Último Pecado | Jikook

Capítulo 21 | Quente como o Inferno, part.:I

Olá, sobreviventes! Alerta de capítulo GIGANTE... além disso, esse capítulo será narrado por dois personagens diferentes.
Qualquer erro... vcs já sabem;)
Boa leitura!

∞

[Jungkook pov]

Eu não conseguia me desligar.
Como uma aflição intensa e crescente, a tormenta me consumia lenta e cruelmente.

Abrigados dentro do mesmo saco de dormir, com seu corpo menor adormecido sobre o meu peito, os meus sentidos eram perturbados incessantemente pela completa e delirante percepção dele.

Eu tentava limpar os pensamentos, me esforçando ao máximo para apenas tentar dormir, mas... a agitação insistente permanecia me afligindo de uma forma quase dolorosa... de uma forma ruim e agonizante, me assustando.

Os pensamentos começaram a se bagunçar de um jeito estranho, eu podia sentir como se estivesse me sufocando, me segurando, tentando me prender dentro de mim mesmo... até que comecei a perder aquela guerra interna. Os meus sentidos sendo deslumbrados e me arrastando junto para aquela confusão instintiva.

Era muito do seu cheiro, tomando conta de tudo, me confundindo e bagunçando tudo dentro da minha cabeça. O aroma puro e tão gostoso a ponto de me deixar meio embriagado.

Eu fechei os olhos, sentindo como se meu sangue começasse a se tornar mais quente dentro das minhas veias, correndo rapidamente, aquecendo a minha pele... fazendo os meus olhos queimarem.

O som tranquilo de sua respiração, o calor do seu corpo...

Vitalidade, vibrante e pulsante.

Eu podia sentir o calor de sua pele, imaginar o sangue quente correndo rapidamente por suas veias, me concentrando ao ponto de poder sentir a pulsação em sua garganta, ao ponto de poder ouvir os batimentos ritmados do seu coração.

Cada partícula do meu corpo vibrava em uma necessidade quase insana por tocar diretamente sua pele, por sentir a textura dela contra a minha, como se isso fosse de alguma forma me proporcionar algum alívio... como um viciado diante sua droga após muito tempo sem uso.

Assustado, eu tentei resistir, manter o controle, mas era inútil. Era muito do seu cheiro, muito de sua pele, muito do seu calor... eu sentia a minha mente se desligando pela única necessidade de que, exatamente como um viciado...

Era muito dele, mas eu preciso de mais.

Para piorar a situação, ele acordou. Ainda lento pelo sono, Jimin se moveu acima do meu peito. Minha respiração parou nos pulmões quando suas coxas envolveram a minha cintura, pressionando. Preguiçosamente, ele subiu um pouquinho mais sobre o meu peito até que pudesse esconder o seu rosto contra o meu pescoço...

Pele sobre pele.

Com o contato direto, o alívio foi imediato, como o efeito da anestesia sobre a dor, como conseguir voltar a respirar depois de muito tempo prendendo o fôlego. Eu suspirei tão intensamente que cheguei a me sentir meio tonto, o alívio partindo do ponto que sua pele me tocava e percorrendo o meu corpo inteiro em forma de um arrepio suave porém arrebatador, relaxando cada músculo, acalmando o meu ser e a circulação frenética, suavizando o ardor em meus olhos.

E essa sensação se intensificou ainda mais, em pequenas correntes elétricas espalhadas pelo meu corpo, quando Jimin preguiçosamente se aconchegou melhor, erguendo sua mão por minha nuca e mergulhando seus dedinhos entre as mechas do meu cabelo, deslizando a pontinha do seu nariz por minha pele ao somente tentar ficar mais confortável, intensificando sem nem perceber o alívio até transformá-lo em prazer.