NOT ME! ♡ Changlix

⁸korean breakfast

ㅡ Hey! Changbin hyung! ㅡ o garoto de cabelos castanhos em formato de pote, como muitos diriam, se aproximou do mais velho, saltitante.

ㅡ Yongbok! Deu para entender o que eu escrevi? Me desculpa mesmo… ㅡ Changbin perguntou preocupado, quase dando de cara com a árvore.

Yongbok ria.

ㅡ Contanto que as coisas não fiquem estranhas... Eu vou continuar te apoiando na sua jornada no tênis! Vou ser seu fã número um para sempre!

☆☆☆

Pensar que Lee Yongbok, o garoto que jurava ser seu fã para todo o sempre amante animais e ciência, se transformou em Lee Felix, um jornalista aplicado e reprimidor de certos tipos de afeição, estaria dormindo tranquilamente em um dos quartos de sua casa. Changbin pensava seriamente naquilo enquanto o nascer do sol de tom laranja e amarelo, embora diversas construções o atrapalhassem.

ㅡ Deve ter trabalhado muito, coitado ㅡ Chan lamentou em suspiros, servindo o café amargo de Changbin em uma caneca de porcelana.

Claro que Changbin contou o que houve com Christopher, afinal seu melhor amigo tinha uma variedade enorme de conselhos na ponta da língua, ou também sabia quando só ficar em silêncio em apoio.

ㅡ Ele também é bem folgado, dormindo aqui em menos de cinco dias de convivência conosco. ㅡ Aproximou a caneca dos lábios esbranquiçados, soprando suavemente para espantar um pouco da quentura. ㅡ Ele se acomoda rápido demais.

ㅡ Changbin, você me levou para sua casa no dia que nos conhecemos.

ㅡ Isso é diferente!

ㅡ Quer que eu relembre os detalhes?

ㅡ É porque eu achei que estava apaixonado por você! Que saco ㅡ ameaçou jogar o café quente em sua blusa branca. Chan ria.

Era até engraçado pensar que o primeiro encontro deles foi quando Chris havia acabado de pisar por Seul depois de passar um tempo em Busan passeando e estava inspirado. Para matar a saudades da metrópole e procurar o que parecia faltar em seu sentido de vida, tirou algumas horas para caminhar pelos lugares insignificantes ainda desconhecidos. Assim foi, escutando as vibrações de músicas sentimentais em inglês que percorriam seus fones.

Seo Changbin, naquele mesmo dia, hora, minuto e segundo, batia bola com uma raquete velha e viajava na recente conversa que teve com Choi Soobin, colega de trabalho - pelo menos ele era antes de todo o alvoroço acontecer e a loja fechar - e seu companheiro de papo nas horas vagas. Ouvir e presenciar o rapaz extremamente alto de mau humor constante, principalmente após seu término com a garota de seus sonhos, se apaixonar novamente aos poucos pelo vizinho que ele tanto reclamava sobre era lindo, embora triste para Changbin. O Seo sentia falta de se sentir amado, de se sentir especial para alguém, de ter alguém.

Chris viu aquele ser tão desligado do mundo batendo bolas com a solidão que era aquele ambiente junto da parede suja e quase toda coberta de videira. Ele se lembrou do quanto costumava jogar tênis quando menor, apaixonado pelo esporte desde viu Roger Federer jogar no Open da Austrália em dois mil e sete. Perguntou a Changbin se aquela quadra era livre. Ninguém liga para essa quadra, respondeu Changbin. Engajaram um diálogo e viram realmente muitas coisas em comum, tanto que Changbin e Chan se beijaram uma noite depois.

E assim que namorar por carência foi o melhor e o pior erro que Changbin cometeu.

A cena toda se reprisou como um filme na cabeça do australiano.