Don't Go... - Grindeldore

My Blood

É interessante como o medo consegue despertar sensações que nos paralisam em questão de segundos

Quando ouvi aquela frase sair da boca de Gellert eu sentir como se todo meu corpo estivesse debaixo de escombros, eu me senti pesado e por mais que eu tentasse me mover eu não conseguia

Eu não poderia fazer aquilo com Gellert, jamais, nem nos meus mais terríveis sonhos...

Eu o amava... amava demais

- Eu não queria falar isso para você pois eu pensei que fosse apenas um lapso de memória - Ele continuava me encarando - Mas você acabou de me deixar muito preocupado Alvo

- Ouça o que estar falando - respondi o olhando nos olhos - Gellert, olhe para mim, eu Alvo Dumbledore jamais conseguiria matar você... Eu sou seu namorado, eu amo você

Ele discordou com a cabeça olhando para os sapatos por um segundo e voltou a me olhar

- Minhas visões nunca estão erradas Alvo, cabe a mim estudar elas para poder tomar decisões... não me faça tomar uma decisão errada, eu não gostaria de saber que você é uma ameaça.

Eu me sentei colocando as mãos na cabeça, ele realmente estava falando aquilo? É quase como se nós não tivéssemos nenhuma ligação, nós dois tivemos momentos tão especiais e íntimos e ele realmente estava considerando a possibilidade de eu ser uma ameaça para ele?

- Alvo, eu também fiquei assustado - senti as mãos dele apertarem meus joelhos enquanto ele se abaixava para poder olhar meu rosto - Só me faça perceber que você realmente estará comigo quando eu conseguir as relíquias

- E o que você quer que eu faça ? - o olhei sentindo minha cabeça doer

- Não sei - ele entortou levemente a boca - Só não posso correr esse risco...

Franzi o cenho e afastei meu rosto do dele

- Você realmente acha que eu poderei fazer isso com você? Realmente cogita a possibilidade?

- O futuro é incerto você sabe disso... Eu vejo flashs, não vejo tudo.

- Você não percebe que isso tudo estar me quebrando nesse exato momento? - Eu senti minha garganta doer

A vida tende a seguir muitas vezes por caminhos tortuosos, tudo depende das nossas escolhas e isso pode causar ansiedade em muitas pessoas... Eu era uma dessas pessoas.

Eu admirava o controle que Gellert tinha sobre suas emoções e sua incrível capacidade de saber o que vai fazer mesmo as vezes sabendo de algo do futuro... Ele costumava ter visões sempre relacionadas a catástrofes grandiosas, mas mesmo assim ele era tão natural, mistérioso e eu arrisco dizer, tão... frio.

- Eu sei que isso dói - ele se levantou novamente e andou de um lado para o outro na minha frente - Acha que eu não lutei mentalmente com isso?

- O quê faremos? - Olhei para minhas mãos - Gellert eu quero desistir de tudo isso.

- Não, não, não - Ele andou rápido na minha direção segurando meu rosto me fazendo o encarar - Você não pode fazer isso Alvo, não pode desistir do nosso plano, das relíquias... Jamais diga isso de novo, arrisquei muito, assim como você.

Eu não respondi somente deixei as lágrimas correrem por meu rosto que estava quente...

- Não chore Alvo, por favor não chore - Ele me abraçou - Somos mais fortes que esses sentimentos confusos, não os dê ouvido... vamos achar um meio de passar por isso

Em algum momento nesses últimos meses eu perdi a vontade de seguir com aquele plano, eu percebi que se seguirmos aquele caminho não seríamos diferente dos trouxas, os dominando como eles faziam entre eles e o ministério. Aquilo não daria certo.