.1. Quinncato & Garycato

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- Filho, você viu o Gary? - O ventrexiano mais velho perguntou ao menor, que estava conversando com os amigos.

- Da última vez que nos vimos, ele me disse que ia tomar banho. - O menor respondeu. Ele viu seu pai ficar sério, então disse aos amigos para irem em frente que ele os alcançaria logo. - Você está indo contar para ele? - Little Cato perguntou, quase certo da resposta.

- Sim. Acho que não tem mais por que esconder. O máximo que pode acontecer é ele me dar um fora, mas não acho que vá me odiar. - Avocato respondeu, indiferente.

- Com certeza! - O pequeno disse, animado. - Aliás, eu acho que você tem chance. Digo, qual é! Você é um caçador de recompensas super incrível e um ex-general. Gary deve te amar em segredo e você nem sabe. - Little Cato elogiou o pai, conseguindo uma risada da parte dele. - Só não te desejarei boa sorte porque você não precisa.

- Haha. Eu não sou tudo isso, mas obrigado. Vou levar em consideração. - O maior bagunçou o cabelo do filho e se dirigiu aos banheiros.

Lá ele pôde ver que realmente havia alguém tomando banho, mas devido aos vidros embaçados, ele não podia certificar quem era, embora tivesse certeza que era um humano.

- Gary? - Ele perguntou e esperou por uma resposta.

A figura no banheiro desligou a água, então Avocato considerou isso como uma resposta positiva.

- Escute, eu queria falar com você... Tem algo que eu preciso te contar. - O ventrexiano não queria soar inseguro, então uniu todas suas forças para se fazer soar o quão confiante possível. - Bem, nós passamos muitas coisas juntos, sabe, e ultimamente eu venho considerando a possibilidade de que eu possa estar... apaixonado por você.

Avocato via a figura no banheiro se mover, pegando uma toalha e indo em sua direção, fazendo toda a falsa autoconfiança do felino descer pelo ralo e ele começar a considerar que o banheiro não era o melhor lugar para ter aquela conversa.

- Q- Quero dizer, eu sei que você me considera apenas seu amigo, e eu... M- Mas eu estava pensando... T- Talvez... Argh, Droga!! - O ventrexiano estava tão nervoso que não podia evitar gaguejar. O vulto abriu a porta de vidro e a pessoa que Avocato viu fez o sangue do felino gelar.

- Talvez o que, Avocato? - Quinn saiu do cômodo, com uma toalha enrolada no peito.

- Quinn?! - O ventrexiano ficou tão surpreso e constrangido que mal tinha reação. - Eu... Você ouviu tudo aquilo...? - A resposta era óbvia, mas ele ainda pôde ver a resposta no rosto da morena. - Não conte ao Gary.

- Ora, mas você parecia tão determinado a contar para ele, por que decidiu recuar? - A humana perguntou, irônica.

- Eu reconsiderei, na verdade, foi uma péssima ideia! Por favor, não conte a ele. - O ventrexiano pediu, quase implorando.

- E porque eu contaria... - A morena começou a se afastar do ventrexiano - Se eu já sabia de tudo?

Essas palavras pegaram o mais velho de surpresa.

- Você... já sabia? - O felino perguntou, confuso. - Mas como?

- Não é uma boa ideia contar seus segredos para uma criança. - A mulher disse, sarcasticamente, porém esboçando um sorriso.

- Grr, aquele filho de um... - Avocato amaldiçoou o filho. Para quantas pessoas ele havia exposto seu segredo? Será que até Gary já sabia? Mesmo confuso e irritado, a pergunta mais importante no momento era... - E isso não incomoda você? - Ele perguntou à morena.

- Me incomodar? - Quinn refletiu um pouco. - Bem, quando descobri, me incomodou um pouco, sim. Mas com o tempo percebi que não podemos controlar nossos sentimentos. Aliás, eu não culpo você. É bem difícil não se apaixonar pelo Gary. - Ela riu.

This is not Betrayal (Polyspace) (Quinnarycato) (Quinnary, Quinncato, Garycato)Where stories live. Discover now