Lena costumava beber bastante mas em casa, não dizia que tinha problema com bebidas mas sim que usava elas em momentos difíceis, como uma forma de consolo, amparo. Lhe aquecia, trazia a sensação boa de esquecer de todos os problemas, da correria do dia a dia e era bom sentir isso. Fora o fato de beber algumas vezes e não constantemente.
— Somos duas solteironas- A voz de Sam ecoava embargada, já estava alterada.
— Eu não acredito nesse tipo de amor, até que alguém me prove o contrário. Até agora ninguém me fez sentir nada intenso o suficiente pra mim falar que era um amor verdadeiro, então, melhor solteira mesmo.
— Amar é tão bom, Lena. Lembro como eu era louca no pai da Ruby até ele me trair, aquele desgraçado. - Lena riu da forma que Sam falou.
Ruby, era filha de Sam e afilhada a morena. Lena mimava e cuidava da garotinha como uma filha. Sam e seu marido ainda ficaram um tempo juntos depois que Ruby nasceu mas quando os dois terminaram, as duas ainda ficaram morando com Lena até que a vida delas se estabilzasse.
— Vai atrás dela - Sam disse interrompendo os pensamentos de Lena.
— Quem? - questiona.
— Norah - Sam disse rapidamente quase tornando indecifrável o que acabara de falar.
— Se passaram 11 anos, Sam. Eu perdi esse direito tem muito tempo, sem contar que eu sei nada sobre ela. Nem sequer se a família que ficou com ela manteve o nome que como eu pedi.
— Você não tem o nome dela, talvez - deu ênfase do TALVEZ — Mas Lillian sabe o nome da família, simples, pegue com ela e corra atrás.
— Provavelmente ela não deve querer me ver nem pintada de ouro, ela deve pensar que eu abandonei ela por não querer ela e é mentira. Eu sinto um vazio que nunca vai ser completado. - Lena já não tinha mais a feição alegre de antes, havia ficado séria.
— Essa ferida que você tem não vai se curar. talvez, ela só piore. Você precisa tentar, precisa se acertar com sua filha, seu passado. Esclarecer tudo.
Lena fitou um canto qualquer do bar, enquanto Sam pagava a conta. As palavras de incentivo da amiga estavam sendo repetidas como uma fita ou um disco arranhado várias e várias vezes em sua mente. Sua filha iria ouvi-lá? Acreditaria nela? No amor dela?
Sabia que não seria fácil com Lillian, a mais velha iria repudiar qualquer idéia de remexer no passado.
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marks of the past
FanfictionAnos depois de ter sido obrigada por sua mãe, Lillian Luthor, a abandonar sua própria filha, Lena Luthor resolve então reparar os erros do passado, se reconectar e curar feridas que a destruíam com o passar dos anos. Só não esperava as supresas que...