"eu te amo" pt. 1

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Depois da guerra;

Harry começou á dizer "eu te amo" super casualmente para todos. Cada vez que ele dizia tchau para Ron, ou para Hermione, ou Luna ou Neville, havia um "eu te amo" pregado no final, porque ele queria que seus amigos saibam o quanto ele os apreciava.

Mas na verdade ele era assombrado pelo fato de que a morte é tão fácil de alcançar, e estava desesperado para que suas últimas palavras fossem "eu te amo".

E no oitavo ano, eventualmente, uma vez que ele e Draco se tornaram bons amigos, ele dizia as pequenas declarações de "te amo" para Draco também.

Agora, por outro lado, o loiro nunca dizia "eu te amo". Mesmo quando criança, ele raramente recebia ou dava essa declaração. Geralmente era dito por sua mãe, e mesmo assim apenas quando ele estava indo para Hogwarts, ou se algo ruim tivesse acontecido. Ele recebeu talvez duas vezes de seu pai em toda a sua vida.

É por isso que ele estava completa e TOTALMENTE abalado pelas declarações casuais de amor de Harry.

Claro, uma vez que eles começaram a se tornar amigos, ele ouviu Harry dizer isso para Weasley e Granger, mas mesmo assim, ele zombou, lembrando a si mesmo que Malfoys não precisavam de amor. (E que ele não era digno do amor de Harry de qualquer maneira...)

Mas quando o moreno disse isso a Draco pela primeira vez, a garganta do sonserino secou, seu coração parou. Ele se virou, parando de onde ele estava saindo da sala comunal.

- O que você me disse, Potter?

Harry ficou confuso. Ele não era 'Potter' há um bom tempo, e não sabia o que tinha feito para fazer Draco chamá-lo assim novamente.

Sem mencionar que ninguém mais reagiu como Draco, então é claro, o grifinório apenas franziu as sobrancelhas como um idiota e repetiu:

- Uh, eu disse 'te amo'... - Como se não fosse grande coisa, exceto que era uma grande coisa, ou pelo menos para Draco era.

É por isso que o loiro ficou em silêncio, olhando para Harry como se tivesse visto um fantasma, seu rosto pálido ficando vermelho. Ele se virou e saiu correndo da sala comunal, desaparecendo em um piscar de olhos, deixando Harry parado em silêncio, sua mente trabalhando em horas extras.

Claro, ele foi até Hermione, porque quem mais teria uma explicação? Felizmente, ela estava no sofá da sala comunal e testemunhou toda a cena. Rony também estava lá, mas ele estava jogando xadrez e havia perdido totalmente o que aconteceu.

Harry imediatamente se aproximou e se jogou no sofá, jogando as pernas no colo de Ron porque estava aprendendo que afeição casual não era uma coisa ruim.

- Eu me pergunto o que foi isso. - Harry ponderou em voz alta, cutucando os peões no tabuleiro de xadrez de Rony.

- Gostaria de saber o que foi tudo isso? - O ruivo murmurou, empurrando seu bispo para frente.

Hermione ficou em silêncio, esperando para ouvir como Harry descreveria o incidente.

- Eu não sei, Draco estava indo embora, e eu disse tchau a ele, e disse 'te amo' como sempre faço, e ele ficou bravo! - O moreno jogou a cabeça para trás no braço do sofá, olhando para o teto da sala comunal, contemplando a reação misteriosa, que simplesmente não fazia sentido, nenhum mesmo!

- Não, você não diz. - Rony disse, sentando-se de repente, prestando atenção. - Cara, você só diz isso para eu e Mione, e algumas outras pessoas.

Hermione ficou em silêncio, olhando por cima de seu livro.

Harry franziu as sobrancelhas, claramente fazendo o seu melhor para pensar.

- Tem certeza? Quer dizer, eu digo isso para todos os meus amigos, e Draco é meu amigo.

A garota morena que até então estava quieta bufou, e para a surpresa de Harry, Rony riu alto.

- Vamos lá, cara, não somos cegos.

- O que você está falando? - O da cicatriz perguntou, sentando-se e tirando as pernas do colo de Rony, a seriedade de repente tomando conta de seu rosto.

Hermione finalmente falou, já que Rony estava rindo de novo, e não parecia que iria parar logo.

- Harry, é realmente bastante óbvio como você se sente, quero dizer, praticamente todo mundo percebeu.

O moreno ficou vermelho, recusando-se a pensar nas entrelinhas do que ela estava dizendo.

- Eu não sei do que você está falando, Draco é meu amigo assim como vocês!

Rony fingiu enxugar as lágrimas dos olhos, dizendo:

- A menos que você tenha vontade me beijar, então não, ele não é.

- E-eu não quero beijá-lo! - Gaguejou, seu coração de repente martelando por razões que ele não conhecia.

O ruivo se levantou, se espreguiçando, Hermione seguindo o exemplo.

- Bem, ele com certeza quer beijar você, Harry. E tenho certeza de que você gostaria de fazer isso de volta. Você deveria pensar um pouco sobre isso.

Hermione puxou a manga de Rony, levando-o até a porta da sala comunal.

Harry tentou gaguejar uma resposta, mas eles se foram antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, e de repente ele se viu sozinho, com o pensamento de beijar Draco rapidamente tomando conta de sua mente.

Claro que não quero beijar Draco, aqueles dois não sabem do que estão falando. Não é como se eu fosse querer beijar sua cara boba de qualquer maneira! Com aqueles lábios rosados ​​e aqueles olhos prateados me encarando, e os cílios curtos e seu cabelo loiro macio.

Harry suspirou alto, seu devaneio se afastando dele rapidamente.

Não é como se eu fosse querer ser pressionado contra uma parede e emaranhar meus dedos em seu cabelo, o cabelo que cai sobre seus olhos às vezes, e correr minhas mãos sobre sua mandíbula e maçãs do rosto, e deixar hematomas naquele lindo e elegante pescoço pálido que está implorando para que meus lábios o suguem-

Harry piscou. Cortando sua linha de pensamento.

Oh.

Ah, não.

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Continuação no próximo capítulo ;)
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Espero que tenha gostado da imagine ᵕ̈
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drarry trash: imagines 4Onde histórias criam vida. Descubra agora