Capítulo 3

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"Estou acordando
Eu sinto isso em meus ossos
O suficiente para fazer meu sistema explodir

Bem-vindo à nova era, à nova era
Bem-vindo à nova era, à nova era"

RADIOACTIVE- Imagine Dragons

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Nero Rossi

    Imagens confusas tomavam conta da minha mente. Eu via uma mulher muito linda que me abraçava e dizia que eu era o seu pequeno príncipe. Eu via duas garotinhas loirinhas correndo juntas e eu fazendo cócegas, enquanto elas riam delirantes. Eu via um homem alto e imponente que dizia estar orgulhoso de mim. As feições eram duras, mas os olhos eram amistosos.

    As imagens eram confusas, logo imagens de alegrias foram substituídas por choro e desespero. O mesmo homem me pedindo para ser forte. Fogo, tiros, as meninas chorando na parte de trás de um carro. Eu tentando tirá-las do carro, mas sendo puxado por um braço firme. Imagens que se embaralham em um espiral.

“Acorde logo...!”.

     Eu queria. Eu queria muito. Uma voz doce tentava me tirar daquele pesadelo e me agarrei a ela. Era um pesadelo, precisava acordar, de uma forma que não conseguia entender, aquelas imagens nebulosas causavam uma dor profunda em meu peito.

O silêncio tomou minha mente e ficou assim por um bom tempo.

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     Abri os olhos somente para tornar a fechá-los. A claridade me fez fazer uma careta. Olhei ao redor depois de me acostumar com todo o branco do quarto e percebi que estava em um hospital. Minha boca estava seca, minha garganta ardia e a cabeça latejava de dor. 

     Tentei pensar no que poderia ter me levado ali e me lembrei de que estava indo ao hospital para conhecer o filho de Eduardo, que havia nascido. Lembrei-me da explosão, do carro que nos perseguia. Lembrei de ter perdido a direção e tudo ficou caótico. 

     — Senhor... — Federico, um dos meus soldados, se aproximou, com um sorriso no rosto

     — Há quanto tempo estou aqui? — perguntei, sentindo areia em minha garganta. Uma enfermeira apareceu e logo um médico também.

     Segundo eles, eu estava em coma por pouco mais de uma semana. Fizeram alguns testes, me deram um copo de água, outros médicos vieram avaliar meus sentidos e motricidade. Disseram que avisariam minha família que eu estava desperto.

     Ninguém da minha família estava presente, o que não era uma novidade. Francesco e Antonia Rossi proveram tudo o que eu precisava desde os treze anos de idade, mas nunca houve calor humano, amor ou carinho. Também não houve maus-tratos ou desrespeito. Somente uma distância fria. Depois do que pareceram horas, Eduardo entrou, seguido de Giovanni, no quarto. Os olhares que me enviavam eram cautelosos. 

Unidos Pelo Destino (Pétalas em Sangue 3) DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora