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Em muitas relações sempre é comum que um seja de um polo e o outro seja diferente

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Em muitas relações sempre é comum que um seja de um polo e o outro seja diferente.
Na maioria das vezes, Tarquin era o responsável com os pés no chão e Amanon a doce e sonhadora, porém, na relação deles como parceiros, era diferente.

Tarquin era o doce e sonhador, enquanto Amanon se mantinha firme e diante em seus planos, e mesmo após seu casamento isso não mudou. A festa havia sido maravilhosa, e também, a última vez que tinha tentado contato com as irmãs.

O mais triste, e que depois veio a se tornar a maior mágoa de Amanon, foi que das irmãs, ela era a única que sonhava em se casar. A única que sonhava com aquele momento; tinha se casado sozinha, sem nenhum membro da família presente.

Ela não tinha amigas, logo, escolheu o vestido e a decoração sozinha. O vestido havia sido rendado, com aberturas nas pernas e decote elegante, com uma coroa de conchas e um batom vermelho.

Como presente de casamento, Tarquin havia dado a Amanon um colar de rubis, e ela havia lhe dado dois dias sem falar em guerra ou discórdia, até que chegou o último dia.

Ele estava bem, havia acabado de descer para pegar um livro que tinha esquecido no andar de baixo. Quando voltou, sua parceira se encontrava em sua mesa, escrevendo a letra formal, as cartas. Os temidos convites para a reunião dos Grão-Senhores. A ideia da reunião havia vindo dela, logo depois de rastrear as irmãs com um feitiço de sangue e as encontrar juntas, na Corte Noturna, comemorando o aniversário de sua irmã. Talvez tenha sido ali que o ódio de sua parceira cresceu, e o carinho foi enterrado em solo frio e morto, porque tinham se passado dias, e ela ainda continuava com o semblante de frieza, mascarando a dor e a raiva.

- Querida... O que está fazendo?

- Terminando os convites.

- Ah... Pensei que iria começar amanhã.

Ela não o encarou, ainda escrevendo sem parar por um só segunda.

- Eu ia, mas, achei melhor começar hoje, porque assim, amanhã posso fazer uma melhor.

- Entendo... Para quando vai marcar isso mesmo?

- Semana que vêm.

- Não acha um pouco cedo? Achei que fosse querer repassar os planos e rever alguns pontos.

- Na verdade, não. Eu já tenho tudo sob controle, e já sei exatamente o que vamos fazer. Não precisa se preocupar com nada, só precisarei de seu apoio.

Ele ficou em silêncio, e aquilo foi como um espinho no pé de Amanon, que imediatamente retomou o assunto.

- Algo errado?

- É que eu penso que talvez, você esteja equivocada.

Os olhos de Amanon subiram para os dele, os olhos turquesa na direção da janela.

- Você disse que me ajudaria.

- Sim,...

Ela o interrompeu, se levantando.

Corte de Luz e BençãosOnde histórias criam vida. Descubra agora