Quando um inimigo aparecer, tenha certeza de não deixá-lo perceber três coisas: seu elo mais fraco, aqueles que importam para você e, principalmente, seus medos.
26.12 - Colégio Luminus
Minghao estava sentado na escrivaninha de seu quarto, um livro em branco a sua frente, uma caneta vermelha, com a ponta levemente úmida e negra pela tinta, pousada em sua mão. Ele não tinha certeza se devia, mas começou a escrever, mesmo relutante, a história que ali ocorria. Alguns dias atrás recebera a resposta de seus pais da carta que Junhui pedira que enviassem, todos eles receberam no mesmo dia, estavam pousadas na soleira da porta na manhã anterior. Desde então, todos estavam dedicando-se a fazer o que fora ordenado por seus preceptores. Então ali estava ele, deixando tudo registrado e documentado, pois, segundo sua mãe, eles teriam pouco tempo e precisavam deixar registrado quem eles eram, o que faziam e o que estava acontecendo, para caso algo desse errado na travessia.
Ele começou pelo dia em que chegaram, contanto como fora, a ordem em que chegaram e o momento em que Junhui anunciou porque estavam ali. Então passou por uma breve explicação de cada aula, quem as ministrava e o porquê de cada uma delas. Falou sobre a floresta, a mansão e a biblioteca com inúmeros livros de bruxaria e feitiçaria. Por fim, contou os acontecimentos das últimas semanas, sobre a aranha que sumira, o espectro que estava os atacando, e o que estavam fazendo até agora por seu objetivo naquela escola: eles tinham que destruí-lo, pois ele era uma brecha que poderia destruir não apenas quem se aproximasse dali, como todo o mundo e todas as realidades.
O Xu respirou fundo ao sentir um arrepio percorrer-lhe o corpo. Ele estava ali. Ele começou pelo mais velho, Junhui, escreveu seu nome no topo da folha em branco e manteve-a apenas assim, pois ainda não sabia o que colocar ainda sobre o Wen. Então Soonyoung, mais uma página em branco, Wonwoo, outra página. Parou apenas ao escrever o nome de Jihoon, no canto da folha, desenhou a runa de visão espectral, a borboleta que ele mesmo fizera na nuca do amigo. Um vento forte atravessou as cortinas, revolvendo os cabelos de Minghao e passando as páginas do livro.
- Você, seja lá quem e o que for, não vai nos vencer. Nós estamos juntos. Isso já é mais que suficiente para que não consiga nos fazer mal. - disse firme, mesmo que a mão que segurava a tinteiro estivesse minimamente trêmula.
"Não estão, não. Sempre há um elo mais fraco."
A risada irônica de sempre soou, fazendo o Xu respirar fundo, mas não respondeu-o, tentando ignorá-lo terminantemente até que terminasse de escrever cada um dos nomes. Em determinado ponto, ele já não sentia mais a presença estranha atrás de si, um alívio percorreu seu corpo instantaneamente.
Já no quarto ao lado, onde Mingyu e Wonwoo estavam, o Jeon andava de um lado para o outro analisando a folha que fora deixada para si, além de um mapa antigo que Jihoon encontrou durante uma busca no velho porão da mansão. Era uma representação da clareira onde a mansão fora construída, não havia a estrada que há agora, por onde eles vieram tempos atrás, era apenas uma abertura entre as árvores da floresta. Também não havia mansão, era apenas uma cabana simples, onde a família Yoon um dia vivera. Havia marcações em vermelho ao longo da floresta, formavam um pentágono maior e um menor.
- Nós precisamos ir lá! - o mais velho insistiu, vendo o Kim encolher-se contra a cabeceira da cama, um velho coelho de pelúcia em suas mãos.
- Hyung, você sabe que não podemos! Está nas regras!
- E que diferença essas regras fazem agora? - resmungou, sentando-se ao lado de Mingyu e estendendo-lhe o velho mapa - Nós precisamos ver o que tem lá, Gyu. Talvez descubramos bem mais do que com o que temos aqui.
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nightmare
Fanfiction7 garotos perdidos em um pesadelo, seu objetivo é acabar com isso de uma vez por todas. #30 - soonhoon 14.03.2021 #21 - soonhoon 18.03.2021 #587 - terror 22.03.2021 #4 - junhao 23.04.2021 #3 - junhao 09.05.2021 #6 - realidadesparalelas 26.02.2022 #1...