conhecendo melhor

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o encontro deles, ops, apenas uma saída juntos aconteceria hoje, quinta feira, 11 de março de 2021 e o moreno estava a procura de uma roupa adequada enquanto Johnny já estava em sua porta esperando-o.

— ande logo! — gritou. oh, vocês podem estar achando estranho ele saber o endereço, mas é que Chittaphon havia dito ontem, sim, ele era ingênuo e bobo e confiou seu endereço a alguém que conhece há um mês. o mais novo abre a porta rapidamente e John vê um tailandês branquelo com uma blusa tampando sua barriga, era vergonha? bem, johnny sugeriu que sim então nem perguntou, apenas entrou e se sentou no sofazinho dele enquanto aguardava o garoto se vestir. — quer água? Suco? — o garoto menor pergunta ao retornar a sala com uma camiseta, agora vestido com ela, e um casaco leve enquanto que na parte de baixo usava uma calça jeans e sapatos pretos, já Johnny estava só de regata e calça moletom com um simples sapato all star preto, eram garotos bem diferentes até nisso.

— não é necessário, senhor arrumadinho. vamos logo — se levantou e foi saindo da casa dele, já chitta ficou com beicinho nos lábios e cruzou os braços enquanto saia da casa, após isso trancou a porta e foi indo com o mais velho pela rua, havia escutado que era perto o local então não fora necessário irem de carro ou ônibus.

o caminho deles foi resumido em conversar bobeiras sobre a faculdade e lancharem em uma lanchonete, de fato parecia um encontro, mas Chittaphon não diria assim, pra ele era só uma saidinha entre amigos. — espera...somos amigos? — perguntou olhando para o mais velho, este que fez uma cara de pensativo e respondeu "acho que sim", deixando chitta um pouco contente com um sorriso pequeno no rosto, ficava feliz de ser amigo dele, ele não parecia uma pessoa ruim!

enfim, papo vem, papo vai e os garotos chegam no local com muitos papos bobos e um Johnny todo educado conversando com as pessoas da clínica de sua oftalmo, chitta até se viu dando sorrisos bobos com aquela cena, mas logo deu um leve tapa na cara por ter achado fofo aquilo, era só um...modo de John que poucos devem ter visto, só isso, nada de mais, Chittaphon!

Certo...?

após verem tudo sobre a visão do tailandês e escolherem o óculos para ele — que foi muito difícil visto que Johnny ficava dizendo qual era mais bonito e no final só dizia: todos ficariam bons em você, deixando Chitta corado —, os garotos saem da clínica já com o óculos novo em mãos, com as influências que Johnny tinha não era difícil ter tudo rápido e fácil.

— obrigado mesmo, não precisava disso tudo. o dia foi bem...bem legal! — ouvir esse agradecimento e elogio simples de Chitta fez o coração do americano palpitar mais rápido, fazendo com que ele acabe tropeçando no caminho e preocupando mais uma vez o garoto mais novo — nem tinha nada na rua, por que caiu do nada? —

ao ajudar a levantá-lo notou que sua respiração estava mais agitada e ele mal abria os olhos, obviamente o pequeno se assustou e foi andando com ele até um banco próximo para melhor ajudá-lo.

se sentou com ele e delicadamente deitou ele com a cabeça em seu colo. — hey, john...quer água? Ainda temos do nosso pequeno encontro, vulgo saidinha — o mais velho vai controlando a respiração e da uma risada soprada

— admita que foi um encontro — tocou na bochechinha do pequeno e o mesmo sorriu — fico feliz que esteja melhor — ele o ajuda a se sentar melhor e oferece a água bem na boquinha, praticamente forçando ele a beber e em um calor desse ele tinha que beber mesmo!

o mais velho agradece e bebe a garrafa toda — seu sorriso quase me matou, como você lida com isso, hein? — deitou a cabeça no ombro alheio, e chitta não contratou, apenas deixou ele ali descansando

