Capítulo 9 - Lixo de pessoa

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- Pai. - O chamou enquanto jantava. Os Lee's jantavam na mesa e Dawn falava ao telefone enquanto comia, Hyuna fazia o mesmo. - Estão me ouvindo?

- Sim, querido. - O homem respondeu rápido, não parecia estar prestando atenção de verdade nele, Hyuna se limitou a balançar a cabeça.

- Bom... - Largou os talheres e cruzou os braços. - Então já que estão me ouvindo, ótimo, pois tenho que lhes dizer que irei fazer uma tatuagem. - Olhava pra eles observando suas reações.

- Okay. - Disse simplesmente. - Sunmi, marque a reunião amanhã às seis. - Falou ao celular.

- Irei me encher de tatuagens.- Insistiu.

- Tudo bem, amorzinho. - Disse o homem.

- Vai ser um grande negócio se conseguirmos fechar com os mexicanos, amor. - Argumentou Hyuna.

Minho revirou os olhos. - Vou raspar um lado da minha cabeça, vou bifurcar a língua, colocarei piercings na boca, no nariz e um lá embaixo também, e largarei a escola. Quem sabe... - Falava tentando ter atenção.

- O que quiser meu amor. - A de cabelos azuis respondeu natural, nem ouvira sequer uma palavra dele.

- Mas que merda! - Levantou da cadeira abandonando a mesa indo direto pro quarto.

- O que deu nele? - Perguntou o homem para Hyuna, a mesma deu de ombros.

- Não sei. Deve ser coisa de adolescente.

- Eu estava pensando... - Desligou o telefone. - Vou comprar um Camaro branco, acho que ele ficará feliz. - Sorriu pensando que ele queria algo material.

- É uma boa idéia. Mas compre vermelho. É a cor favorita dele. - Sorriu desinformada.

Dawn assentiu voltando a jantar.

[...]

- Vovó está aí? - Minho se debruçou na janela do seu quarto chamando a senhora em soluços. Não houve resposta. Ele olhou para o telefone sem fio que ainda se encontrava ali, ao lado da janela depois de tanto tempo. Sua avó Irene e ele fizeram quando o moreno ainda era criança, dava da janela de seu quarto até a janela da casa dela.

- Pequeno príncipe chamando mamãe águia. - A chamou através do brinquedo usando os codinomes que usavam quando era menor. Não pôde evitar um sorriso sair de seus lábios misturando com lágrimas ao bater a nostalgia das lembranças. A mulher não respondia. Minho supôs que talvez ela não estivesse em casa. O moreno pegou seu celular, só uma pessoa além de sua avó ajudaria nesse momento.

O nome "minmin" apareceu na tela e Jisung suspirou atendendo.

- Felix, vem aqui agora, por favor.

- O que aconteceu? - Se preocupou.

- Só venha. Preciso muito de você agora, por favor. - Suplicava entre soluços intermináveis.

[...]

- O que houve? - Perguntou de forma doce ao chegar no quarto do garoto.

Minho o puxou para um abraço enquanto acariciava seus cabelos. Han sentiu seu coração se partir ao meio ao vê-lo chorando.

- Eu devo ser um lixo de pessoa. - Murmurou sem conseguir parar de chorar e desfez o abraço que logo Han sentiu falta.

- O quê? - Ficou sem entender.

- A verdade. - Seus ombros se abaixaram. - Que tipo de pessoa acha que sou se até os meus pais que são supostamente programados para me amar, não estão nem ai para mim, eles não me amam!

if i were you;.                                               [minsung//knowhan]Onde histórias criam vida. Descubra agora