Meu sonho de Infância

Parte 2 - Quando eu me entreguei

Quando a tarde já cedia lugar para a noite, decidimos voltar para o barco e Bruno andava na frente com Carla, então, caminhando ao meu lado com as mãos nos bolsos, ele perguntou:

_ Quer ficar mais um pouco? É seu aniversário, não precisamos seguir viagem... parece ter gostado do garoto.

Eu sorri balançando a cabeça cinicamente e parei de frente para ele, então, parou confuso me encarando, eu falei:

_ Não acredito que esperou até eu completar maior idade para me entregar de bandeja a um garoto de Ilha grande. - Voltei a andar na direção de onde estava o iate e ele veio atrás, quando olhei por cima do ombro, Daniel sorria, o que me deixou louca, então voltei-me para a frente e tentei rir menos para que Carla não perguntasse o motivo. Eu não queria ter aquela conversa com ela.

Aquela situação estava me deixando ainda mais excitada, o fato de ele ser mais velho, de ser um segredo, o medo de Carla não gostar e ter de ser escondido e principalmente o fato de eu ser virgem, fato que eu suspeitava que provavelmente o faria mudar de ideia e não sabia ainda se devia contar.

Enquanto jantávamos e o barco já tomava seu rumo no mar, Carla falava sobre um trabalho que fazia na escola e a conversa variava entre sério e divertido com alguns comentários de Daniel e Bruno. Por fim Carla disse que não aguentava mais e ia dormir, Bruno ficou um pouco mais conosco, porém logo despediu-se e foi para o quarto, então ficamos os dois na sala de jogos e um silêncio perdurou por um tempo, até que tivéssemos certeza de que Bruno havia descido. Daniel estava extremamente hesitante, eu podia sentir, mas veio até mim, que estava de pé apoiada na grade olhando o mar e parou atrás segurando a grade, me envolvendo com um braço de cada lado.

Meu corpo se arrepiou só com a aproximação dele, senti sua respiração em meu ouvido ao exalar o perfume do meu cabelo, olhei para sua mão, que apertava firme a grade como se precisasse se prender a algo com firmeza para não me tocar, então me virei ficando de frente para ele e pousei as mãos em seu peito. Sentia o líquido escorrer entre minhas pernas e sabia que o desejava mais que tudo, não acreditava que ele me visse dessa forma:

_ Devo estar bem louco, não é? - Ele perguntou, se inclinando, tocou o rosto no meu, pedindo num sussurro. - Diz que estou louco.

Balancei a cabeça, passei a mão no rosto dele e beijei seu rosto dizendo baixinho:

_ Se estiver louco, prefiro assim do que são.

Outro sorriso destruindo minhas estruturas. Como se vencido pelo desejo, largou a grade me enlaçando com seus braços fortes e beijou meus lábios, primeiro só um beijo casto, leve toque, depois que o encorajei passando os braços em volta de seu pescoço e segurando forte sua nuca, sugou meu lábio inferior e com a língua foi invadindo minha boca, acariciando a minha, suas mãos deslizavam desde a cabeça até minhas coxas por baixo do vestido, me puxando para si enquanto roçava os lábios nos meus, eu sentia sua língua passando pela minha e me pegando no colo, enlacei as pernas em sua cintura, me colocou no sofá ajoelhando-se na minha frente beijando meu corpo por cima do vestido, achei melhor dizer que era virgem, não queria aborrecê-lo, as coisas estavam muito quentes.

_ Espera. - Falei e ele parou me olhando, vi em seu olhar preocupação, pensou que eu não quisesse:

_ Desculpa... eu...

_ Não. - O calei com o dedo nos lábios e disse. - Não se desculpe, só preciso dizer que... - foi mais difícil do que pensei estragar tudo falando isso, me senti tola e ao mesmo tempo com medo de destruir o clima.

_ Fala. - Ele pediu, estava de joelhos entre minhas pernas, apoiando os braços nelas e me olhava cheio de desejo.

_ Eu sou virgem. - Torci os lábios como se fosse uma notícia ruim.