Eu odeio minha vida, mentira eu amo, só tô cansada demais, agora além de ter que cuidar de uma confeitaria tenho meu sobrinho de 10 anos para cuidar, seria mais fácil se eu soubesse que ele existia antes, ou se eu fizesse alguma ideia de como cuidar de uma criança, eu não falava com minha irmã lexie a quase 12 anos desde que ela fugiu com seu grande amor Mark, nossos pais nunca aceitaram ele, mas ela tomou o rumo da sua vidaDesde então não tive mais notícias dela, nem quando nossa mãe morreu a nove anos ou o papai três, mas a duas semanas meu celular tocou e alguém falou "sua irmã está morta" e "bum" tudo mudou, fui para New York onde ela morava pensando que tudo o que herdaria seria a grana do marido dela, mas tinha de brinde um garoto de dez anos que eu não fazia ideia que existia, ele era assustado e tímido, eu sabia que lexie era pirada, mas aquilo utrapassou os limites, ela havia escrito um testamento um ano depois do nascimento de Gael, meu querido sobrinho, onde deixava a guarda dele para mim e os cuidados da "pequena fortuna" que ela e Mark tínham, que não era tão pequena assim, eu não queria uma criança, ter filhos não estava nos meus planos, só queria cuidar da minha loja de doces, nas minhas folgas pegar meu barco e passear pelo lago, ficar bêbada demais para conseguir voltar para casa sozinha e errar um pouco afinal tenho 28 anos
Olhei a carta dela, mas não tive coragem de abrir, eu sabia que quando decidisse ler o conteúdo muita coisa mudaria, lexie sabia que eu sabia, lexie sempre soube melhor do que eu lidar com... "Meu dom" o problema é, que ela era boa em usar ele, mas eu não, por que se fosse teria visto que ela morreria e que ia me deixar de brinde um menino, o que não aconteceu
Agora tem um garoto no quarto ao lado e eu nem sei como falar com ele sem parecer uma idiota, eu não sei por onde começar, mas quando falaram que ele ia acabar em um orfanato com outras crianças a espera de alguém para o adotar, eu simplesmente peguei a merda dos papéis e trouxe ele comigo para casa, espero que ele se acostume com a cidade
O pior de tudo é que agora eu escuto lexie falando comigo, só posso estar louca, ela morreu e eu nem a vi uma última vez, ela jurou que um dia ia voltar, mas nunca voltou, ela simplesmente me esqueceu, então desde que ela se foi eu não sonhei mais ou vi.. quem não deveria ver
- Meredith? - ouvi a voz de jo atrás da porta, esqueci de contar que abriguei mais duas órfãs na minha casa Cristina e josefhine, elas não são órfãs, são minhas melhores amigas, vieram morar comigo, agora trabalharmos juntas na confeitaria, somos uma boa equipe, mais ou menos
- já acordei - suspirei
- o Gael tá lá na cozinha
- a merda - levantei da cama de uma vez e fui para a cozinha - o que está fazendo? - perguntei com calma
- só queria um sanduíche - ele falou com medo
- deveria me chamar... Você pode se machucar
- desculpa - ele se encolheu
- não precisa pedir desculpas Gael, só precisa me chamar...
- mas eu sei passar geleia no pão tia - ele reclamou
- ok - sentei no banco - então eu quero um também
- tá - ele pegou mais duas fatias de pão e passou geleia
- vamos beber o que?
- leite gelado? - ele perguntou
- melhor morno não acha? - peguei a garrafa de leite na geladeira e duas canecas no armário servi e levei para o microondas
- sim - ele sentou e começou a comer
- aqui - entreguei a caneca para ele
- obrigado tia
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Doce Amor
FanfictionMeredith é uma confeiteira conhecida em sua cidade por ter a melhor "casa de doces" da cidade, não tinha mais família, seus pais tinham morrido e sua única irmã tinha fugido a mais de uma década mas para sua sorte ela tinha suas amigas Cristina e j...