Eris

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AVISO:
Não postarei capítulo na quarta.
Estou cansada e muito sobrecarregada (escola, IG, em casa). Tô com diversas atividades e preciso de tempo. Obrigada por entenderem.

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Eris

Eris vem da falta de paz. Aquele ou aquela que planta e semeia a discórdia.

Discórdia.

Essa era a palavra que Eris mais conhecia, e mais odiava. Havia crescido em uma casa repleta de ódio, arrependimento e discórdia.

O ódio vinha em forma de amor, de forma rápida, repentina e forte. Era como se, quando menos se esperasse, algo fosse dar errado. Tudo fosse desabar.

Seu pai, Beron, acreditava que trabalho, violência e precisão, eram mais eficientes do que só estudo, carinho e paciência.

Seus irmãos eram tão trogloditas, mal amados e odiosos quanto seu pai. Eram chamados Marcire e Marte. Ambos de cabelos ruivos escuros, olhos frios escuros, rosto fino e nariz em pé. O mesmo nariz de sua mãe.

Calíope, para Eris, enquanto criança, era uma fêmea egoísta, egocêntrica, narcisista, fraca e odiosa.

Detestava o fato de que sua mãe, podia fazer algo, mas não fazia. Odiava saber que ele poderia ter uma vida melhor e não gostava da forma como sua mãe obviamente não queria estar ali.

Vivia olhando para janela com ar sonhador, olhava de forma recolhida e fria para Beron. Olhava os filhos mais novos com ódio e para Eris, de uma forma diferente. Como se esperasse algo dele; algo bom.

Estava dormindo, quando acordou de um novo pesadelo. Era o mesmo de sempre.

A morte de sua mãe.

Se lembrava de tudo, inclusive, do motivo da morte de sua mãe.

Era equinócio de Outono.
A época em que Beron recebia todos os impostos e presentes de seu povo.

Cada um deveria dar três de seus objetos de maior valor, e então, poderia participar do grande banquete, e prestigiar a maior das festas da Corte Outonal.

Se lembrava de que aparentemente, todos os súditos estavam na área para pebleus, e que todos os nobres, filhas e esposas já haviam entrando pelo salão. Sua mãe, Calíope, usava a formal vestia preta que ia até de seu pescoço e pulsos, até o tornozelo. Coque alto, simples e sem jóias.

Quando Eris chegou a idade de adulto, entendeu toda a situação de sua mãe e passou a considera-la uma fêmea inteiramente que precisava de cuidados, e não alguém que merecia tanto ódio. E apesar de não ama-la, e sentir rescentimento por Lucien, queria ajudar, apenas não podia e não sabia como.

Sua esposa, possuía um acento atrás dele, pois na cabeça de Beron, fêmeas deveriam sentar atrás, pois não tinham tanta importância, apesar de ser levemente contrário, porque tudo devia ser daquela forma?

Tudo bem. Não seria certo sua mãe usar roupas tão abertas em um evento social, mas por quê tão escuras e fechadas se ninguém estava de luto? Não havia razão. E essa resposta veio com o maldito tempo.

Todos olharam assim que a última dama entrou. Está, segundo a crença dos antigos, poderia trazer grandes bençãos ou maldições, e por isso, quando se torna-se Grão-Senhor, tentaria dar um jeito de fazer com que a última dama sempre trouxe algo bom consigo, mas, a parente esse dia nunca iria chegar, já que seu pai parecia sugar a vida de todos a sua volta e nunca iria morrer.

A última a entrar, era uma jovem fêmea. Usava um vestido esfarrapado, uma capa azul tão velha quanto o Grão-Senhor e estava encharcada pela chuva.

Corte de Luz e BençãosOnde histórias criam vida. Descubra agora