mais uma saída para como fazer isso, a não ser em um dia estar aqui e no outro simplesmente ir embora.
—Eu queria te dar uma boa noticia e.. – ela fala e eu concordo sorrindo.
—Eu sei Ali. Mas está tudo bem, eu já sabia que isso poderia acontecer. – digo sorrindo e ela se levanta me deixando sozinha, vou para o closet no modo automático e me troco, jeans e blusa de frio fina, calço um tênis e penteio meus cabelos o prendendo em um rabo de cavalo alto. Quando finalizo, abro a janela do quarto já esperando a rajada de vento gelada me lamber, e ela o faz, sem reservas, o frio me abraça e eu me sento ali no beiral da janela, sentindo ser congelada aos poucos.
E como era bom, como era bom ter essa sensação de torpor dominar cada músculos do meu corpo, como se cada parte estivesse dormente, e por último minha cabeça, ela para de pensar em tudo, porque está tão frio que não consigo mais pensar em nada, apenas em ficar ali por uns minutos, e é bom, como é bom não pensar, poderia estar fazendo uns sete graus lá fora, nunca seria o suficiente para me congelar, mas apenas para me desligar e por isso eu queria que cada vez mais a temperatura fosse caindo, porque o frio naquele momento se tornou meu melhor amigo.
Onde mais eu conseguia aquele estado latente de torpor se não fosse com Jacob, mas o calor sem ele não era a mesma coisa, então eu queria o frio, eu precisava do frio para não me lembrar dele, para não pensar, e estava ajudando. Venho reparado nisso a alguns dias, que o frio tem se tornado um ótimo analgésico para meu coração partido, meus pensamentos castigastes e minhas dores internas, e com sorte iriamos embora para um lugar mais frio que Forks. Porque se eu não tivesse o calor de Jacob comigo, então eu não queria calor algum._________________________________________
E ai o que acharam? O momento deles? Fiz para agradar vocês, espero que tenham gostado, vão vir mais momentos deles assim por ai, aguardem, e comentem me contando tudoooo.. Comentem e favoritem.
Quero voltar comas postagens de uma vez na semana! Ja tenho 2 caps. prontos ok?!
Bejú
By Isa Devaylli
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Equinócio
RomanceA maturidade poderia se dizer que era uma das coisas que eu mais esperava, no entanto a data foi marcada por algo mais do que isso. A data traçou o meu destino, um destino ao qual eu não tinha escolha, teria que o seguir ou deixar as pessoas que eu...