Kyoko acordou e se segurou para não gritar, depois que tirou as mãos que tinham forçado contra a boca a menina se sentou na cama atordoada, aquilo tinha sido real? Não, com certeza foi um sonho. Ela olhou ao redor apenas para ter certeza que ainda estava no seu quarto, e estava, ela suspirou aliviada e tentou se lembrar com o que tinha sonhado, mas não conseguia, tudo se resumia a sensações, ela tinha se sentido confusa, perdida e talvez até entusiasmo.
Não, ela não ficaria presa as essas lembranças distorcidas, foi apenas um sonho, mais um sonho como qualquer outro, ela respira fundo e entrar no banheiro para tomar banho mas para de frente para o espelho, uma sensação estranha invade seu corpo enquanto ela encara seu reflexo, não, isso não iria enlouquece-la, ela corre para o chuveiro e deixa que a água quente se livre daquela confusão.
Depois de se vestir ela faz uma maquiagem básica, ela percebe que seu braço direito está doendo um pouco mas não dá muita importância e começa a arrumar o cabelo, uma trança sobre o ombro como sempre, ela se sente ela mesma denovo e com um sorriso vai até a cozinha.
-Mãe você viu meus sapatos? Não os achei no meu quarto.
Kyoko diz chegando na sala, mas antes que sua mãe dissesse qualquer coisa o seu irmãozinho, Sota, grita.
-No lugar que você deixou ontem.
Ela se tenta se lembrar mas não consegue, o que aconteceu antes?
-Está tudo bem filha?
-Tudo sim, só um pouco cansada.
-Claro que está cansada, passou o dia inteiro correndo.
Sota se intromete denovo na conversa.
-Como assim correndo?
Kyoko pergunta mais confusa que antes.
-Você não lembra? Dizia que estava sonhando e se você pra bem longe acordaria, mas voltou umas horas depois com o braço machucado.
-Por isso estava doendo...
Ela diz baixo para si mesma.
-Seus sapatos estam na varanda.
Diz sua mãe com o sorriso habitual, Kyoko agradece com um sorriso e vai buscá-los, o que tinha acontecido no dia anterior? E porque não se lembrava de nada?
-Acho melhor você comer antes que se atrase.
Disse seu pai, ele amava cozinhar e sempre estava inventando alguma coisa, Kyoko amava as invenções do pai e se sentou na mesa contente, quando foi dar a primeira colherada alguns flashes invadiram sua mente, e ela pulou da cadeira.
-Kyoko, o que aconteceu?
Minha mãe colocou a mão no meu ombro preocupada.
-Eu só... Eu... Nada... está tudo bem.
-Coma, talvez seja tontura, você quase não comeu ontem.
O meu pai disse se sentando.
-Talvez seu pai esteja certo, coma um pouco.
Kyoko concordou com a cabeça e se sentou com a família.
-Talvez eu esteja certo? Eu sempre estou certo.
-Não exagera Taki.
E os dois começam uma discussão amigável, os filhos riem deles, e Kyoko come mesmo com os flashes.
-Vocês já tiveram sonhos estranhos?
Ela pergunta por fim e Sota começa a falar de quando sonhou que todos de sua família eram pudim.
-Eu não estou falando disso!
-Mas foi assustador.
Garante o garoto sério e seu pai coloca a mão no seu ombro para encoraja-lo enquanto segurava a risada.
-Que tipo de sonhos?
Pergunta Mitsuha curiosa.
-Um sonho onde você não é você, é outra pessoa, mas não parece sonho, é muito realista, mas quando acorda não se lembra de nada. Já tiveram algo parecido?
Seus pais se encararam e foi como se algo tivesse sido ativado neles, mas ambos balançaram a cabeça.
-Não.
Kyoko sorriu de forma triste e encarou o prato.
-Mas uma vez eu tive um sonho que me perseguia.
-O que você fez?
-Eu escrevi em um caderno, como um diário de sonhos, e o mais importante é escrever sobre você na primeira folha, aí no resto escreva tudo o que se lembrar do sonho.
Kyoko escutou a sugestão da mãe com atenção.
-Parece ser uma boa idéia, mas porque tenho que escrever sobre mim também?
-Vocês não estão atrasados?
Perguntou Taki apontando para o relógio da cozinha e os seus filhos saíram as pressas para a escola.
-Mas eles ainda tinham pelo menos quinze minutos...
-Adiantei os relógios antes que você se enrolasse.
Mitsuha sorriu e abraçou o marido, agora ambos se lembravam de como realmente tinha se conhecido, às vezes eles tinham um surto de consciência temporária.
-A gente devia ter contado para ela?
Perguntou Taki.
-Não, ela vai descobrir sozinha, assim como nós fizemos.
-E se eles precisarem de ajuda para deter algum evento catastrófico como o de Itomore.
-Ai nós vamos apoia-la quando pedir a nossa ajuda, como o meu pai fez, - ela o beijou devagar -eu já dei a dica do caderno, logo vão descobrir.
-É, mas acho melhor a gente aproveitar esses minutos de clareza.
-Quanto tempo será que vai durar?
-Nunca passa de quinze minutos, então... - ele pegou a esposa no colo -vamos aproveitar.
Ela riu e o beijou enquanto era conduzida para o quarto do casal.
-Nós temos que trabalhar!
Ela gritou enquanto era jogada na cama.
-Diga que acordou com febre ou sei lá.
Eles se beijaram e ela se esqueceu completamente de qualquer responsabilidade que tinha, o Taki era a única pessoa que conseguia "desligar" a Mitsuha e tinha plena consciencia disso.
-Como ele deve ser?
Perguntou entre os beijos e mãos bobas.
-Quem?
-O garoto que troca com a Kyoko.
-E se for uma menina?
O Taki parou para analisar a opção.
-Então como ele ou ela deve ser?
-Não sei, mas espero que se encontre, como eu encontrei você.
O marido apenas sorriu, queria dizer o quanto era feliz por tê-la, ter uma família incrível como aquela, por ter aquele momento, mas lhe faltou palavras enquanto analisava o rosto dela, mas se não tinha palavras iria mostrar de outro jeito.
Mitsuha apenas sorria, conhecia bem aquele olhar, quando a lembrança foi embora ela hesitou apenas um segundo antes de voltar a beijar o marido e abandonou a pergunta que surgiu em sua mente, "como nos viemos para aqui?".
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What Your Name?
FanfictionO que aconteceu com mitsuta e tali depois do fim do filme your name? Eles viraram amigos? Ou apenas seguiram suas vidas? Aquele encontro pode ser o início de uma bela amizade ou que sabe de uma linda história de amor, leia essa fanfic e descubra. Ps...