13. O começo de tudo

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(Gessica) Tudo bem eu conto...

No começo haviam três deuses irmãos que reinavam sobre o grande continente e abaixo desse continente havia só um vazio sem fim.

Os três irmãos tinham personalidades diferentes, mas tinham um laço muito forte de amizade. O deus Marlog era selvagem, gostava de lutas e sempre queria uma nova aventura. O deus Urog era mais tímido mas tinha uma sabedoria sem comparação, alguns dizem até que tinha um lado meio obscuro. A deusa Tagar exalava vitalidade, demonstrou seu amor à vida quando criou os anjos, seus filhos.

Foram tempos gloriosos e memoráveis quando os três reinavam, grandes heróis surgiram, assim como os vilões mais poderosos. A maior parte das raças foram criadas nessa época. O ar era inundado de mana e isso refletia tanto nos seres que ali viviam, quanto na própria terra. As árvores costumavam ser imensas, tocando os céus, há boatos de que algumas até tinham consciência e poderiam se comunicar.

E tudo era honra e glória até que Marlog, com sua grande curiosidade, queria muito descobrir o que havia no breu abaixo do grande continente. Urog e Tagar foram contra e lhe disseram que não tinha nada lá. Mas quanto mais Marlog olhava para o vazio, mais ele se sentia atraído. Até que por fim ele se entregou a curiosidade e se jogou no vazio.

Logo que ele saiu, uma grande tempestade começou no grande continente. Os céus ficaram cheios de nuvens escuras, com brilhos esporádicos de trovões vermelhos e brancos. Houve uma perturbação no ar que todos os seres vivos conseguiram sentir de tão forte. O chão começou a rachar, ameaçando dividir o continente em várias partes.

Para que o continente não se quebrasse em várias partes e caísse no vazio, Urog e Tagar se uniram criando a árvore eterna que usou suas raízes para unir os três continentes que restaram do que era o grande continente.

(Jantar) Bom, é isso mesmo Gessica. Agora eu gostaria que você me falasse sobre quais são os três continentes, Albert.

"Putz, lascou. Sabia nem que tinha três continentes."

(Albert) Não sei.

(Gessica) Em que caverna você vivia, garoto?

(Tetin) Já posso comer ela mestre?

(Jantar) Tudo bem, parem de discutir que estão fazendo minha cabeça doer.

São três continentes unidos pelas raízes da árvore eterna:

Marem, o maior dos três continentes, cheio de reinos e com as mais diversas raças, acolhendo uma vasta gama de biomas, desde florestas a mangues. É onde nós atualmente estamos. Muito conhecido por sua tropa de elite, responsável por guardar as raízes de fronteira com Saram.
Nesse momento Jantar fez uma pausa enquanto revivia algo em sua mente. Em seguida continuou.

Saram é a terra selvagem, onde o comando é decidido pelo mais poderoso em combate. Terra de muitos desertos. Também de muitos perigos, por seu povo que não gosta de forasteiros e pelos bandos de saqueadores do deserto, sem contar com uma variedade de perigos naturais. Por conta de seu espírito guerreiro, eles tentam sempre invadir Marem.

E por fim Burgoc, o continente das trevas. Não se sabe muita coisa sobre esse. Diz-se que os piores monstros que já assolaram nosso continente equivalem aos filhotes dos monstros de lá. Não há muito contato de Marem e Saram com Urgoc. Das pessoas que tentaram desbravar aquelas terras, ou nunca mais voltaram, essa é a maior parte, ou então voltaram loucos, insanos, com a alma destruída.

(Tetin) Isso não vai deixar a gente mais forte. Vamos meter o pau neles mestre.

(Albert) Conhecimento também é uma fonte de grande poder Tetin. Pode salvar a sua vida.

Tetin sentou me olhando e virou a cabeça de lado, como quando os cachorros estão confusos.

(Tetin) Certo mestre...

"Ele provavelmente não entendeu. Sem problema, com o tempo tudo se encaixa"

Nesse momento houve um tremor em toda a vila, acontecendo novamente alguns instantes depois. Até que se tornou compassado.

TUM TUM TUM...

Um sino começou a tocar em algum lugar da vila. Os moradores começaram a entrar em suas casas apressadamente, fechando portas e janelas. Um soldado chegou correndo, ele estava cansado, parecia que havia corrido bastante.

(Batedor) Capitão... Está... Vindo...

(Jantar) Respire homem, se não eu não consigo entender.

O homem se acalmou um pouco e recuperou o fôlego até que conseguiu finalmente falar alguma frase completa.

(Batedor) Um bando de trolls se aproxima da vila.

Foi possível perceber a preocupação estampada no rosto de Jantar. Se esses trolls fossem iguais aos de RPG do meu mundo, seriam grandes e muito fortes, um bando então... seria aterrorizante.

(Jantar) De que lado estão vindo homem?!

(Batedor) Do sul, senhor!

(Jantar) Reúna os guardas no lado sul da vila. Albert, avise Augusto que um bando de trolls está vindo do lado sul da vila, quero ele comigo. Gessica, faça o mesmo com Graça e Janeth, necessariamente nessa ordem. Vão!

Com seu grito final, todos saímos correndo para cumprir nossos objetivos. Eu estava com medo pelo tamanho da ameaça e do perigo que todos estávamos correndo, mas também estava muito empolgado, pois essa seria a primeira batalha que eu veria nesse mundo.

Nos reunimos todos no lado sul da vila. Gessica, Tetin, Úrsula e eu estávamos atrás de duas fileiras de soldados. Na frente dos soldados haviam quatro pessoas:
Jantar com seu traje comum, ou seja, armadura completa e espada.
Janeth com uma armadura leve de couro e um grande arco em suas costas, com a corda dividindo seus fartos seios.
Augusto, com apenas uma calça de couro, reforçada nas canelas e um grande machado para cada mão.
E por fim Graça, com um traje preto que deixava somente seus olhos à vista. Parecia que ela não carregava nenhuma arma.

As batidas estavam cada vez mais perto.

TUM TUM TUM

Agora era possível sentir o corpo vibrando com cada passada.

TUM TUM TUM

...

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