capitulo três: César

510 53 15
                                    

Chegamos na ilha por volta das sete da manhã, a amiga do noventa estava esperando a gente na rodoviária.

Assim que descemos do ônibus ele foi correndo até ela, tô falando que esse negócio tá esquisito.

Caminho ao lado do Dudu, até a mina.

Noventa: Aí essa é a Ana Luiza, Ana Luiza esse o César e o Eduardo — Aperto a mão da mesma que dá um sorriso.

Analu: Gente me chama de Analu, ninguém aqui me chama pelo nome, vão ficar sem saber de quem tão falando — assinto encarando o noventa — vem vamos, que a Isa está esperando junto com o tio Felipe pra mostrar o apartamento.

Caminhamos pra fora do local, e logo após a saída da rodoviária tem um espaço enorme, muito Bonito aliás esse lugar e lindo mesmo.

Caminhamos até uma Hilux branca, e ajeitamos as malas certinho, entrando no carro e colocando o cinto.

Noventa: O que tem de bom pra aproveitar aqui em Analu? — A garota abre um sorriso encarando ele.

Analu: Bom isso depende, tirando as festas e o trio elétrico que o prefeito faz questão que tenha, tem a praia, o que já não e uma novidade — Solta uma risada — o mangue onde a gente vai sempre pra pegar caranguejo, tem um parque aquático, tem a praia do bosque que e a coisa mais linda aqui da ilha, e tem barra nova que sinceramente eu sou apaixonada naquele lugar...

Dudu: Sobre esse prefeito ai, vi que ele tava respondendo processo qual foi o caso? — A garota respira fundo parando o carro no sinal.

Analu: Sinceramente pra mim esse processo aí foi dor de Cutuvelo dos adversários que perderam — Ela volta a dirigir quando o sinal fica verde — O nosso prefeito e Daniel do Açaí, chamam ele assim porque ele e dono de uma companhia de água potável.

Dudu: Mais qual foi o motivo do processo? — Pergunta afobado e a garota ri.

Analu: Calma apressadinho vou chegar lá.

Noventa: E Dudu calma pow — Debocha de cara do mesmo que revira os olhos.

Analu: Na época de eleição, a nossa cidade passou por uma escassez de água muito feia, como vocês sabem, e uma ilha e rodeada por água salgada, e negócio estava tão feio, que tava saindo água salgada nas torneiras, então como ele era dono da rede de água potável ele distribuiu água de graça pro povo, e aí falaram que ele tava comprando Voto — Dudu assente e encosta no braço de trás olhando pra janela.

Noventa: Mais aí deu o que?

Analu: Nada muito grave, pensaram que ia derrubar ele, mais ele foi bem mais esperto, teve que ir pra Brasília duas vezes por causa desse negócio aí, e no fim acabou que não deu em nada e ele acabou de elegendo de novo — Noventa assente e fica um silêncio no carro.

Sinceramente tô me sentindo um pouco deslocado, não sei se e pelo motivo de não conhecer ninguém e estar em um local novo, ou pelo fato de que prefiro estar em casa com a minha família.

Passamos em frente a um supermercado enorme, minerão e em menos de alguns minutos a gente atravessou a ponte sobre um rio enorme, e chegamos na ilha.

Era um local bonito, aliás muito lindo.

Ela continua o caminho, até chegar no local onde tinha de tudo, loja de sapatos, roupas restaurantes, sorveteria de tudo.

Analu: Aqui e o centro, ali ficava a antiga cascata, era um local aonde eles tinham feito uma cascata, mais o prefeito mandou tirar, era lindo, tô falando porque eles costumam usar isso como referência, quando alguém falar, há me encontra lá na antiga cascata e ali que eles estão falando.

Primeira vista - César McOnde histórias criam vida. Descubra agora