— foi meu sorriso, meu modo agradecido ou o que, hein? — bagunçou os fios loiros do outro. o mais velho segura a mão esquerda do menor e faz leves carícias ali — na verdade... foi tudo, pois tudo em você me lembra uma pessoa, uma pessoa que foi a causa de eu ter tido um pequeno ataque agora, ataque de ansiedade

o coração de Chitta que agora batia descompassado, mas conseguia controlar já que no seu caso foi um pequeno susto por ter ouvido aquilo — oh...entendi — suspirou — eu já tive crises, mas não por motivos assim — retribuiu o carinho já que estava achando a coisa mais fofa do mundo — então eu entendo você. eu...te lembro alguém muito especial?

provavelmente sim, garoto, você é burro? — a mente de chitta dizia para si mesmo e fazia ele questionar se realmente foi burro ou não

— ah... nesse um mês que te conheci fui me aproximando e sendo gentil com você exatamente por me lembrar dessa pessoa que sim, foi especial. — chitta dá um pequeno sorriso e outro suspiro vem

— então me ama só por isso, é? sei — riu fraco, estava brincando apenas, mas com um pouco de verdade. não queria ser só o "menino que lembra alguém", queria ser um amigo legítimo do americano! queria mesmo. o mais velho balança a cabeça em negação e ri fraco — já falei que amo por acaso?

o garoto menor até vira a cara sem jeito pelo pequeno fora que recebeu — você me lembra meu melhor amigo por quem fui apaixonado, mas nunca me declarei, e há dois anos ele...se foi — nunca contou isso a ninguém, mas sentia confiança no garoto de cabelos escuros, então não ligava de contar a ele, esse que só ficava quieto ouvindo — não acredito tanto em reencarnação e nem faria sentido ser caso disso, mas...vai que ele está tentando falar comigo?

o mais novo da um tapinha na cabeça dele — ih, parô'! eu sou eu, ele é ele! — ao dizer isso John ri soprado e concorda balançando a cabeça para cima e para baixo — é, eu sei. minha mente só está doida, enfim...o garoto era quem mais me ajudava em crises e por muito tempo me fez ficar sem remédios, e ontem você foi quem me fez ficar também, mas eu devia ter tomado

pensar que poderia ser o culpado de tudo deixava chitta mal, mas tentou não pensar nisso por agora e se virou para olhar melhor pro americano — tome direito os remédios, não deixe de tomá-los! eu passei a me preocupar com você desde que ouvi uma voz no fundo de seu áudio falando sobre um tal remédio, e deve ser esse, né? eu te quero bem, então se cuide e, claro, me chame para o que precisar!

o mais velho sem se segurar chora um pouco e abraça o garoto, provavelmente por ter ficado sensível e, claro, por não querer que ele o visse chorar — obrigado...muito obrigado. você não é ele, eu sei, mas me ajudou igual, me sinto melhorzinho — ele se afasta e pega o remédio no bolso, costuma levá-lo sempre consigo para tomar onde estivesse. ele tomou rapidamente e se levantou.

— uhum...qualquer um que fosse bom ajudaria você! — se levantou logo depois e segurou a mão do mais velho, estava com medo de algo acontecer de novo, então não queria desgrudar dele — você quer ir ver filme comigo em casa? quero estar mais perto do valentão chato e...ansioso da High Seoul, me permite cuidar de você um pouco? — Johnny aceita e da um tapinha na cabeça do garoto dizendo estar retribuindo o tapa que recebeu antes. — eu quero cuidar porque você foi bom comigo, um dos poucos a não me encher por ser estrangeiro, deve ser porque você também é, né? — ele concorda, mas volta a dizer que também era porque o mais novo lembrava seu melhor amigo — e também quero cuidar porque quando estive mal eu tinha meu gato, apenas, mais ninguém estava ali comigo, então sei como é ruim passar por isso sem ninguém.

johnny só escuta quietinho e sorri pequeno todo bobo enquanto passava a caminhar com o garoto novamente, mas dessa vez para irem a casa dele, iam ficar juntinhos a noite toda...

Será que não é mesmo um encontro, Chittaphon?

não vou te deixar.Onde histórias criam vida. Descubra agora