cinquenta e um

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ISIS

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ISIS

As meninas me olhavam enquanto eu contava o que Virgínia havia dito na noite passada.

Eu ainda estava um pouquinho chocada, sem saber o que pensar sobre aquilo.

— Você está grávida?! — Carol perguntou.

— Meu Deus, a Vivi é vidente! — Ingrid disse animada. — Eu vou pedir pra ela me contar o meu futuro e me falar o que... — Se interrompeu, quando percebeu que Carol e eu a olhávamos sérias. — Desculpa, continua.

— Eu não sei o que significa isso. Será que estou grávida? Será que ela sentiu que eu estou? Tem essas coisas de criança sentir, não tem? — Pergunto rápido. — Ou será que foi só bobagem de criança? Eu não sei!

— Isis, respira fundo. — Falou Carol.

Ela citou apenas o meu nome, mas nós três respiramos fundo.

— Mamãe... — Ouvimos e voltamos a atenção para o corredor, vendo Virgínia se aproximar coçando os olhos.

— Oi, minha vidinha. — Carol disse, abrindo os braços para a receber em seu colo. — Dormiu bem?

Xim. — Murmurou e se aconchegou no colo da mãe. — Dia, titia.

— Bom dia, dorminhoca. — Falou Ingrid, jogando beijinho para ela.

Virgínia virou a atenção para mim e eu sorri para a mesma.

— Bom dia, lindinha. — Falo.

— Dia! — Sorriu e desceu o olhar para a minha barriga. — Dia! — Repetiu.

Olho para as meninas, que intercalavam o olhar entre meu rosto e minha barriga.

— Vou comprar teste de gravidez. — Disse Ingrid, se levantando em um pulo.

*

— Oi. — Murmuro e Philippe inclina a cabeça para o lado.

— Que oi mixuruca foi esse? — Perguntou e segurou em minha cintura, me puxando para mais perto dele e para dentro da casa do mesmo.

A Ingrid havia mesmo comprado testes de gravidez, mas eu não estava sentindo nem um pouco de coragem de fazer eles. E se desse negativo outra vez?

— Está tudo bem? — Philippe insistiu e eu comecei a contar sobre Virgínia.

— Agora eu estou com dois testes de gravidez na minha bolsa e não tenho coragem de fazer. — Termino.

— A Vivi é vidente?! — Perguntou e eu o olhei séria. — Ah, ok, não é o que importa agora, claro. — Falou rápido.

— E é isso. Vim caçar carinho. — Digo e ele ri, me apertando no abraço e dando um beijinho em meu ombro.

— Que tal fazer os testes? — Sussurrou, tirando alguns fios de cabelo do meu rosto. — Já tiramos a dúvida sobre você estar grávida ou não e vemos se a Vivi é uma vidente.

Rio baixo e seguro na nuca dele.

— Estou com um pouquinho de medo de dar negativo. — Digo sincera.

— Nada de medo. — Falou. — Se der negativo, nós vamos tentar de novo até conseguirmos.

— Está bem. — Sussurro e ele sorri, me dando um selinho rápido e me puxando até o banheiro.

[…]

O momento de espera pelo resultado do teste era um dos momentos mais tensos da vida. Parecia demorar anos para eu ter uma resposta, e eu ficava mais ansiosa do que tudo.

— Eu seria um bom pai? — Philippe perguntou e eu o olhei.

— Claro que sim, ou você acha que eu ia querer ter filho com um cara que não seria um bom pai?

— Vai saber. — Deu de ombros e eu ri.

— Você vai ser um ótimo pai, meu amor. — Afirmo e ele sorri, se inclinando para a frente e me dando um selinho demorado.

— E você vai ser a melhor mamãe de todas. — Disse, enchendo meu rosto de beijos. — Quero tanto que dê positivo...

— Eu também. — Murmuro. — Quero muito mesmo.

Ele olhou para o relógio e em seguida para mim.

— Eu acho que já deu o tempo. — Falou e eu mordi o lábio, olhando para os testes.

— Tá... — Murmuro e suspiro fundo, sentindo o olhar de Philippe sobre mim. — Ok, tá bom, vou ver. — Digo e me aproximo da pia, olhando para os dois testes. — Ah, meu Deus...

— Você está? — Perguntou Philippe, parecendo mais ansioso do que eu.

— GATINHO, NÓS VAMOS SER PAPAIS! — Grito e me viro para ele, mostrando um dos testes.

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vivi com v de vidente

O pai do meu bebê ━━ Philippe CoutinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora