capítulo 1 - Saudade

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Lena Luthor é uma mulher forte, independe, dona de si de uma forma tão imponente que era invejada por muitos. Não abaixava cabeça pra ninguém independe de quem fosse, muito menos se deixava levar por homens engravatados que tentavam de tudo pra diminuí-la apenas por ocupar um cargo que muitos deles taixavam como cargos pra homem, ela é dona de uma das maiores empresárias de Nacional city, no auge de seus 28 anos.

Aprendeu a amadurecer rápido, não porque quis e sim pelos tombos que tomou da vida. Era questão de sobrevivência, amadurecer e ser forte, com o tempo as dores já não doiam tanto mas continuavam ali presente todos os dias martelando em sua cabeça e não iriam embora até que ela colocasse um ponto final em tudo de seu passado.

Luthor, é uma mulher fechada. Dava acesso a sua vida fora da correria da empresa pra poucos, foi ensinada a ser reservada. Particularmente gostava se ser assim, não fazia nem questão de mudar. A única pessoa que de fato é exceção, é Sam Arias, melhor amiga da mulher desde a infância.

- Vamos Lena, vamos fingir que você é uma mulher de 28 anos normal. Vamos beber em algum barzinho como todos fazem em um sábado - Sam fala se sentando em uma das cadeiras que haviam de frente para a mesa da amiga.

- Sam, eu estou trabalhado. - Sam sabia bem que Lena iria dar as mesmas desculpas de sempre, nunca mudava o roteiro. Ao escutar revira os olhos

- Se você for hoje, não te chamo mais sei lá, por duas semanas.

Lena arqueia uma de suas sobracelhas e faz um sinal de redenção se levantando e deixando pra trás os papéis que não eram poucos na mesa, que como de costume estava arrumada, ela mesma organizava.

[...]

- você ainda sente muita falta dela, não?.

Sam questiona ao ver Lena olhando pra mãe e filha que estavam passando no outro lado da calçada.

- Sabe, eu me senti completa quando peguei ela no colo na primeira vez. Senti que realmente era capaz, que eu ia ser uma mãe boa pra ela, independe. Ela sorriu com tanta pureza e inocência quando fiz carinho na bochecha dela que me fez sorrir, um sorriso tão sincero. Mas, Lillian me fez acreditar que eu não era capaz - Falo num tom embargado e pego todo ar possível pra voltar a falar
- que eu não ia poder criar minha própria filha, eu entreguei minha própria filha, eu fui fraca.

- Lena, não é bem assim. Lillian te obrigou sem nem sequer saber o que você queria, sem te dar opptundade de tentar. Usou contra você o fato de você ser de menor na época. Sam envolve a morena em um abraço forte.

-Vem, vamos.

Lena agora havia limpado suas lágrimas quentes, que desciam sem sua permissão. Não gostava de chorar na frente de ninguém, sempre tomou isso como uma forma de demonstrar fraqueza.

marks of the pastOnde histórias criam vida. Descubra agora