03 ☆ eterno mal-humorado

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TRÊS | ETERNO MAL-HUMORADO

Nari estava procurando um jeito de convencer seu pai de deixa-la ir se encontrar com os meninos, mas ele estava irredutível

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Nari estava procurando um jeito de convencer seu pai de deixa-la ir se encontrar com os meninos, mas ele estava irredutível. Já fazia três dias desde que se reencontrou com o Paul, só que na cabeça de Nari já tinha se passado uma eternidade.

Nesses três dias ela arrumou a casa inteira, cada cantinho existente ela limpou. Fez isso tudo para agradar os pais e conseguir permissão para se encontrar com o Paul. O único problema era a covardia que continha dentro de Nari, que a fazia hesitar em pedir ao pai para que ele a deixasse visitar Paul.

A parte boa era que no dia seguinte já era quarta-feira, o dia que começaria suas aulas. Pelo menos na escola ela poderia ver e conversar com seu melhor amigo.

Mesmo sabendo que ela iria ver Paul no dia seguinte, Nari ainda se preocupava pois tinha prometido que iria vê-lo no dia seguinte ao seu reencontro e já se passaram três dias. Paul tinha ido até a sua casa no dia de ontem, infelizmente foi seu pai que o atendeu e imediatamente bateu a porta na cara do Paul que provavelmente não bateu na porta de novo para não quebra-la, e isso só a deixava com mais medo de pedir permissão ao pai.

Nari releu a mesma página pela vigésima vez, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban era incrível, não era a toa que Nari o lia pelo menos uma vez ao ano, mas naquele dia Nari não tinha ânimo para que nenhum assunto que não fosse sobre o Paul. Só de lembrar dele de novo seus olhos já se enchiam de água.

A Park se assusta com um barulho vindo de sua janela, ela olha e avista um galho de árvore batendo em sua janela. Nari enquanto estava tentando pensar em algo à fazer para passar o tempo escuta novamente o mesmo barulho dessa vez mais forte, ela se levanta e abre a janela para o galho não bater de novo, nesse momento uma pedra passa a milímetros de distância da sua cabeça. Ela se inclina na janela para ver quem a jogou. O sorriso domina o seu rosto quando ela avista Paul.

– Você quase me acertou. – Ela diz rindo. Paul sorri ao ver sua risada.

– Se afaste, eu vou subir. – Ele manda, Nari se afasta e se senta na cama esperando o amigo que não tarda a entrar pela janela. Nari perde o ar por alguns segundos, a imagem do Paul sem camisa e entrando com um sorriso malicioso vai ficar cravada em sua mente para sempre. A Park olha para o chão com as bochechas corada e se repreende mentalmente pelo pensamento indecente, ela não foi ensinada a ter esse tipo de pensamento ainda mais por um amigo tão querido.

– O que foi? Tá tendo pensamentos pecaminosos, garotinha? – Disse o Paul em um tom malicioso vendo a vergonha da mais nova e ao perceber as bochechas ainda mais coradas de Nari ele riu. – Não se preocupe. Não irei tirar sua pureza. – Brincou ainda mais com Nari que o lançou um olhar bravo que era mais fofo do que ameaçador.

– Você não sente frio? – Nari tentou desviar a atenção e conseguiu. Paul deu de ombros, mas Nari se preocupou que ele pegasse uma pneumonia. Ela estava com dois moletons e ainda estava com um macacão jeans grosso, isso tudo dentro de casa, ela imaginava como ele deveria estar com frio estando apenas de bermuda e sem camisa. Pobrezinho.

Nari puxou o cobertor que estava em cima da cama e jogou sobre os ombros do Paul. Ele deu um sorriso agradecido.

– Eu estava correndo, por isso não estou tão vestido. – Ele deu um sorriso estranho que denunciou sua mentira. Ele logo tratou de desvia o assunto. – Seu pai é um imbecil. – Nari o olhou chocada, Paul sempre foi desbocado desde criança, mas parece que com o tempo ele ficou ainda pior.

– Não fale assim dele. Ele é meu pai e também é mais velho que você. – A mais nova o repreende, Paul revira os olhos.

– Estou pouco me fodendo se ele é mais velho ou mais novo. Ele não é porra nenhuma para querer me manter longe de você. – Paul disse visivelmente nervoso, Nari percebendo o quão alterado estava o amigo ignorou os palavreados e fez algo que sempre o acalmou, ela se aproximou e o abraçou. Paul cheirou o cabelo da pequena Park, relaxando de vez e parando de tremer. A pior coisa que poderia acontecer seria ele se transformar e machucar-lá, isso pesou na consciência dele que imediatamente se afastou dela, que se sentou novamente na cama para não demonstrar como ficou magoada por ele ter recusado seu abraço. Ele novamente teve que distrair-la. – Você tem se impor. Não é mais uma criança que tem que ser vigiada a cada passo. Já imaginou quando se tornar adulta? – Paul perguntou fazendo Nari se questionar sobre o futuro. – Você vai continuar fazendo as vontades deles para o resto da sua vida, se eles pedirem para você trabalhar é isso que você vai fazer, se eles disserem que você não pode então você não trabalha. Isso não é vida, é uma prisão. Viva, trabalhe, estude, se apaixone, se rebele, faça algo que queira e não que alguém te mande.

– Eu não posso, Paul. – Disse Nari com a voz embargada. – Eles são meus pai, me criaram, me educaram, me deram o quê comer e onde dormir. Se eu fizesse isso seria muita ingratidão e desrespeito com eles.

– Você é uma adolescente. Será que isso não entra na sua cabeça? – Paul balançou seus cabelos tentando se acalmar. – Mais que porra. Você não tá vivendo sua vida direito. E eu vou fazer de tudo para te fazer viver os momentos mais emocionantes da sua vida. É uma promessa.

– O quê? – Nari arregalou os olhos imaginando que Paul iria sequestra-la naquele momento e iria levá-la para longe de seus pais.

– Você está segura por enquanto. Relaxa, garotinha. Até amanhã. – Paul deu um beijo na testa da Park que ainda estava tentando se recuperar do susto e deu um audível suspiro com o beijo. Ela viu Paul se afastar e pular da sua janela pensando que talvez gostaria de ser sequestrada se o sequestrador em questão fosse alguém de sobrenome Lahote.

 Ela viu Paul se afastar e pular da sua janela pensando que talvez gostaria de ser sequestrada se o sequestrador em questão fosse alguém de sobrenome Lahote

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Oiiii gente, tudo beleza???

Espero que vocês tenham gostado do capítulo. Ele foi curtinho pois eu estou lotada de coisas da facul, o próximo vai ser mais longo que o normal para compensar esse.
Paul aos poucos vai tentando ajudar nossa Nari, que não parece estar muito animada em ser "errada".

(Eu coloquei a música aleatóriamente, só porquê estou muito viciada nela nesse momento.)

𝐄𝐓𝐄𝐑𝐍𝐎, 𝘱𝘢𝘶𝘭 𝘭𝘢𝘩𝘰𝘵𝘦Onde histórias criam vida. Descubra agora