novo amor

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N.A.: Essa oneshot se passa no "8°ano" de Harry e Draco em Hogwarts, onde eles voltaram para terminar os estudos após a Segunda Guerra Bruxa.

Finalmente, Harry pensava aliviado enquanto saía de sua última aula do dia, a tarde indo embora pela janela, dando espaço ao céu escuro e estrelado. Acompanhando por Rony e Hermione, o garoto da cicatriz saiu andando com sua mochila debaixo do braço da sala de Poções.

Após se despedir do Prof. Slughorn, Hermione entrelaçou seu braço no do seu namorado, fazendo Rony ficar no meio do trio, ladeado por Harry e a garota.

Mas os dois apaixonados mal prestavam atenção no amigo ao lado, estavam muito interessados em falar só entre eles mesmos para dar à mínima para Harry, ou até mesmo olhar para ele. O moreno se sentiu mal com isso.

Assim que os três passaram pelo corredor da porta da sala de Poções, se depararam com outro agora cheio de alunos, já que todos haviam largado das aulas momentos antes. E já era de se esperar que assim que Harry Potter aparecesse, todos iriam voltar seus olhares para ele.

O garoto achava que depois da Guerra, tudo iria ser normal, ele não seria mais o centro das atenções, não seria parado e parabenizado pela sua tal bravura à cada passo que dava. Estava completamente enganado.

Ele baixou a cabeça, encarando o chão enquanto tentava acompanhar Rony e Hermione entre a multidão, mas os dois não se deram o trabalho de esperá-lo quando Harry foi bloqueado por um grupo de segundanistas lufanos que passavam olhando para ele.

O moreno não aguentava mais, ele só precisava estar em um lugar onde seria alguém normal, com uma vida normal. Precisava estar perto de pessoas que o fizessem se sentir especial, mas não porque ele era o Grande Salvador, e sim porque ele era o Harry. Ele só precisava de paz.

Quando um quartanista veio falar com ele pedindo um autógrafo em um pedaço de pergaminho, foi a gota d'água. Hermione e Rony já estavam distantes, ainda conversando entre si e trocando olhares apaixonados, nem checando se ainda estavam sendo acompanhados por Harry.

Com a cabeça pesando de raiva, o moreno saiu dali e foi em direção ao lugar mais próximo que pensou que poderia ter paz.

Ele caminhou à passos largos até a Torre de Astronomia, ignorando todos que o olhavam ou tentavam falar com ele, ignorando os comentários amigáveis e irritantes, ele não respondeu à ninguém até chegar ao alto da Torre.

O lugar estava vazio, para sua sorte. Da grande abertura em forma de janela se via no horizonte o pôr do sol, que banhava a Torre com uma luz laranja em contraste com o céu rosa e amarelo. Já se viam estrelinhas brilhando lá no alto quando Harry se sentou ali no chão, sua bolsa fora jogada para longe.

Porquê todos não conseguiam entender que ele não gostava daquela atenção toda? Porquê não reconheciam que ele não matou Voldemort sozinho, e sim teve a ajuda de muitos outros bruxos incríveis, alguns que até deram suas vidas por um mundo melhor?

Porquê Hermione e Rony fingiam agora que ele não existia? Ignoravam ele quase cem porcento do tempo juntos e o faziam se sentir excluído? Depois de anos torcendo pelos amigos, torcendo para os dois parassem com aquelas brigas bestas e se tocassem que se amavam, Harry sentiu que não ficava feliz pelos dois se eles continuavam fingindo que ele era invisível. Porquê os amigos não entendiam que ele precisava de companhia?

Ali, agora, sentado enquanto contemplava o lindo pôr do sol da Torre de Astronomia, Harry começou à chorar. Umas das únicas vezes que se permitiu chorar de verdade após a guerra. Ele perdeu tantas pessoas que amava, e para quê? Ninguém ligava para os esforços delas, focando todo o heroísmo da batalha em Harry. Ele queria fugir. Ir para outro lugar, um lugar onde ele não seria o eleito ou ninguém à não ser Harry Potter, um jovem de dezoito anos que quer ter uma vida normal. Se apaixonar, ter uma família, morar em um lugar legal, fazer coisas que gostaria de tentar e viajar com quem ama.

drarry trash: imagines 4Onde histórias criam vida. Descubra agora