✦ Teu nome és Antares ✦

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#TuasEstrleasJeon

Winter Aid- The Wisp Sings 
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Querido Jeon,

Jeon... Jeon... É claro que ainda me recordo da primeira vez que coloquei meus olhos em ti. Como poderia ignorar o garoto que trazia uma galáxia inteira dentro de suas pequenas jabuticabas? Chega a ser engraçado sua capacidade de achar que eu me esqueço de ti.

Como eu poderia esquecer logo de ti, Jeon? Tu marcaste cada detalhe da minha pequena vida.

A nossa infância foi prazerosa, não foi? Todos as nossas tardes comendo maçãs no pomar e deixando nossas barrigas contentes por aquela vermelhidão tão doce. Era a nossa felicidade, Jeon, viver naquela tranquilidade com aroma fresco de colheita. Porém, como tudo nesta vida real, nós crescemos, parando de apreciar nosso passeio.

E nós éramos adolescentes escondendo nossos sentimentos mútuos um pelo outro. Meu peito que batia diferente por ti, que se agitava quando seu perfume chegava ao meu nariz, ou quando sua cabeça se apoiava em minha perna, buscando um carinho que eu nunca soube compreender. Eram nesses momentos que eu sabia que meu irmão estava certo em dizer que meu melhor amigo seria meu grande amor... E, quem sabe, meu abismo de águas escuras.

Mas o que eu não sabia era que naquela sexta-feira, no nosso aniversário de 17, quando encontramos aquela casa velha e empoeirada, na rua das flores, que ter seus lábios junto ao meu traria as ridículas borboletas. Havia apenas eu, tu e todo aquele cenário triste de um lar abandonado, mas que serviu como platéia da nossa iniciação de beijos doces e cálidos.

Suas mãos em minha cintura, brincando de me segurar, mesmo sabendo que eu já estava firme demais naquela situação. Eu sempre te quis, Jeon, de todas as formas possíveis. Sendo meu melhor amigo e meu amante de dias frios. Quando teus abraços eram tudo que eu buscava, eu sabia que ter deixado aqueles beijos se multiplicarem com o passar dos dias, teria sido a decisão mais certeira da minha caminhada torta por pedras coloridas.

E aquela casa, Jeon, foi o lugar dos nossos primeiros. Primeiro beijo, primeiro amor e primeiro lar inventado. Junto ao seu giz de cera, tu pintaste aquelas paredes sujas por todo esse tempo— aquele que não perdoava nada. De todos os seus rabiscos abstratos, foi naquele cal que tu criaste a mais bela obra de arte... Que desenhaste nosso futuro incerto.

Mas, é difícil não perceber que todo esse passar de horas, regido pelo grande governante do mundo, nunca havia te perdoado. Nunca quis te dar mais um chance de provar seu valor. Ele não quis esperar um remédio para fazer seu coração bater no compasso certo dessa melodia de arritmia. E toda vez que o velhinho, que cuidava dessa canção, nos dizia que a areia que media o tempo estava chegando ao fim, suas mãos agarravam as minhas, como tu sempre fazia em noites de pesadelos ou da tua insônia perversa.

E eu queria manter teu fôlego, era apenas isso que eu desejava no fundo do meu corpo tão exausto de ser forte. Eu queria, Jungkook, então pedi para a Lua que entrava pela janela de nosso quarto. Desejei que sua mão nunca ficasse mais pálida do que já era e tomasse uma temperatura aterrorizante. Com meus joelhos no chão e com lágrimas incomuns, eu gritei em silêncio para que tua amada me ouvisse.

Contudo, a cada folha do calendário que descia da nossa parede e a cada desenho incompleto que tu deixava, por ser tão farto para teu corpo exausto, eu percebi que a Lua não queria aceitar meu pedido em meio ao desespero. Eu, então, entendi que talvez a nossa eternidade nunca foi literal e que tudo uma hora chega a um fim.

Só que tu sempre foi tão eterno para mim, que me esqueci que o "para sempre" tem um prazo de validade em nosso mundo estranho. E nosso prazo de validade se esticou por anos, até que tu saíste por aquele campo vasto, com teu sorriso bonito e suas cores.

Então, eu soube que tu havia terminado, finalmente, seus rabiscos intensos sobre meu peito monocromático.

Atenciosamente, Park.

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As Estrelas da sua Lua • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora