23. Teste de capacidade

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O castelo devia ser enorme, pois demorou em torno de três horas para o criado voltar com um homem que tinha cerca de 2 metros de altura, corpo musculoso em excesso e uma careca brilhante. Ele usava um avental de couro marrom, com algumas manchas de queimado e sujeira de carvão, suas mãos vestidas com luvas grossas. Também usava botas de couro preto.

(Impressão minha ou esse pj parece o ferreiro Augusto da vila Tomanú?)

Na mão do ferreiro havia uma sacola cheia de pedras. Parecia pesado, pois os músculos do braço dele estavam contraídos.

"Finalmente chegaram... Estava cansado de ouvir o rei reclamando da incompetência dos seus subordinados"

(???) Vossa majestade.

O ferreiro fez um cumprimento, curvando o corpo para frente, colocando a mão no peito e afastando o pé para trás.

(Rei Marcus) Pode se levantar Arnaldo. Por que demoraram tanto? Não tem medo de perder a cabeça por fazer o rei esperar?

(Arnaldo) Preparei o que ordenou e vim o mais rápido que pude, majestade.

(Rei Marcus) Sempre com desculpinhas. Vamos logo começar o teste desse imundo.

(Quem está com vontade de socar esse rei bota o dedo aqui 🤚)

Uma mesa longa, de madeira, havia sido trazida somente para esse teste.
Arnaldo tirou as pedras da sacola e as posicionou espalhadas sobre a mesa. Foi possível perceber que ele tinha mais cuidado com algumas do que com outras. Tinha cerca de 35 pedras

(Rei Marcus) Vamos ver se você é quem diz ser. Arnaldo, pode começar o teste.

Nesse momento meu coração batia rapidamente por saber que minha vida dependia disso. Com meu aprendizado com o Mago e ajuda da Tauba, identifiquei rapidamente os nomes e propriedades de todos os minérios que estavam ali.

Mas as coisas não eram tão simples, enquanto ele fazia as perguntas, decidi a minha estratégia. Errei alguns propositalmente e em outros demorei pra responder enquanto fingia que tentava lembrar os nomes. No final, acertei cerca de 20 das 35 pedras.

Ao término do teste, o rei chamou Arnaldo num canto para conversarem. Enquanto isso, Smith sussurrou de forma que só eu pudesse escutar.

(Smith) Você até pode enganar o rei e o ferreiro, mas eu sei a verdade sobre você.

Fingi que nem escutei o que ele falou, mas uma gota de suor frio desceu no canto da minha testa.

"Preciso ficar forte logo pra esse feiticeiro não me prender eternamente ou me fazer perder a vida."

(Rei Marcus) Arnaldo confirmou que seu conhecimento condiz com a profissão de ferreiro inciante, segundo ele talvez até um prodígio na área. Mas eu duvido muito que um inútil como você tenha algum talento especial.

Arnaldo recolheu suas pedras e se retirou. O rei caminhou um pouco de um lado para o outro da sala.

(Rei Marcus) Agora você me colocou num dilema. A sua história bate com o teste, por isso você poderia viver, mas você me fez cheirar essa imundície por tempo demais e sem motivo nenhum...

Smith viu que iria perder a discussão e tentou sua última cartada.

(Smith) Por que não fazemos então um teste de aptidão mágica. Se ele for somente um ferreiro, o indicador não mostrará nenhum sinal.

O rei parou de caminhar um pouco e sua expressão de nojo mudou para curiosidade.

(Rei Marcus) Realmente pode ser uma boa idéia. Vá buscar os aparelhos para fazer o teste.

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Smith não demorou muito para voltar, pareceu até que estava um pouco ofegante. Em sua mão havia uma esfera de cristal transparente.

"Ou os feiticeiros daqui não têm um bom condicionamento físico, ou esse cara realmente quer acabar com a minha vida... Filho da p***."

Ele retirou de suas vestes duas astes de metal e as encaixou sobre a mesa formando uma base para encaixar a esfera. Em seguida puxou uma cadeira e colocou em frente o aparato.

(Smith) Senta aqui e coloca a mão sobre a bola. Feche os olhos e imagine uma fogueira dentro da sua barriga. Imagine as chamas dessa fogueira se estendendo e passando pelo seu corpo em direção à esfera.

(Tauba) Detectado um alto índice de condução no objeto, possível detector de magia.

"Tauba, você consegue controlar a condução de magia para a bola?"

(Tauba) Sim. Deseja prosseguir?

Quando Smith terminou de falar, fiquei ali por mais um tempo, fingindo que fazia muito esforço com a mente e a imaginação. Até que decidi finalmente iniciar o plano.

Eu havia pedido para Tauba deixar passar somente um pouquinho de magia para a bola. Imaginei que se eu não tivesse nenhum valor, o rei me mataria por mero capricho.

Smith e o rei olhavam fixamente para a bola, esperando o menor sinal de mudança. Smith tinha um sorriso astuto no canto dos lábios, como um predador prestes a capturar sua preza. Enquanto isso, o rei parecia um pouco entediado, como se fosse muito comum esses testes não resultarem em nada.

Ao encostar a mão na bola senti uma leve dormência tomar conta da minha mão, com uma força de sucção que me impedia de soltar a bola.

(Tauba) A esfera está tentando puxar a mana do usuário. Deseja permitir?

"Permita conforme combinamos"

O cristal estava transparente, quando uma coloração azul brilhou levemente, como uma gota de tinta na água, e logo se apagou. Nesse momento o olhar de espanto na cara do rei era indescritível. Por outro lado, Smith estava incrédulo, pois achava que o resultado seria muito maior.

(Rei Marcus) HAHAHA!
IMPRESSIONANTE! Um mero plebeu tem algum potencial mágico.

(Smith) Realmente impressionante majestade. Isso pode ser um risco para o reino!

(Rei Marcus) Um risco?! Esse inútil?

O rei caminhou até uma das janelas com uma mão no queixo e ficou ali por alguns instantes, matutando algo consigo mesmo. Até que finalmente ele se virou...

(Rei Marcus) Você está certo. Leve ele para a prisão, a forca será feita ao amanhecer.

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Quem curtir primeiro o capítulo vai ganhar um personagem com seu nome. 🤯

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