Capítulo 36

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Alyssa

- Mãe. - Minha voz estava trêmula ao dizer.

- Alyssa? - Minha mãe disse surpresa. - Querida que saudade. Alex corre aqui, Alyssa está no telefone. - Minha mãe gritou empolgada para meu pai do outro lado da linha.

Meus pais não fazem a mínima ideia do que eu faço, para eles eu trabalho como secretária em uma empresa rica de Nova York e vivo viajando, por isso, nunca voltei para casa ou tenho tempo de visitá-los.

- Filha! - Meu pai disse contente.

- Oi papai. Estou um pouco ocupada agora, queria saber se eu posso visitá-los esse fim de semana.

- Querida você nem precisa pedir, estamos morrendo de saudades faz tantos anos que nós não nos vemos. - Ele disse.

- Venha querida, vamos preparar seu antigo quarto. -  Minha mãe complementou.

- Tudo bem, estarei aí em breve, um beijo, eu amo vocês. - Disse sincera antes de desligar o telefone.

Abracei o pequeno objeto e rezei mentalmente para que meus pais não soubessem o que aconteceu com meu filho, se não, não sei se serei capaz de os perdoar. Depois de matar James, sai do meu próprio velório o mais rápido possível e dirigi para longe, estou a quase duas horas dentro desse carro tentando decidir o que fazer. Meu celular vibrou dentro do bolso e pude ver uma mensagem de Alex, era a localização de Matthew. Eu precisava falar com ele antes de qualquer outra pessoa. Liguei o carro e dirigi até o heliporto privado da CIA, eu estava nervosa demais e não sabia nem por onde começar tudo o que eu queria dizer, dirigi as pressas. Ao adentrar o prédio, fui em direção ao heliporto e alguns agentes estavam lá me olharam chocados.

- Voltei dos mortos. Avisem o diretor Michael que não quero o ver quando voltar aqui.

Os dois agentes que estavam me encarando, apenas balançaram a cabeça.

Adentrei o helicóptero e um dos agentes responsáveis por ele sorriu e disse estar feliz por eu estar viva, agradeci e passei a rota para ele. O heliporto de Matthew já estava com seu próprio helicóptero pedi para Carlos o piloto descer o máximo o possível e desci pelas escadas removíveis, balancei a mão dando tchau para ele e em poucos segundos ele estava sumindo do meu campo de visão. Revirei meus olhos ao notar que Matthew não contratou nenhuma segurança para vir para esse lugar com ele, teimoso. O barulho da água batendo nas pedras era gostoso e passava uma sensação de paz e tranquilidade.

Desci as escadas adentrando a luxuosa casa em sua ilha particular, caminhei com passos lentos, vai ser difícil o encontrar nessa casa gigante, ou não, já que era totalmente revestida de vidros, provavelmente só tem privacidade aqui por ser em uma propriedade privada, porque os vidros possibilitam uma visão ampla da casa. Abri uma porta dos fundos e passei por um extenso corredor, o que me deixou boquiaberta foi o chão revestido de vidros dando a visão do mar, uma das coisas mais lindas que eu já vi, sorri idiota caminhando e parei ao chegar na sala, lá estava ele, o amor da minha vida, o homem que me desarmou mais do que qualquer inimigo já combatido. Matthew estava de costas com um copo de whisky na mão, usando shorts e uma camiseta branca, meu coração falhou em uma batida quando ele se virou e seus olhos encararam os meus. Matthew estava pálido, com olheiras e até mais magro, fechei minhas pálpebras pesadamente me lamentando por ter deixado ele assim.

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A Babá SecretaOnde histórias criam vida. Descubra agora