("Quanto tempo mais eu vou ter que esperar?")
O Brasil pensa começando a se sentir frustrado, sentado em uma cadeira da fileira de várias cadeiras escuras, um ao lado da outra em uma sala grande, o lugar onde ele se encontra, possui uma grande mesa cheia de gavetas na sua frente com uma única cadeira macia perto da mesa, uma estante de livros encostada na parede escura da sala.("Eu me sinto tão sozinho!")
Ele pensa enquanto continua inquieto sentado na cadeira de espera.Após terem saido do hospital, o português levou ele para esse outro "passeio" dessa vez nesse lugar estranho. O português não explicou nada e não falou muita coisa para o garoto, mas ele fez questão de ser bem específico enquando falava para o Brasil não sai de jeito nem um da sala onde ele se encontra agora, o português parecia sério e ameaçador enquanto falava com o Brasil que somente concordou em espera por ele, após isso o português apenas saiu pela única porta da sala.
("Eu vou espera ele só mais um pouco, afinal eu posso sair se eu quise ele não pode briga comigo, certo?")
O Brasil pensa ainda apreensivo lembrando do que o colombiano havia lhe dito.Já se passaram mais alguns minutos desde que o português saiu, o Brasil não sabe muito bem para onde ele foi, apenas esperando no silêncio até começar a ouvir alguns barulhos estranhos vindos de fora, algo como vozes distantes e abafadas, ele não consegue entende o que elas dizem nem ao menos distinguir uma das outras enquanto elas conversam distantes.
Não demora muito até as vozes começarem a ficar mais altas com algumas risadas se aproximando, o Brasil então levanta as suas pernas por impulso colocando elas em cima da sua cadeira, enquanto observa as sombras estranhas passando por de baixo da porta da sala. Com pasos pesados as sombras se afastam normalmente com as vozes, deixando o completo silêncio de novo.
O Brasil então apenas olha para a porta curioso, antes de se levantar decidido, caminhando até a porta ele se estica um pouco para alcançar a maçaneta, abrindo a porta devaga. Olhando para aquele corredor gigante de paredes escuras com um longo tapete meio avermelhado que cobre quase todo o corredo.
Saindo da sala ele anda devaga para o caminho onde as vozes foram, chegando quase no meio do corredor, quando ele sente a presença de alguém se aproximando.
Com pasos suaves, um homem alto, bem vestido com uma cartola na cabeça, uma bengala na mão e na outra algo que parece ser uma sacola de papel, aparece cruzando o corredor meio distraído, antes de perceber o pequeno garoto ao lado no meio do corredor.
O homem então olha para o garoto calmamente, ele tem olhos sérios e sem expressão, observando o garoto devaga como se já o conhecesse.
"Olá..... Então você é o Brasil?"
O homem fala se virando com um pequeno sorriso fechado para si mesmo, antes de caminha até o garoto batendo a sua bengala no chão devaga à medida que ele se aproxima tranquilamente.O Brasil então observa imóvel aquela pessoa desconhecida se aproximando, sem saber o que fazer ele apenas permanece parado até que o homem finalmente para na sua frente, se ajoelhado calmamente em seguida com uma das pernas, olhando para o Brasil como se estivesse o analisando. Com o homem mais próximo o Brasil consegue encarar melhor os olhos vazios do homem a sua frente.
O garoto então dar alguns pasos para trás se sentindo meio incomodado com o desconhecido tão aproximo dele, sem tirar os olhos do homem tentando não demonstra medo, fazendo ele a sua frente sorrir.
"Você não parece tão corajoso como me disseram garoto!"
O homem fala como se estivesse o instigando, o Brasil entende o que ele diz e apenas o observa enquanto o homem coloca a sua sacola no chão esticando a mão coberta por uma luva branca, segurando com força as bochechas do garoto, fazendo o Brasil estreitar os olhos, monstrando os seus dentes afiados até uma outra voz corta o clima, chamando a atenção dos dois.
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Uma história do passado!!
SonstigesA floresta pode ser assustadora as vezes, porém o pequeno Brasil nunca esteve sozinho, ele sempre contou com quem o ajudasse no início de tudo, mas a chegada dos ventos da mudança distorcem a sua realidade, o deixando à mercê das dúvidas do desconhe...