Capítulo 59

2K 194 30
                                    

Feliz dia internacional das mulheres atrasado(apenas na data, porque todo dia é NOSSO) para todas as minhas leitoras. Somos força, somos todas Alyssa Moore.  Guerreiras! ❤️💪

Alyssa

Depois de caminhar por tempo indeterminado, finalmente encontrei civilização o suficiente. Olhei para cima e desanimei ao ler a placa, Toronto - Canadá. Eu estava realmente longe de casa e precisava avisar que estava bem. Esbarrei propositalmente em um canadense e pedi desculpas após roubar sua carteira, andei mais alguns metros e procurei por um telefone público. Theodore Clinton, sinto muito, dono da carteira. Por sorte ele não tinha muito dinheiro, mas era o suficiente. Coloquei uma nota e disquei o numero do CSIS (serviço canadense de inteligência de segurança). Tive que esperar alguns minutos e ainda responder perguntas para provar que não era um teste, ou ameaça. Michael me atendeu surpreso, mas muito educado, ele se desculpou mais uma vez por tudo que me causou e eu logo tratei de desculpa-lo para mudar de assunto. Expliquei tudo a ele e ele disse que iria entrar em contato com Matthew e dizer que eu estou bem e logo entrarei em contato. Michael me passou o endereço do hospital que eu deveria ir e disse que dentro da terceira lixeira na entrada, estaria um envelope com tudo que eu preciso para voltar para os Estados Unidos. Caminhei por alguns minutos até encontrar o maldito hospital, gemi de dor porque a ferida se abria a cada passo meu e a dor aumentava. Procurei pela lixeira e agradeci por ela estar apenas com alguns copos de café por baixo do pacote que Michael disse. O abri e lá tinha, uma identidade falsa, dinheiro e uma passagem para os Estados Unidos.

- Faltou um celular, incompetente. - Resmunguei.

Guardei tudo no bolso do short e joguei o envelope no lixo novamente. Adentrei o hospital com a mão na ferida e procurei por atendimento médico. Na recepção uma enfermeira correu ao meu alcance e me encheu de perguntas que limitei a respondê-la, tirei minha identidade falsa do bolso e apresentei.

- Ashley Wilson? - A enfermeira perguntou.

Eu segurei minha ferida impaciente.

- Ashley? - Ela chamou novamente e me toquei. Esse era meu nome falso.

- Sim, claro.

- Aqui diz que seu plano cobre todos os procedimentos necessários, por favor sente-se nesta cadeira de rodas, vou levá-la para o atendimento com o médico, você irá para sala de urgência, não se preocupe vai ficar tudo bem. - Michelle era o nome dela, estava em seu crachá.

Dei de ombros e deitei minha cabeça para trás enquanto ela me empurrava na cadeira, já tinha perdido sangue demais porque já sentia fraqueza e meus músculos não estavam mais correspondendo as minhas ações.

- Onde está o doutor Connell? - Michele perguntou a um outro enfermeiro.

- Ele acabou de chegar para o plantão, já está a caminho.

- Ele precisa vir logo, ela já perdeu muito sangue.

- Um plano caro para um péssimo atendimento. - Cochichei.

- Coloque ela na sala, vou apressar o doutor.

- Blá Blá Blá. - Revirei meus olhos.

- Ok, corre acho que ela já está delirando.

A enfermeira me levou para a sala de cirurgia e com ajuda de um outro enfermeiro me colocou em uma maca. Grunhi de dor e segurei com força no pulso dela.

- Michele, não é? Se você me der a morfina eu mesma me costuro.

Ela se afastou assustada.

Logo atrás as portas foram abertas e passou uma equipe médica, o doutor estava de costas e colocava seu jaleco, a touca e uma mascara.

A Babá SecretaOnde histórias criam vida. Descubra agora