DOIS | ETERNO AMIGO
Assim que Nari abriu os olhos a primeira coisa que pensou foi no Paul. Ela jogou as cobertas no chão rapidamente, levantou da cama e em seguida foi correndo para o banheiro se arrumar.
Saiu do banho, colocou um jeans claro, uma blusa branca soltinha, um cardigã rosa e seu tênis branco. Se olhou no espelho da penteadeira infantil, que tinha no quarto, era um visual simples, mas fazia muito o seu estilo.
Desceu as escadas rapidamente, avistou seu pai descansando no sofá, ele parecia estar prestes a dormir.
– Com licença. – Nari anunciou sua presença. Jeong a olhou atravessado. – O senhor poderia por gentileza me levar até a casa dos Lahote?
– Quando você chegar vai arrumar a casa. – Jeong disse depois de bufar. Ele se levantou devagar, enquanto Nari já foi saindo de casa. Entraram juntos no carro. Jeong dirigia zeloso com muita calma. Nari se mexia inquieta no banco.
– Eu vou te levar até a casa do Uley. Paul provavelmente está lá. – Jeong informou. O resto do caminho foi tranquilo e tedioso, dava para ouvir apenas a melodia de Chopin. As mãos de Nari começaram a tremer quando o pai estacionou na frente de uma simples de madeira. – Eu venho te buscar em meia hora. Toma cuidado com essas pessoas. E seja comportada, não criei filha para ser imoral ou libertina.
– Sim, senhor. – Nari concordou, mas seu nervosismo era tamanho que nem ao menos escutava seu pai. Nari saiu do carro com dificuldade, além das mãos tremulas, suas pernas estavam fracas. A Park respirou fundo, andou a passos largos até a pequena casa.
A porta estava aberta, Nari se aproximou hesitante. Park via apenas as costas do Paul, e Jared e Sam sentados na mesa um de cada lado. Todos conversavam animados com um muffin na mão. Os dois homens pararam de conversar e olharam para Nari com dúvida, Paul virou a cabeça para ver o que é, ele derrubou o muffin no chão. Naquele momento se passava um filme na mente e no coração do Lahote. A partir daquele momento ele viveria apenas para ela, seria tudo para ela, ele faria de tudo por ela. Ele pertencia a Park Nari, e ninguém mudaria isso. Ninguém é forte o suficiente para mexer com um imprinting.
Nari piscou rapidamente tentando entender a intensidade do olhar penetrante do Lahote. Ela sorriu envergonhada esperando que ele acordasse do possível transe. Paul suspirou alto ao ver o sorriso.
– G-garotinha? – Perguntou gaguejando o transmorfo. Nari assentiu com a cabeça, sentindo os olhos marejados. Paul se levantou em um sobressalto derrubando a cadeira, Nari o viu se levantar e no instante seguinte ela já estava com a cabeça no peito musculoso do Paul enquanto ele a abraçava fortemente. – Eu senti tanto a sua falta.
– Eu também, Paul. – Nari não aguentou e começou a chorar. – Você ainda é meu melhor amigo? – Perguntou Nari temerosa com a resposta.
– Sempre. Não tem possibilidade de outro alguém ficar no seu lugar. Você é insubstituível, Garotinha. – Paul abraçou Nari ainda mais forte, mas controlando sua força sobrenatural. Nari se sentia esmagada, mas ela não ligava se fosse esmagada pelo abraço do Paul. Ela sentiu o peito se encher de um sentimento bom, muito bom. Era tão bom se sentir amada como naquele momento. Há quanto tempo Nari não recebia um abraço ou se sentia importante? Ela não sabia quanto tempo exato, só sabia que já fazia anos. Sua última lembrança feliz era com aquele que estava abraçada.
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𝐄𝐓𝐄𝐑𝐍𝐎, 𝘱𝘢𝘶𝘭 𝘭𝘢𝘩𝘰𝘵𝘦
FanfictionApesar de anos se passarem, Paul não consegue esquecer sua Garotinha. Depois de se tornar um lobo raivoso tendo que proteger a reserva, Paul não tem muito tempo para pensar nesse tipo de coisa, mas Nari sempre irá habitar em seus pensamentos mesmo e...