8° Capítulo

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— De novo nos encontrando ? Cara eu não sei oque esse destino quer mais ele é insistente ! - Olho pra frente e vejo o João. — Ué tá chorando por que, Alice ?
Merda... Me dá essa latinha e joga esse cigarro fora. - Ele pega os dois da minha mão e me levanta.

— Quando minha mãe descobriu que estava grávida de mim a única coisa que ela pensou foi... - Paro um pouco e penso deixando as lágrimas virem. — Foi em abortar a tal aberração que crescia dentro da droga do útero dela, ela já tinha tido o Lucas e não queria mais nenhuma criança e então pro desgosto dela eu nasci. Meu pai ficou muito feliz quando soube, já ela não estava nem um pouco satisfeita com aquilo, então ele  implorou pra que não fizesse nada e que deixasse eu nascer! - Choro mais. — Sabe oque ela fez ? Ela só aceitou com uma condição... Quando me ganhasse ela teria que deixar minha guarda com meu pai e depois ela poderia ir embora se quisesse. Durante todos esses anos meu pai não me deixou e cuidou de mim, ele me amou e me deu todo o amor que minha mãe não deu. Ele cuidou da filha drogada, rebelde e mimada. - Sinto ser puxada para um abraço.

— Você não é uma aberração, você é uma peste garota. Muito chata e eu sei do que estou falando. - Brinca me fazendo rir.

— Você tem noção do que é ser criado pelo seu pai e seu irmão por quê sua mãe te negou desde o começo ? Fumar, beber até passar mal e o seu próprio pai não te denunciar ? - Ele nega e me aconchego no seu abraço.

Acordei com a claridade batendo em meu rosto e o mais estranho era que eu não me lembrava de como eu vim pra casa e subi para meu quarto, me levantei e fui no banheiro fazer meu xixi matinal e minhas higienes. Desci para a cozinha pra procurar um remédio de dor de cabeça e vejo o Lucas, que para na entrada da cozinha e fica me olhando enquanto tomo o remédio.

— Bom dia ! – Ignoro oque ele fala e tomo o resto da água. — Dormiu bem ? – Olhei pra ele e assenti.

— Oque tem para o café ? – Um silêncio se forma. — O papai ainda não acordou ? Chama ele pra gente tomar café juntos antes que eu vá para a escola . . . – Falo e nada de respostas. — Tá me ouvindo Lucas, eu estou falando com você !

— Sim eu estou ouvindo Alice . . .

— E então cadê o papai, vai lá chamar ele logo garoto ! – Ele muda sua face..

—O papai morreu e o João, seu amigo te trouxe bêbada em um péssimo estado pra casa. Você custou para dizer a onde morava e quando chegou aqui contou que você chorou por horas abraçada a ele . . . – Fiquei reação. — E então eu te coloquei pra dormi e agora você está ai. – Ele fala em um tom seco.

— Então não era um sonho . . . Nosso pai ele . – Droga, puta merda por quê não é um sonho eu queria que fosse a porra de um sonho.

— Tem uma pessoa no banheiro aqui em baixo, veio nos visitar ! – Fico em silêncio o vendo colocar café em uma caneca e ir para a sala, o sigo e vejo uma mulher sentada no sofá.

— Ah você já acordou ! – Não era possível. — Bom dia querida, eu sinto muito pelo o pai de vocês. Sei que não deve estar sendo fácil para os dois mas vocês tem todo o meu apoio. – Nunca tinha visto essa mulher antes na vida a não ser por fotos que meu pai me mostrava.

— Vai embora agora, eu não quero você aqui ! – Falo calma mais eu queria era surta. — Vai embora . . . VOCÊ NÃO TEM QUE SENTIR PORRA NENHUMA, VOCÊ ME LARGOU COM MEU PAI E O MEU IRMÃO QUANDO EU NASCI POR QUÊ NÃO ME QUERIA ! – Perco a paciência e acabo soltando. — Você só me teve por quê meu pai implorou para que não abortasse, vai embora dessa casa eu não quero te ver nunca mais ! – Saio com raiva e vou para meu quarto, não vou ficar aqui enquanto essa mulher estiver nessa casa.

O Idiota da Minha EscolaOnde histórias criam vida. Descubra agora