piano

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O pai de Draco, Lucius Malfoy, sempre acreditou que ter um talento era algo bem visto. Isso faria você parecer inteligente.

Por isso ele forçou o filho á estudar piano. Realmente combinava com ele.

Lucius foi um tanto rude, ele não queria que Draco o envergonhasse e também o forçou a manter seu relacionamento com Harry Potter em segredo, escondendo isso da mídia e dos jornais do mundo bruxo.

Seu pai aceitou o fato de que nada poderia separá-los, ele tentou dizer á Draco que aquilo era errado e que ele era uma vergonha para o nome Malfoy, mas nada do que dissesse afetaria o relacionamento deles.

Já Narcissa gostava muito do filho, e depois de um tempo criou certa afeição por Harry também. Ela o tratava como se fosse de sua família. Se Draco queria estar com Harry, ela apoiaria eles.

Mas voltando ao piano, Draco começou á realmente gostar de tocar o instrumento assim que foi melhorando. Ele não gostava do fato de que era obrigado á fazer aquilo, mas quando seus dedos tocavam as teclas brancas e pretas do grande piano que ficava na sala de estar da Mansão Malfoy, ele se esquecia de tudo e dedicava toda a sua mente no som das notas que formavam melodias leves.

Naquela tarde ele praticaria, como seu pai havia planejado. O garoto loiro entrou na sala de estar enorme, ficava logo atrás das grandes portas de madeira escura depois da escadaria de mármore preto do hall da mansão, e se sentou no banco acolchoado verde de frente para o piano. Ficou observando as velas acesas dos candelabros de prata que iluminavam o cômodo, dando á ele um ar um pouco assustador. A única luz natural que havia no lugar vinha de uma enorme vidraça, que dava vista do jardim vasto e verde da mansão.

Draco correu seus dedos pálidos pelo piano, sentindo a leve melodia das teclas entrarem pelos seus ouvidos. Ele virou algumas páginas do livro de partituras á sua frente, esperando por seu pai. Normalmente Lucius observava enquanto ele tocava, lhe dando instruções se ele fizesse algo errado.

Por isso Draco disse á Harry para esperar em seu quarto, achando que não seria uma ideia boa deixar o pai e o namorado no mesmo cômodo por muito tempo. É claro que Harry não gostava da ideia, ele queria ver o loiro tocar, mas outro motivo para Malfoy não quere-lo lá era porque sempre se distraía quando o moreno estava presente.

Seu pai estava demorando muito, por isso o sonserino decidiu começar á toca algo. Ele abriu o livro na página de Moonlight Santana, um clássico que ele já tinha certa facilidade em tocar. As primeiras notas apareceram assim que seus dedos correram pelas teclas com delicadeza. Ele apreciou o som da música que apareceu, relaxando.

Harry se sentou na grande cama de Draco, se aconchegando em torno das almofadas de fronhas claras e no cobertor verde musgo de seda. O moreno passou os olhos pelo quarto do namorado. As únicas cores que se encontravam no lugar eram tons de verde e cinza, tirando o pouco de marrom escuro da madeira da estante de livros em uma parede, ao lado de uma escrivaninha cheia de pergaminhos e potes de tinta.

O quarto de Draco lhe passava uma sensação muito fria, mas aconchegante. Toda a mansão passava essa sensação, na verdade. Harry se perderia na casa enorme se não estivesse sempre com o loiro.

O grifinório ficou deitado na cama, brincando com um pomo de ouro de Draco, jogando-o para cima e o pegando de novo. Mas ele ficou entediado rápido demais. Se levantou e andou até a porta, colando seu ouvido na madeira, tentando ouvir qualquer resquício da música tocada pelo namorado no andar de baixo.

Harry só conseguia ouvir o piano, sem vozes. Provavelmente Lucius ainda não estava lá com Draco.

Ele notou que o loiro estava tocando sua música habitual. O moreno não sabia qual era o nome dela, mas reconhecia sempre que Draco á tocava. Talvez pudesse correr o risco e dar uma espiada... Harry abriu a porta do quarto do namorado, tentando fazer o máximo de silêncio possível.

Harry percebeu que estava tocando uma música tão sombria, mas bonita, e decidiu descer a escada na ponta dos pés, fazendo seu caminho através do corredor e passando pelo lustre aceso a vela escura acima dele em direção à porta da sala de estar.

A porta foi deixada entreaberta e Harry decidiu colocar a cabeça para fora. Ele viu seu namorado loiro, sentado em um banquinho tocando elegantemente.

Ele o observou silenciosamente, se perguntando se Draco estaria bem com ele metendo o nariz por aí. Ele especialmente não gostou da ideia de Lucius voltando para casa e encontrando ele bisbilhotando, mesmo que Narcissa o fizesse calar a boca. Como Harry começou a ficar nervoso, porque Lucius poderia voltar á qualquer momento, ele entrou na sala furtivamente e caminhou sorrateiramente até Draco.

O loiro não tinha percebido que Harry havia entrado na sala e ainda estava inconscientemente tocando com paixão. Harry rastejou por trás dele e beijou seu pescoço, fazendo com que Draco perdesse uma nota, parasse de tocar e se virasse.

Agarrando Harry pelo pescoço, ele o beijou, com força e paixão. Um pequeno gemido escapou dos lábios de Harry enquanto ele sentia a língua do sonserino explorar sua boca, ele se afastou, sorrindo.

- Você toca muito bem, amor. - Harry disse, sentando no colo de Draco.

- Bom, meu pai me forçou á aprender, mas eu admito que gosto muito, minha mãe me acha ótimo.

- Ela está certa. - disse Harry, beijando o outro garoto novamente.

Eles sentaram lá por um tempo e esperaram pacientemente, mas Lucius nunca voltou para acompanhar o filho tocar. Então Draco tentou mostrar a Harry como tocar algo simples, mas o moreno falhou miseravelmente em qualquer tentativa, fazendo o loiro rir e bagunçar seu cabelo.

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drarry trash: imagines 4Onde histórias criam vida. Descubra agora