Capítulo 13 - A verdade

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Depois de Jisung passar o endereço, Changbin prontamente se dirigiu até lá. Os dois estavam no quarto onde poderiam conversar calmamente, e o loiro estava estranhando tudo aquilo. Por que o namorado de seu amigo estava se comportando assim, como se o conhecesse? Era tudo tão estranho!

— Eu sei que que você está estranhando por ter te pedido que viesse aqui, afinal, supostamente você não me conhece, certo? — Falou calmamente.

— Realmente é estranho. Bom eu estou certo de que não te conheço, mas já não creio que seja o mesmo de sua parte. — Han sorriu sem graça e pensou como começaria. — Changbin, Changbibi...? — Murmurava os nomes das maneiras que só Jisung constumava chama-lo.

O menino permaneceu imóvel, porém com um ar incrédulo.

— Não me chama de Changbibi! — Falou um pouco emburrado sem perceber a própria fala.

— Changbin, pode ser uma loucura o que eu vou dizer agora... — Pausou olhando-a fixamente. — Eu sou o Han.

— Isso não é loucura. — Soltou um riso fraco. — Isso passa dos limites de loucura pra mim, que sou maluco!

Não dava para acreditar. Tá, ok, ele sabia os apelidos que Han costumava a lhe chamar, mas aquilo não significava nada.

— Você tem que acreditar em mim, Changbin. Sou Han, seu amigo. De colegas para amigas de pintura. Essa loucura aconteceu há duas semanas e... — Parou por um momento antes de tentar convence-lo: — Yoongi, Megan...

— Como você sabe sobre Megan? — Falou ríspido, levantando-se.

— Estou dizendo, sou Han! Han Jisung, o garoto tímido que entrou de cabeça baixa logo na primeira aula, e por conta dessa timidez, um garoto cheio de marra falou sentado com uma cara amarrada, e eu não respondi de primeira por vergonha. — Sorriu lembrando-se. — Ei, estranho estou falando com você! Tem cola quente colada na boca? Levanta essa bunda branca da cadeira!

— Hã? Mas como você... Meu Deus! —  Frustou-se sentando na cama ainda tentando captar aquilo tudo. — Como?

— Eu vou te contar tudo.

Jisung começou a relatar tudo que havia acontecido nos mínimos detalhes nas últimas duas semanas, Felix, a fonte, o desejo, o trocar de corpos na manhã seguinte, o problema de se adaptarem, agir pelo comportamento do outro. Exceto sobre estar apaixonado, isso deixaria por último.

Changbin coçou as têmporas. — Eu já ouvi falar sobre essa fonte. — Murmurou ajeitando-se na cama. —Até sobre essa lenda de troca de corpos. Mas é só uma lenda! Impossível. definitivamente impossível!

— Você confia em Jisung? — Perguntou firme de repente.

— É claro que eu confio! Totalmente! — Foi astuto em dizer, realmente confiava. Eles eram aquele tipo de amizade em que você não consegue explicar. Chega de repente. Vocês não tem muitas coisas em comum, mas isso basta. E quando se dão conta, são melhores amigos.

— Certo, vou contar algo que só ele saberia. — Respirou fundo.

Jisung havia contado a história da qual Changbin perdeu seu primeiro amor e seus pais em um dia só, num acidente de carro que aconteceu a uns seis anos atrás. Megan era alguém incrível, mas sofria muita transfobia. Vindo dos próprios pais e até umas piadinhas da família de Changbin.

Por serem um casal composto por um homem cis pansexual e uma mulher trans hétero, sofriam preconceitos diários. Na escola na qual estudavam sempre tinham casais héteros cis se pegando, quase se comendo nos corredores e os diretores não falavam nada. Mas por verem Changbin e Megan selarem os lábios rapidamente foram expulsos. Porque poderia influenciar a qualquer pessoa, e que aquilo era falta de educação.

if i were you;.                                               [minsung//knowhan]Onde histórias criam vida. Descubra agora