This is my fight!

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A Nikki apareceu na porta, com um sorriso de orelha a orelha. Veio avisar que eu ia almoçar com eles, sem me deixar espaço para contestar saiu anunciando que a Tessa e os rapazes deviam estar a chegar. No momento em que me ia levantar, agarrei o lençol que me cobria e merda, esqueci-me que não estava propriamente vestida.

Tom? - Eu olho para ele, aposto que estou mais vermelha que um tomate! – Hmmm.... Foste tu que humm... Pecebes?

O Tom riu-se e abraçou-me, eu estremeci, era estranho a sensação do seu abraço depois da nossa conversa.

Não, não fui eu quem te vestiu, foi a minha mãe, mas a camisola que estás a usar é minha, e fica-te em melhor a ti, eu vou buscar umas calças para ti, a tua roupa estava toda vomitada depois de ontem e pusemos a lavar, depois do almoço já deve estar seca!

Tom eu vou ter de falar com a Carolina.

O Tom olhou-me com o que seria medo, eu não iria bater na Carolina, pois não? Mas tudo o que eu sentia era raiva, a fervilhar na minha corrente sanguínea, mas depressa fui retirada do meu pensamento quando senti algo molhado na cara. Tessa! A cachorra estava na cama, com a cauda a abanar como se eu fosse o melhor osso do mundo! Aproveitei para brincar com a pequena, que insistia que devia deitar-se em cima de mim e dar-me um banho reforçado! Eu não me importo propriamente que ela me lamba a cara, mas goar ia precisar mesmo de me levantar, o que deixou a Tessa com cara de cachorrinho abandonado e quieta na cama.

O Tom disse que ela nunca reagia assim, mas que foi muito bom ver duas crianças na brincadeira na cama dele! Eu não sou uma criança, ou sou? Ok, eu sou uma criança com a Tessa!

O almoço foi muito divertido, os irmãos do Tom contaram imensas histórias que o Tom preferia que fossem bem enterradas, e eu estava a adorar cada segundo, mas por melhor que fosse eu tinha contas a ajustar com aquele a quem eu uma vez chamei de melhor amiga.

Não foi difícil encontrá-la, ainda estava no hotel, a fazer as malas. O Tom estava comigo, mas eu pedi que ficasse à porta, assim não veria o que eu ia fazer. Eu entrei no quarto e encostei a Carolina a uma parede, o que assustou o Tommy, que entrou e fechou a porta depressa.

Eu impedi-a de dizer o que fosse enquanto eu olhava para ela, que por sua vez olhava para Tom em pedidos e suplicas para ele me segurar.

Eu não sei o que te passou na cabeça, tu sabias que eu estava interessada nele, tu tiveste a lata de te meter com ele, na minha cama, na MINHA cama, és uma vadia, eu nunca mais te quero ver na minha frente.

Eu larguei-a e sem pensar muito eu já lhe tinha marcado a mão na cara e estava agarrada aos cabelos daquela vaca, eu estava pronta para lhe dar um soco, que apenas o Tom foi capaz de segurar.

Eu tentava a toda a força acertar-lhe com mais um ou dois golpes e fugir daquele abraço protetor, mas nada resultava, o Tom não me ia deixar matar aquela criatura de forma alguma. E eu estava extremamente irritada, o que significa que eu chorava já, molhando assim a camisa do Tom, que apenas me puxou mais para si e depois de me acalmar pôs-me para trás de si, como quem protege uma criança indefesa.

Tom vais ficar aí a olhar, ela bateu-me!

Eu só não quero que a Lia se magoe mais por tua causa, tu enganaste-me, tu sabias perfeitamente o que ela sentia e mesmo assim não me impediste de nada, tu quiseste magoar a tua amiga de propósito! E se não fosses tu uma mulher, também eu já te tinha dado cabo dessa cara!

*Tom POV*

Eu começava a ficar irritado, como é que aquela garota ainda era capaz de pensar que eu a ia defender depois de tudo o que ela fez a amiga passar? Honestamente se aquilo era o que ela chamava de amizade, eu não queria nem estar perto dela, usar a amiga apenas para proveito próprio, que vergonha! Eu talvez devesse ter deixado a Lia arranhá-la ou arrancar-lhe mais uns cabelos.

Arruma as tuas malas, o motorista vem-te buscar apenas para ires para o aeroporto e nada mais, a tua viagem acabou.

A Lia saiu do quarto deixando a Carolina encolhida junto à cama, com um olhar surpreendido e uma mão marcada na cara, e eu segui-a, batendo com a porta, eu pensei que isto ia correr muito pior, pensei mesmo que a rapariga ia sair daqui numa ambulância ou pior, tal era a raiva que se podia ver nos olhos da Lia.

Talvez um dia - Tom HollandOnde histórias criam vida. Descubra agora