Capítulo 10

740 76 163
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Ah, não olhes assim para mim filho, achas mesmo que eu não iria descobrir? — ela continua, enquanto estende o braço para me limpar uma lágrima teimosa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Ah, não olhes assim para mim filho, achas mesmo que eu não iria descobrir? — ela continua, enquanto estende o braço para me limpar uma lágrima teimosa.

Desvio-me do seu gesto, agarrando-lhe no pulso.

— Como?

A minha mãe solta um suspiro pesado, pousando as mãos sobre o colo, fitando-as com algum embaraço.

— Eu espiei-vos pela janela, quando ele te vinha trazer a casa...

— Mãe!

Vejo-a esconder a cara entre as mãos, assim que houve a censura na minha voz.

— Eu sei, eu sei... mas sou tua mãe... é normal as mães fazerem esse tipo de coisas...

— Mas isso é invasão da privacidade! — contesto, suspirando pesadamente e recostando-me para trás no material macio do sofá. — Não posso acreditar...

Deixo-me estar um bom tempo simplesmente a fitar o teto sobre a minha cabeça. O meu cérebro a este ponto parece ser feito de papa, e é difícil conseguir estruturar quaisquer pensamentos de jeito. Para além disso, uma pontada de dor começa a despontar na minha cabeça, provavelmente fruto de todo o choro anterior.

O toque da mão da minha mãe sobre a minha, desperta-me dos meus pensamentos, e eu desvio o olhar sobre o teto para a encarar.

— Nath... só quero que saibas que não é o fim do mundo. Quando se é jovem, e se atravessam momentos difíceis, é muito fácil acreditar que é o fim do mundo. Isso não passa de um mecanismo de proteção... porque as pessoas simplesmente não querem encarar o dia de amanhã, então é mais fácil pensar que o seu mundo simplesmente desmoronou... para não haver esse tal amanhã, entendes?

Assinto, sentindo um nó formar-se na minha garganta.

— Por isso, sê forte, e não tenhas medo de encarar o amanhã... Deus sabe que herdaste essa força da tua mãe...

Não consigo evitar soltar uma pequena gargalhada, ao mesmo tempo que a minha mãe também alarga o seu sorriso.

— Nada presunçosa...

Debaixo do azevinho | ⚣ ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora