Capítulo 7

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Atenção Este capítulo contém cenas de violência explícita, que podem incomodar os mais sensíveis

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Atenção
Este capítulo contém cenas de violência explícita, que podem incomodar os mais sensíveis. Se te incomoda este tipo de conteúdos, não aconselho à sua leitura. Obrigada.

Quem diria que, ao sair de um inferno, fosse acabar por entrar rapidamente noutro, não me dando sequer tempo de recuperar das queimaduras que o último provocou

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Quem diria que, ao sair de um inferno, fosse acabar por entrar rapidamente noutro, não me dando sequer tempo de recuperar das queimaduras que o último provocou. E, se no último as queimaduras foram de segundo grau, neste elas sobem facilmente para o terceiro.

— É assim que pretendes recuperar a tua vida, Richard? Passando o dia inteiro a dormir no sofá, e na única vez que sais de casa, vens bêbado? — ouço os berros da minha mãe, através da porta de entrada.

Entro e fecho a porta atrás de mim com cuidado, para não deixar que a minha mãe se aperceba que eu já me encontro em casa, e caminho calmamente até à cozinha, de onde provêm os berros. Encosto-me à parede do corredor, sem adentrar pela divisão, tentando fazer o menor ruído possível.

— Cala-te... — ouço o meu pai murmurar, revolvendo o meu interior de um sentimento de raiva inexplicável.

Também deve ter provocado o mesmo efeito na minha mãe, pois ela rapidamente retruca, num tom de voz ainda mais elevado que o anterior.

— Mas cala-te, o quê? Queres tornar-te nisto? Num bêbado sem lugar para onde ir? Tem vergonha na cara e...

Um baque ecoa por toda a divisão, interrompendo bruscamente o discurso da minha mãe, sendo seguido por um silêncio esmagador. Consigo distinguir, completamente aterrorizado, que aquele barulho proveio de um estalo. Desprendendo as costas da parede, entro na cozinha, enquanto o meu coração bate a um ritmo desenfreado, e a raiva dentro de mim cresce de forma abrupta.

— O que pensas que estás a fazer? — digo na voz mais convicta que consigo reproduzir, cerrando os punhos ao largo do corpo como forma de evitar as minhas mãos de tremer.

Desvio o olhar do meu pai, que me fita de olhos arregalados, e encontro a minha mãe, caída no chão, ao mesmo tempo que mantém uma das mãos contra a bochecha.

Debaixo do azevinho | ⚣ ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora