Capítulo 04

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Aqui está mais um capítulo, boa leitura~

...

Shi QingXuan comprou dois pares de hastes luminosas na entrada e dividiu entre ele e Xie Lian, eles entraram no final do primeiro show, era uma girlband iniciante que estava abrindo o espetáculo, durante a apresentação, QingXuan achou seu namorado e sumiu na multidão, não se sabe se para tirar satisfação ou ficar com ele, mas quando Xie Lian se deu conta, estava sozinho, no mesmo momento a luz do lugar diminuiu, o grupo de garotas terminou sua última música, se retirou e numa fração de segundos uma voz imponente e aveludada contagiou todo o lugar antes da melodia começar, era suave e ao mesmo tempo feroz, a plateia enlouqueceu ao redor de Xie Lian, ele não sabia muito bem como reagir àquilo, era agradável de ouvir, mas já que era que não era um fã, não entendia toda a emoção do seu entorno, quando as luzes do palco se acenderam e do meio da fumaça saiu o dono daquele vozeirão, ele ficou embasbacado. 

Podia-se dizer que Hua Cheng tinha… Presença de palco

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Podia-se dizer que Hua Cheng tinha… Presença de palco. Ele era diferente do comum, sua representação era mais agressiva e sensual, ele quebrava a imagem de bom moço que todos os outros ídolos tentavam mostrar, sua forma de se vestir, dançar e cantar era quase profana. 

Quando Hua Cheng percebeu que Xie Lian estava na frente do palco e não no camarote que ele havia lhe dado, o encarou por dois segundos inteiros com uma expressão de interrogação estampada no rosto, o menor apenas sorriu sem graça e acenou, após o ...

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Quando Hua Cheng percebeu que Xie Lian estava na frente do palco e não no camarote que ele havia lhe dado, o encarou por dois segundos inteiros com uma expressão de interrogação estampada no rosto, o menor apenas sorriu sem graça e acenou, após o show, enquanto todos saíam do local e Xie Lian tentava, inutilmente, ligar para o amigo, dois homens gigantescos que mais pareciam armários de terno apareceram e o levaram contra sua vontade a uma sala atrás do palco.

O lugar tinha um sofá de couro com encosto de capitonê e uma penteadeira, tinha flores e pelúcias para todos os lados e caixas e mais caixas do que pareciam ser presentes. No meio dessa bagunça toda, Hua Cheng apareceu, saindo de uma segunda porta que Xie Lian nem havia se dado conta da existência, ele trajava uma roupa diferente de momentos antes.

-Eu já estava pronto para avisar que não tinha dinheiro para o sequestro. - disse o menor com um sorriso amarelo.

-Eles não foram gentis com você? - perguntou torcendo o rosto numa careta de desgosto, pronto para dar meia volta e ir brigar com os brutamontes. 

-Não, não, está tudo bem! Eu só me assustei. Você… É muito talentoso, parabéns. - disse sem saber como mudar de assunto de uma forma melhor. 

Aquele jeito de falar, como se sempre estivesse se desculpando, sendo gentil e cuidadoso, era muito familiar, seria uma coincidência bastante grande ou Hua Cheng estava há tanto tempo buscando o tal Hua Xie que só queria dar um fim a qualquer custo e talvez estivesse projetando naquele rapaz seus anseios. 

-Essa pergunta pode parecer estranha, mas… Por um acaso você já morou no sul? 

-Bem… Houve uma época em que minha família se mudou para lá, mas eu não lembro de muita coisa. Por quê? Acha mesmo que eu sou seu parente perdido?

-Me desculpe… Eu não quero assustar você. 

-Está tudo bem, Hua Cheng. Apesar disso tudo ser muito louco, eu não me sinto assustado. - ele lhe sorriu docemente, aos olhos de Hua Cheng, aquele homem parecia um anjo. 

-Gege, você realmente se parece com ele… - comentou muito mais para si, do que para o outro - Podemos fazer uma foto juntos? 

-Eu sinto que eu quem deveria pedir isso. - brincou sem jeito enquanto o outro habilmente sacou o celular do bolso e fez uma selfie, Xie Lian saiu desajeitado e constrangido, enquanto Hua Cheng parecia ser a cara preferida da câmera - Oh, acabei de lembrar, meu amigo me pediu um autógrafo seu. - disse abrindo a bolsa e vasculhando à procura de uma caneta e papel.

O outro pegou um de seus presentes, era uma caixa que parecia ser de uísque, muito caro, assinou na embalagem e entregou a ele.

-Não posso aceitar isso, é um presente seu. 

-Eu ganho essas coisas todos os dias, não tenho como ficar com todas. Pegue.

-O fã que te deu isso me mataria se soubesse. 

-Esse não foi presente de um fã, fique tranquilo. - garantiu com um suave sorriso - Já tomei muito do seu tempo, não foi? Deixe-me te dar uma carona.

-Não, não, não precisa! Não vou te incomodar. Eu ainda tenho que achar meu amigo… 

-Acharemos seu amigo e eu deixo os dois em casa.

-Você não precisa fazer isso, de verdade. 

-Mas eu quero, por favor. - se Hua Cheng tivesse uma cauda, ela estaria abanando naquele momento. Xie Lian suspirou, vencido, e permitiu.

Não demoraram a encontrar QingXuan, ele estava em cima do palco gritando por Xie Lian achando que o amigo havia sido sequestrado ou pisoteado até a morte. O trajeto até o pequeno apartamento alugado dos dois foi preenchido por um silêncio brutal recheado de constrangimento, por parte do Xie e confusão, por parte de QingXuan que não entendia o que estava havendo entre o amigo e o astro, ele encarava Hua Cheng sem um mínimo de pudor, a expressão do maior e mais novo entre os três era enigmática, um sorriso despreocupado descansava em seus lábios, mas seu olhar era tenaz. 

Os dois agradeceram pela carona e subiram para o apartamento, Hua Cheng voltou para o hotel e correu até seu quarto, a ansiedade estava a mil, ele ignorou todas as chamadas de Yin Yu, seu agente não o deixava viver em paz, devia ter surtado ao perceber que o rapaz tinha desaparecido com seu carro, contudo, isso era algo corriqueiro, ele deveria mesmo era estar acostumado. Hua Cheng não tinha o menor interesse em Yin Yu no momento, ele queria comparar a foto de Xie Lian com as fotos dos seus desenhos e esculturas, os que ele havia feito ao longo da vida e mantinha guardados em sua casa, a casa que ele basicamente nunca retornava.

Ele abriu a foto daquela noite no notebook e as outras no celular, o formato do rosto era muito parecido, o tamanho dos olhos, a linha do nariz, do maxilar… Os lábios eram praticamente os mesmos… Se não fosse ele, a coincidência era muito grande. Mas por que ele mentiria? Qual motivo ele teria para negar tão ferrenhamente que o conhecia? 

Bem, só tinha duas coisas que Hua Cheng poderia fazer àquela altura: uma era ignorar totalmente o acontecido e seguir sua vida; a outra era insistir até que Xie Lian se cansasse dele e o chutasse para fora de sua vida, ou sumisse, exatamente como Hua Xie fez. 

Por fim, ele decidiu responder as mensagens desesperadas de Yin Yu com "Desmarque todos os meus compromissos amanhã, estarei doente".

...

Só tenho uma coisa a dizer: grito no cu e dedaria kkkkkkk
Espero que estejam gostando, vou ajeitar os outros capítulos e atualizo aqui em seguida.
Até mais 🙋🏻‍♀️

A Sorte Que Nos Une [concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora