●𝑻𝒓𝒐𝒊𝒔

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Sonhar é acordar-se para dentro. Se● podemos sonhar, também podemos ●tornar nossos sonhos realidade.●

 

Quando Márcia abriu os olhos ela percebeu que estava de pé,a areia grudava em seus pés descalços e subia para cobrir seus tornozelos. Ela percebeu suas roupas. Tecidos que cruzavam seu peito e cintura,cobriam seus braços e escorriam pelas costas. Ela respirou fundo,os olhos se fechando automaticamente com o sentimento de paz que seu corpo preencheu. Ela sorriu pequeno. Não pensou,só abriu os braços erguendo todo o tecido que cobria os ombros,respirando profundamente.

Um assovio.

Sua mente avisa para onde olhar e ela obedece. A sua esquerda uma pequena borboleta pousou em um galho,então percebeu que estava em uma mata. Uma gruta tão fechada que as arvores cobriam o céu. Márcia olhou para o pequeno ser no galho,hipinotizada com o brilho azulado das belas azas da borboleta. Ela estendeu a mão com dedos delicados e curioso, com cuidado tentou pegar a bela criatura. Derrepente o inseto estava voando,batendo suas azas mata adentro e junto a ele uma musica abafada. A jovem não identificou a melodia que a atraia,mas era forte e ficava cada vez mais poderosa conforme ela seguia a borboleta. Dezlisando entre galhos como se tivesse feito isso milhares de vezes.

Ela abriu os olhos,mesmo que não se lembre de ter fechado. Um fogo brilhava em suas vestes brancas e ela se movia como um pião,descalça na areia. Nao sabia por que,mas seu pulmão explodia implorando por ar,suas orelhas foram tomadas pelos tambores e vozes que gritavam àquilo qie deveria ser dito. Porem ela não entendia.

Então ela piscou.

A sua frente as costas de um homem dançante. As vestes semelhantes a dela,grandes colares cobrindo todo a nuca,trançando um padrão. Eles andavam em sincronia,ele pulava e erfuia os braços e Márcia girava livre,as mãos soltas e pés ligeiros.

"É hora."

Marcia piscou e tudo sumiu. Estava sozinha em sua cama suando frio. Os lençóis estavam humidos e suas roupas grudavam em seu corpo. Ela sentiu o peso da gravidade sobre suas costas e o cansaço a consumiu lentamente. Foi dificil pra se levantar porém o ardor em sua garganta não deixava o ar entrar. Precisava de água.

Uma vez de pé Márcia percebeu que usava pecas de roupas diferentes da noite anterior. A noite anterior. Eric. Ela pouco se lembrava do que tinha acontecido depois que Eric inicioi a conversa. Mas lembrava de algo. Uma dor irritante no peito,então uma voz, a borboleta e entao ela estava aqui.

A policial pegou um copo de água e bebeu tudo com a mão trêmula,derrubando em sua roupa r chão. Seus dedos seguraram o balcão da cozinha para continuar de pé. Seus joelhos aos poucos se formavam e ela sentia que poderia caminhar novamente. Márcia respirou profundamente fechando os olhos para descansa-los. Ela procurou pelo celular e o encontrou em cima da mesa ao lado de um café ainda quente.

"Bom dia." Eric apareceu na porta do corredor,seu cabelo estava molhado e ele abotoava sua camisa. O homem olhou para Márcia e depois para o relógio.
  "Você dormiu bastante e como uma pedra," ele começo se aproximando,encostando-se na mesa. Márcia baixou a cabeça com o intenso olhar que recebia.
"A quanto tempo você não dormia direito?" Ele finalmente perguntou. A morena engoliu em seco crusando os braço e Eric percebeu que ela voltava a adotar a pose fechada.
"Márcia." Ele repreendeu.

𝑬𝒕 𝒒𝒖𝒂𝒏𝒅 𝒋𝒆 𝒅𝒐𝒓𝒔 ...Onde histórias criam vida. Descubra agora