24. Boa ou má notícia?

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Albert não conseguiu dormir nessa noite, a cela parecia menor e mais fria. Saber que iria morrer em poucas horas lhe causou um nó no estômago que até a fome foi embora. Ele escolheu um canto escuro, onde Tetin colocou a cabeça para fora da sombra, de forma que os guardas não conseguissem ver, e Albert ficou ali acariciando sua cabeça enquanto os minutos passavam lentamente.

Do outro lado do castelo, o rei foi acordado em plena madrugada.
A ira de ter sido retirado de seu sono era clara em seu rosto.
Ela havia somente jogado um roupão de cetim vermelho por cima dos ombros e amarrado na cintura.

(Rei Marcus) Por que raios os vermes me acordam na madrugada?!

(Súdito) Senhor, nosso mensageiro do reino vizinho nos enviou um pombo.

(Rei Marcus) Espero que isso seja muito, muito importante ou a sua cabeça será a próxima na minha coleção.

O súdito começou a suar frio, ele conhecia a fama do rei de fazer cabeças rolar todos os dias.
Ele entregou a carta ao rei.

O rei que antes estava exalando fumaça pelos ouvidos, depois de ler a carta ficou pálido como um fantasma.
Depois de terminar de ler, seus olhos miraram um canto qualquer e ali se demoraram por vários minutos.

(Rei Marcus) Convoque o conselho.

(Súdito) Sim, majestade.

Uma hora depois um das salas de reunião do castelo estava com seus assentos todos ocupados.
Alguns estavam com a cara amassada, mostrando que haviam acabado de acordar.

O conselho era composto por representantes das famílias mais ricas do reino, os magos, o general do exército e o braço direito do antigo rei.

Todos aguardavam preocupados, quando o rei entrou na sala, sentou-se na cabeceira da mesa e ficou encarando o vazio ao longe.

Um homem rompeu o silêncio, era um senhor magro, baixo e com os cabelos grisalhos, vestia um traje bem arrumado, contudo mais simples que os demais daquela sala, esse era o braço direito do antigo rei, ele sempre foi admirado por seus bons conselhos e fidelidade ao reino.

(Braço direito) Vossa majestade, rei Marcus, como podemos lhe ser úteis?

A menção de seu título lhe tirou de seus devaneios.

(Rei Marcus) Obrigado Irineu.

Ele retirou a carta de um bolso interno de suas vestes e abriu-na com cuidado.

(Rei Marcus) Nosso mensageiro infiltrado no reino vizinho nos enviou essa carta. Meu primo está vindo nos visitar.

O espanto era visível na face dos membros da reunião.

O primo do rei comandava as Ilhas de Ferro, um conjunto de Ilhas próximas do reino. O povo era bárbaro, com muitos piratas, onde o comando era decidido pela força. Eram como vikings, guerreando e saqueando.

A relação entre os dois governantes não era muito amistosa, ouvia-se o boato de que o primo do rei desejava o seu trono. Mas como nunca houve uma prova concreta, ficava somente nos boatos.

(Irineu) Vossa majestade, precisamos nos preparar imediatamente, vou ajudar a resolver a parte burocrática.

(General) Vou deixar os soldados prontos e aumentar a guarda no castelo.

(Rei Marcus) Obrigado pela preocupação,  ???.

(Deixe sua sugestão para o nome do general)

Na manhã do dia seguinte, a cidade estava alvoroçada, parecia que a movimentação havia aumentado e a população estava inquieta, como se houvesse algo prestes a acontecer a qualquer momento.

*********

Em uma sala secreta do castelo...

(Rei Marcus) Tem certeza que ele vai tentar usurpar o trono?

(Irineu) Sim, majestade. A informação veio de uma fonte segura.

(Rei Marcus) Mandarei as tropas para prendê-lo assim que chegar.

...

(Irineu) Tenho uma sugestão que pode agradar vossa majestade e acabar com a possibilidade de novas revoltas.

(Rei Marcus) Fale logo, não gosto de suspense.

(Irineu) Sabe o jovem mineiro com potencial mágico?

(Rei Marcus) Sim, aquele fedido. Vou matar ele daqui a pouco.

(Irineu) Então...

*********

Albert estava perdido em seus pensamentos quando um fiapo de luz entrou na cela, finalmente chegara a hora. Os passos dos guardas ecoaram em direção à cela em que ele estava.

(Mago Smith)  Vamos seu imundo! Levante-se. E nem pense em fazer qualquer besteira ou posso acabar tostando a sua pele.

Por algum motivo Smith parecia irritado, com a cara de alguém que havia comido e não tinha gostado.

"Teve ter levado um fora esse cabra chato pra caramba"

Albert não sabia muito bem para onde estavam indo e ele nem queria saber. Ele só estava calmo, como que se preparando para seu descanso eterno.

Alguns minutos depois, chegaram em uma grande porta de madeira escura, ornamentada à ouro. Um dos três guardas da porta entrou, para avisar a chegada do prisioneiro.

(Guarda) Podem entrar, sua majestade os aguarda.

Assim que Albert entrou na sala viu um carcereiro com um capuz preto cobrindo toda sua cabeça, um avental branco e um grande machado em suas mãos.

A calmaria que outrora sentiu foi substituída por um medo extremo que lhe fazia suar frio.

(Rei Marcus) Saiam todos do cômodo, exceto o conselheiro Irineu e o mago Smith.

Assim que todos saíram, Smith jogou novamente o pó na cara de Albert, fazendo ele dormir. Tetin observou tudo, mas não agiu para não colocar a vida de seu parceiro em risco.

O rei foi até uma estante de livros e puxou um livro específico, abrindo uma passagem secreta.

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Fiz uma dinâmica diferente nesse capítulo, permitindo que os leitores escolham o nome de um personagem.
Se gostarem, posso fazer mais vezes.

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